ERA UMA VEZ UMA MENINA CHAMADA LAÍS QUE MORRIA DE MEDO DE BARATAS. ELA VIVIA COM SEU PAI, INALDO, QUE SEMPRE FAZIA O POSSÍVEL PARA PROTEGÊ-LA DE SEUS MEDOS. LAÍS E INALDO MORAVAM EM UMA CASA SIMPLES E GOSTAVAM MUITO DE PASSEAR JUNTOS.

 

UM DIA, ENQUANTO ESTAVAM INDO AO SUPERMERCADO, LAÍS NOTOU ALGO ESTRANHO NO CARRO. "PAI, ACHO QUE VI ALGO SE MEXENDO ALI ATRÁS!", DISSE ELA, NERVOSA. INALDO DEU UMA OLHADA PELO RETROVISOR, MAS NÃO VIU NADA DE INCOMUM. "DEVE SER SUA IMAGINAÇÃO, QUERIDA", RESPONDEU ELE, TENTANDO ACALMÁ-LA.

 

MAS LAÍS ESTAVA CERTA. ALI, NO CANTINHO DO BANCO DE TRÁS, ESTAVA UMA PEQUENA BARATA CHAMADA CUCARACHA. ELA NÃO ERA UMA BARATA COMUM; CUCARACHA TINHA PASSADO POR UM GRANDE SOFRIMENTO. UM DIA, ENQUANTO EXPLORAVA O MUNDO EM BUSCA DE COMIDA, FOI ATROPELADA POR UM CARRO E PERDEU UMA DE SUAS PATAS. DESDE ENTÃO, TINHA DIFICULDADES PARA ANDAR E DEPENDIA DE CARONAS PARA SE LOCOMOVER.

 

CUCARACHA, SENTINDO-SE MUITO TRISTE E CANSADA, VIU NO CARRO DE INALDO UMA OPORTUNIDADE PARA CONSEGUIR UMA CARONA ATÉ UM LUGAR SEGURO ONDE PODERIA ENCONTRAR ABRIGO E ALIMENTO. ELA NÃO QUERIA ASSUSTAR NINGUÉM, APENAS PRECISAVA DE AJUDA.

 

ENQUANTO INALDO DIRIGIA, LAÍS FICOU CADA VEZ MAIS INQUIETA, ATÉ QUE FINALMENTE VIU A PEQUENA BARATA. "PAI! UMA BARATA!" GRITOU ELA, QUASE CHORANDO DE PAVOR. INALDO PAROU O CARRO IMEDIATAMENTE E FOI VER O QUE ESTAVA ACONTECENDO. AO SE APROXIMAR DO BANCO DE TRÁS, VIU CUCARACHA, QUE, MESMO ASSUSTADA, PARECIA INOFENSIVA.

 

"É SÓ UMA BARATINHA, LAÍS. ELA PARECE ESTAR MACHUCADA", DISSE INALDO, TENTANDO CONFORTAR A FILHA. LAÍS ESTAVA TÃO APAVORADA QUE NÃO CONSEGUIA PENSAR EM NADA ALÉM DE SAIR CORRENDO DO CARRO. "PAI, TIRA ELA DAQUI, POR FAVOR!", IMPLOROU LAÍS.

 

INALDO, ENTÃO, COM MUITA DELICADEZA, PEGOU CUCARACHA COM UM PEDAÇO DE PAPEL E PERCEBEU QUE ELA REALMENTE ESTAVA SEM UMA DAS PATAS. "COITADINHA, DEVE ESTAR SOFRENDO MUITO", DISSE ELE. INALDO EXPLICOU A SITUAÇÃO PARA LAÍS, QUE, MESMO COM MEDO, SENTIU UM POUCO DE COMPAIXÃO PELA PEQUENA CUCARACHA.

 

"ELA SÓ QUER UMA CARONA PARA UM LUGAR SEGURO, LAÍS. PROMETO QUE DEPOIS A GENTE A DEIXA EM UM JARDIM BONITO E ELA VAI PODER SEGUIR SUA VIDA", EXPLICOU INALDO. LAÍS, AINDA COM MEDO, CONCORDOU COM A IDEIA. "MAS TEM QUE SER RÁPIDO, PAI!", DISSE ELA.

 

INALDO CONTINUOU DIRIGINDO ATÉ ENCONTRAR UM PARQUE COM UM BELO JARDIM. LÁ, COM CUIDADO, ELE DEIXOU CUCARACHA EM UM CANTINHO CHEIO DE FLORES E FOLHAS, ONDE ELA PODERIA SE ESCONDER E SE RECUPERAR. "PRONTO, CUCARACHA. AGORA VOCÊ ESTÁ SEGURA", DISSE ELE.

 

LAÍS, AINDA UM POUCO ASSUSTADA, SENTIU UM ALÍVIO AO VER A BARATA INDO EMBORA. "ACHO QUE ELA SÓ QUERIA MESMO UMA CARONA, NÉ, PAI?" DISSE LAÍS, COM UM SORRISO TÍMIDO. INALDO RIU E RESPONDEU: "ÀS VEZES, ATÉ AS MENORES CRIATURAS PRECISAM DE AJUDA. E HOJE, NÓS FIZEMOS UMA BOA AÇÃO."

 

E ASSIM, LAÍS E INALDO SEGUIRAM PARA O SUPERMERCADO, SABENDO QUE HAVIAM AJUDADO UMA PEQUENA CRIATURA EM APUROS. E CUCARACHA, COM UM NOVO LAR SEGURO, AGRADECEU SILENCIOSAMENTE ÀQUELES QUE LHE DERAM A CARONA MAIS IMPORTANTE DE SUA VIDA.

 

 

 

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 09/06/2024
Reeditado em 09/06/2024
Código do texto: T8082016
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