ERA UMA VEZ, NUMA PEQUENA CIDADE CHAMADA MIMOSO, UMA JOVEM MUITO SIMPÁTICA CHAMADA JOSEANE, MAIS CONHECIDA COMO JOSI. JOSI ERA DONA DE UM FUSCA AZUL, UM CARRO VELHO E CHEIO DE PERSONALIDADE. APESAR DOS PROBLEMAS MECÂNICOS FREQUENTES, JOSI AMAVA SEU FUSCA E NÃO TROCAVA POR NADA.

 

CERTO DIA, JOSI DECIDIU FAZER UMA VIAGEM PARA VISITAR SUA AVÓ NA CIDADE VIZINHA. ELA ARRUMOU SUAS COISAS, PEGOU SUA SACOLA DE LANCHES E, CLARO, ENTROU NO SEU QUERIDO FUSCA AZUL.

 

— VAMOS LÁ, FUSQUINHA! HOJE É DIA DE AVENTURA! — DISSE JOSI, CHEIA DE ENTUSIASMO.

 

ELA MAL HAVIA SAÍDO DA CIDADE QUANDO O CARRO COMEÇOU A FAZER UM BARULHO ESTRANHO.

 

— OH, NÃO! O QUE SERÁ DESSA VEZ? — SUSPIROU JOSI.

 

ELA PAROU O CARRO NO ACOSTAMENTO E DESCEU PARA DAR UMA OLHADA. O MOTOR ESTAVA QUENTE COMO UMA PANELA DE SOPA.

 

— AH, FUSQUINHA... POR QUE VOCÊ SEMPRE APRONTA COMIGO? — JOSI FALOU, OLHANDO PARA O CAPÔ.

 

DE REPENTE, APARECEU UM MECÂNICO DE BEIRA DE ESTRADA, O SEU ZÉ. ELE ERA CONHECIDO POR SER UM ÓTIMO MECÂNICO, MAS TAMBÉM POR SUAS HISTÓRIAS ENGRAÇADAS.

 

— BOM DIA, MOCINHA! PARECE QUE O FUSCA DECIDIU TIRAR UM COCHILO, HEIN? — DISSE SEU ZÉ, SORRINDO.

 

— POIS É, SEU ZÉ. ELE SEMPRE TEM UMA SURPRESA PARA MIM — RESPONDEU JOSI, RINDO.

 

— DEIXA EU DAR UMA OLHADA AQUI... AH, É SÓ O RADIADOR QUE PRECISA DE UM POUCO DE ÁGUA. NADA GRAVE. — EXPLICOU SEU ZÉ, ENQUANTO RESOLVIA O PROBLEMA.

 

COM O RADIADOR CHEIO, JOSI AGRADECEU E VOLTOU À ESTRADA. MAS NÃO DEMOROU MUITO PARA O FUSCA COMEÇAR A TOSSIR E ESPIRRAR NOVAMENTE.

 

— AI, MEU DEUS! E AGORA? — DISSE JOSI, PARANDO NOVAMENTE.

 

POR SORTE, DESSA VEZ APARECEU UM FAZENDEIRO EM SEU TRATOR, O SENHOR PEDRO.

 

— O QUE HOUVE, MENINA? — PERGUNTOU ELE.

 

— ACHO QUE O FUSCA ESTÁ COM ASMA HOJE — BRINCOU JOSI, RINDO.

 

SENHOR PEDRO DESCEU DO TRATOR, OLHOU O MOTOR E LOGO DIAGNOSTICOU O PROBLEMA.

 

— É SÓ UMA VELA DE IGNIÇÃO SOLTA. FÁCIL DE CONSERTAR. — DISSE ELE, APERTANDO A PEÇA.

 

— OBRIGADA, SENHOR PEDRO! — AGRADECEU A JOSI.

 

DEPOIS DE TANTOS IMPREVISTOS, JOSI FINALMENTE CHEGOU À CASA DA AVÓ. A AVÓ A RECEBEU COM UM ABRAÇO CALOROSO E UMA MESA CHEIA DE DOCES.

 

— COMO FOI A VIAGEM, MINHA QUERIDA? — PERGUNTOU A AVÓ.

 

— AH, VOVÓ, FOI UMA AVENTURA! MEU FUSCA AZUL SEMPRE ME PROPORCIONA HISTÓRIAS PARA CONTAR — RESPONDEU JOSI, SORRINDO.

 

— ESSE FUSQUINHA É UMA FIGURINHA MESMO! — DISSE A AVÓ, RINDO.

 

OS DIAS PASSARAM RÁPIDO E JOSI TEVE QUE VOLTAR PARA CASA. NA ESTRADA, ELA FALOU COM SEU FUSCA:

 

— VAMOS, FUSQUINHA, SÓ MAIS UMA VEZ SEM PROBLEMAS, POR FAVOR!

 

E, SURPREENDENTEMENTE, O FUSCA AZUL FEZ TODO O CAMINHO DE VOLTA SEM NENHUM PROBLEMA MECÂNICO.

 

— ATÉ QUE ENFIM, VOCÊ RESOLVEU COLABORAR, HEIN? — DISSE JOSI, DANDO UMA TAPINHA CARINHOSA NO VOLANTE.

 

O FUSCA RESPONDEU COM UMA BUZINA SIMPÁTICA, COMO SE ESTIVESSE RINDO.

 

JOSI E SEU FUSCA AZUL CONTINUARAM SUAS AVENTURAS, CADA UMA CHEIA DE PERIPÉCIAS E RISADAS, MAS SEMPRE COM A CERTEZA DE QUE, JUNTOS, FORMAVAM A DUPLA MAIS DIVERTIDA DA CIDADE DE MIMOSO.

 

### FIM

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 19/06/2024
Código do texto: T8089032
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