ERA UMA VEZ, EM UMA PEQUENA VILA CERCADA POR FLORESTAS DENSAS E MONTANHAS MAJESTOSAS, UM JOVEM CHAMADO CAUÊ. ELE ERA CURIOSO E SEMPRE ANSIOSO POR AVENTURAS, ESPECIALMENTE AQUELAS QUE ENVOLVIAM MISTÉRIOS ANTIGOS. UM DIA, ELE OUVIU FALAR DE UMA LENDA ANTIGA, PASSADA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO: A LENDA DO PÁSSARO DE FOGO.

 

O PÁSSARO DE FOGO, DIZIA A LENDA, ERA UM SER MÁGICO, NASCIDO PARA SER O MENSAGEIRO ENTRE O SOL E A LUA. SEU NOME ERA RUDÁ, O DEUS TUPI DO AMOR, CUJA MISSÃO ERA DESPERTAR O AMOR NOS CORAÇÕES DAS MULHERES E LEVAR AS MENSAGENS DOS DEUSES.

 

INTRIGADO, CAUÊ DECIDIU QUE DESCOBRIRIA A VERDADE POR TRÁS DA LENDA. ELE SE PREPAROU PARA A JORNADA, LEVANDO CONSIGO APENAS O ESSENCIAL: UMA FACA, UMA CORDA, UM POUCO DE COMIDA E, CLARO, SUA INSEPARÁVEL COMPANHEIRA, A ARARA AZUL CHAMADA JACI.

 

“VAMOS, JACI. AVENTURA NOS ESPERA!” DISSE CAUÊ, ENQUANTO SE DESPEDIA DE SUA FAMÍLIA.

 

CAUÊ E JACI ENTRARAM NA FLORESTA, ONDE A LUZ DO SOL MAL CONSEGUIA PENETRAR A DENSA COPA DAS ÁRVORES. OS SONS DOS ANIMAIS E O FARFALHAR DAS FOLHAS CRIAVAM UMA MELODIA MISTERIOSA. ELES CAMINHARAM POR HORAS, ATÉ QUE ENCONTRARAM UM VELHO SÁBIO SENTADO EM UMA PEDRA COBERTA DE MUSGO.

 

“ONDE VÃO, JOVEM CAUÊ E BELA JACI?” PERGUNTOU O VELHO SÁBIO, SEUS OLHOS BRILHANDO COM CONHECIMENTO ANTIGO.

 

“ESTAMOS EM BUSCA DO PÁSSARO DE FOGO, SENHOR. DIZEM QUE ELE PODE DESPERTAR O AMOR E CARREGA OS SEGREDOS DO SOL E DA LUA,” RESPONDEU CAUÊ.

 

O SÁBIO SORRIU E ASSENTIU. “AH, RUDÁ. ELE ESTÁ ALÉM DAS MONTANHAS SAGRADAS, NA CAVERNA DAS CHAMAS ETERNAS. MAS CUIDADO, JOVEM. MUITOS TENTARAM E POUCOS VOLTARAM. O CAMINHO É CHEIO DE PERIGOS E SEGREDOS.”

 

DETERMINADO, CAUÊ AGRADECEU AO SÁBIO E CONTINUOU SUA JORNADA. AS MONTANHAS SAGRADAS ERAM IMPONENTES E TRAIÇOEIRAS. SUBIR AS ÍNGREMES ENCOSTAS FOI UMA TAREFA ÁRDUA, MAS CAUÊ NÃO DESISTIU. COM JACI VOANDO AO SEU LADO, ELE FINALMENTE ALCANÇOU O TOPO, ONDE O VENTO SOPRAVA FORTE E FRIO.

 

“ESTAMOS QUASE LÁ, JACI. SINTO QUE O PÁSSARO DE FOGO ESTÁ PRÓXIMO,” DISSE CAUÊ, OLHANDO PARA O HORIZONTE.

 

AO DESCER DO OUTRO LADO DA MONTANHA, ELES ENCONTRARAM A ENTRADA DA CAVERNA DAS CHAMAS ETERNAS. DENTRO, A CAVERNA ERA ILUMINADA POR CHAMAS QUE NUNCA SE APAGAVAM. NO CENTRO, EM UM PEDESTAL DE PEDRA, ESTAVA O PÁSSARO DE FOGO, SUAS PENAS BRILHANDO COMO O PRÓPRIO SOL.

 

DE REPENTE, UMA SOMBRA SURGIU DO FUNDO DA CAVERNA. ERA UMA FIGURA SOMBRIA, COM OLHOS VERMELHOS COMO BRASAS.

 

“QUEM OUSA PERTURBAR O PÁSSARO DE FOGO?” RUGIU A SOMBRA.

 

“MEU NOME É CAUÊ, E BUSCO A VERDADE SOBRE A LENDA DE RUDÁ,” RESPONDEU ELE, TENTANDO ESCONDER SEU MEDO.

 

A FIGURA RIU, UM SOM FRIO E AMEAÇADOR. “SE DESEJA A VERDADE, DEVE PROVAR SUA CORAGEM E FORÇA!”

 

UMA BATALHA FEROZ COMEÇOU. CAUÊ USOU TODA A SUA HABILIDADE E INTELIGÊNCIA PARA ENFRENTAR A FIGURA SOMBRIA. COM A AJUDA DE JACI, QUE DISTRAIU O INIMIGO COM SEUS ATAQUES RÁPIDOS, CAUÊ CONSEGUIU FINALMENTE DERROTAR A SOMBRA.

 

APÓS A BATALHA, O PÁSSARO DE FOGO DESCEU DE SEU PEDESTAL E POUSOU SUAVEMENTE NO OMBRO DE CAUÊ.

 

“VOCÊ PROVOU SER DIGNO, JOVEM CAUÊ,” DISSE O PÁSSARO DE FOGO. “EU SOU RUDÁ, O MENSAGEIRO DO SOL E DA LUA. O AMOR QUE DESPERTO É PURO E VERDADEIRO. LEVE ESTA CHAMA, ELA SIMBOLIZA O AMOR ETERNO, E COMPARTILHE-A COM SUA VILA.”

 

COM O CORAÇÃO CHEIO DE ALEGRIA, CAUÊ RETORNOU À SUA VILA, ONDE FOI RECEBIDO COMO HERÓI. ELE CONTOU SOBRE SUA AVENTURA E MOSTROU A CHAMA ETERNA QUE HAVIA TRAZIDO. DESDE ENTÃO, A VILA FOI ABENÇOADA COM AMOR E PROSPERIDADE, E A LENDA DO PÁSSARO DE FOGO FOI PASSADA PARA AS FUTURAS GERAÇÕES, INSPIRANDO CORAGEM, MISTÉRIO E A MAGIA DO AMOR VERDADEIRO.

 

E ASSIM, A HISTÓRIA DO PÁSSARO DE FOGO E DE CAUÊ, O JOVEM AVENTUREIRO, CONTINUOU A VIVER NOS CORAÇÕES DE TODOS, LEMBRANDO-OS DO PODER DO AMOR E DA IMPORTÂNCIA DE ACREDITAR NAS LENDAS E NOS SEGREDOS ANTIGOS.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 19/06/2024
Reeditado em 19/06/2024
Código do texto: T8089113
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.