ERA UMA VEZ, EM UM LINDO PAÍS CHAMADO ANGOLA, VIVIA UMA GAROTA CHAMADA SISI. ELA TINHA OLHOS BRILHANTES COMO AS ESTRELAS E UM SORRISO QUE PODIA ILUMINAR QUALQUER DIA NUBLADO. SISI ADORAVA EXPLORAR A NATUREZA E, EM UMA DESSAS AVENTURAS, ELA ENTROU NA FLORESTA DE LUANDA.

 

ENQUANTO ANDAVA, SISI AVISTOU UMA RAPOSA DE PÊLO ALARANJADO BRILHANTE TENTANDO ALCANÇAR UM CACHO DE UVAS PENDURADO EM UMA VINHA ALTA. A RAPOSA PULAVA E PULAVA, MAS AS UVAS ESTAVAM FORA DO SEU ALCANCE. SISI ACHOU A CENA TÃO ENGRAÇADA QUE NÃO CONSEGUIU CONTER O RISO.

 

— AH, ESSAS UVAS SÃO IMPOSSÍVEIS! — RECLAMOU A RAPOSA, EXAUSTA, SENTANDO-SE NO CHÃO.

 

SURPRESA POR OUVIR A RAPOSA FALAR, SISI ARREGALOU OS OLHOS E SE APROXIMOU CAUTELOSAMENTE.

 

— VOCÊ... VOCÊ PODE FALAR? — PERGUNTOU SISI, COM CURIOSIDADE.

 

— CLARO QUE POSSO FALAR! — RESPONDEU A RAPOSA, UM TANTO IRRITADA. — E POSSO OUVIR, MUITO BEM POR SINAL. INCLUSIVE SEUS PENSAMENTOS, MENINA SISI.

 

SISI FICOU BOQUIABERTA. COMO A RAPOSA SABIA SEU NOME? E MAIS AINDA, COMO SABIA O QUE ELA ESTAVA PENSANDO?

 

— QUEM É VOCÊ? — PERGUNTOU SISI, SENTINDO-SE AO MESMO TEMPO INTRIGADA E UM POUCO NERVOSA.

 

— EU SOU UMA RAPOSA ENCANTADA. A CADA 100 ANOS, GANHO UMA NOVA CAUDA, E COM ELA, MAIS SABEDORIA E A CAPACIDADE DE OUVIR QUALQUER COISA, INCLUSIVE PENSAMENTOS HUMANOS. TUDO ISSO GRAÇAS À MALUQUINHA BRUXA DA FLORESTA DE LUANDA.

 

SISI COMEÇOU A RIR.

 

— MALUQUINHA BRUXA? ESSE É UM NOME ENGRAÇADO!

 

— PODE RIR, MAS ELA É BEM PODEROSA E UM POUCO... EXCÊNTRICA — EXPLICOU A RAPOSA.

 

— ENTÃO, SE VOCÊ PODE OUVIR MEUS PENSAMENTOS, DEVE SABER QUE EU ESTAVA PENSANDO EM TE AJUDAR A PEGAR ESSAS UVAS — DISSE SISI COM UM SORRISO TRAVESSO.

 

— AH, SERIA MARAVILHOSO! — EXCLAMOU A RAPOSA, ABANANDO SUAS MÚLTIPLAS CAUDAS. — POR FAVOR, ME AJUDE!

 

SISI OLHOU AO REDOR E VIU UMA LONGA VARA CAÍDA NO CHÃO. ELA A PEGOU E USOU PARA ALCANÇAR O CACHO DE UVAS, DERRUBANDO-O PARA A RAPOSA.

 

— AQUI ESTÃO! — DISSE SISI, ENTREGANDO AS UVAS À RAPOSA.

 

A RAPOSA DEU UMA MORDIDA EM UMA DAS UVAS E SUSPIROU DE PRAZER.

 

— AH, COMO É DOCE A VITÓRIA! — DISSE ELA COM UM SORRISO. — OBRIGADA, SISI. COMO RECOMPENSA, VOU TE CONTAR UM SEGREDO.

 

SISI SE APROXIMOU, ANSIOSA PARA OUVIR O QUE A RAPOSA TINHA A DIZER.

 

— DENTRO DE VOCÊ, SISI, HÁ UMA FORÇA MUITO ESPECIAL. UMA FORÇA QUE PODE MUDAR O MUNDO AO SEU REDOR. SEMPRE ACREDITE EM VOCÊ MESMA, E NADA SERÁ IMPOSSÍVEL.

 

SISI SORRIU E AGRADECEU À RAPOSA. SABIA QUE AQUELA NÃO ERA UMA RAPOSA COMUM, MAS UMA AMIGA ESPECIAL COM QUEM SEMPRE PODERIA CONTAR.

 

E ASSIM, SISI E A RAPOSA ENCANTADA PASSARAM A SE ENCONTRAR FREQUENTEMENTE NA FLORESTA DE LUANDA, COMPARTILHANDO AVENTURAS, RISADAS E, CLARO, MUITAS UVAS DOCES.

 

E SE VOCÊ ALGUMA VEZ ESTIVER PASSEANDO PELA FLORESTA DE LUANDA E OUVIR UMA RISADA OU UM SUSSURRO NO VENTO, PODE SER SISI E SUA AMIGA RAPOSA, VIVENDO MAIS UMA DE SUAS MÁGICAS AVENTURAS.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 11/06/2024
Reeditado em 11/06/2024
Código do texto: T8083435
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