ERA UMA VEZ, NO CORAÇÃO DA MISTERIOSA FLORESTA NEGRA, UM PÁSSARO CHAMADO SANHAÇO. ELE ERA CONHECIDO POR SUAS PENAS BRILHANTES E SEU CANTO MELODIOSO, QUE ENCANTAVA TODOS OS HABITANTES DA FLORESTA. SANHAÇO VIVIA FELIZ EM SEU NINHO, NO ALTO DE UMA ÁRVORE CENTENÁRIA, E PASSAVA OS DIAS VOANDO LIVREMENTE PELOS CÉUS.

 

CERTA NOITE, UMA TEMPESTADE TERRÍVEL ASSOLOU A FLORESTA. RAIOS CORTAVAM O CÉU, TROVÕES RIBOMBAVAM E O VENTO UIVAVA ENTRE AS ÁRVORES. SANHAÇO, ASSUSTADO, TENTAVA DESESPERADAMENTE ENCONTRAR O CAMINHO DE VOLTA PARA SEU NINHO, MAS UM RAIO, NUM GOLPE CRUEL DO DESTINO, ATINGIU A ASA ESQUERDA DO POBRE PÁSSARO. COM UMA DOR AGUDA E A ASA MACHUCADA, ELE CAIU EM UMA CLAREIRA ESCURA E DESCONHECIDA.

 

DESAMPARADO E COM MEDO, SANHAÇO PASSOU A NOITE DEITADO NO CHÃO ÚMIDO, SEM RUMO E SEM SABER SE CONSEGUIRIA VOAR NOVAMENTE. QUANDO O SOL FINALMENTE DESPONTOU NO HORIZONTE, TRAZENDO CONSIGO UM NOVO DIA, SANHAÇO AINDA ESTAVA ALI, FRACO E CANSADO.

 

FOI ENTÃO QUE A PROFESSORA BELIZE APARECEU. ELA ERA UMA MULHER BONDOSA E SÁBIA, QUE DEDICAVA SUA VIDA A ENSINAR AS CRIANÇAS QUE MORAVAM NO CORAÇÃO DA FLORESTA NEGRA. NAQUELA MANHÃ, BELIZE ESTAVA A CAMINHO DA ESCOLA, QUANDO OUVIU UM LEVE GEMIDO VINDO DA CLAREIRA. CURIOSA, ELA SE APROXIMOU E ENCONTROU O PEQUENO SANHAÇO, COM SUA ASA MACHUCADA.

 

— OH, POBRE PASSARINHO! — EXCLAMOU BELIZE, COM TERNURA EM SEUS OLHOS. — VAMOS, EU VOU CUIDAR DE VOCÊ.

 

COM TODO O CUIDADO, BELIZE PEGOU SANHAÇO EM SUAS MÃOS E LEVOU-O ATÉ SUA CASA, ONDE COMEÇOU A TRATAR DA ASA FERIDA. ELA LIMPOU O FERIMENTO, FEZ UMA ATADURA E DEU ÁGUA E COMIDA AO PASSARINHO. SANHAÇO SENTIA-SE SEGURO AO LADO DE BELIZE E, AOS POUCOS, COMEÇOU A CONFIAR NELA.

 

OS DIAS PASSARAM E A ASA DE SANHAÇO FOI MELHORANDO. DURANTE ESSE TEMPO, ELE OBSERVAVA BELIZE DANDO AULAS PARA AS CRIANÇAS DA FLORESTA. ELE ADORAVA OUVIR AS HISTÓRIAS QUE ELA CONTAVA, CHEIAS DE AVENTURAS E SABEDORIA. E, EM TROCA, SANHAÇO ENCANTAVA AS CRIANÇAS COM SEU CANTO SUAVE, MESMO AINDA SEM PODER VOAR.

 

UMA LINDA E ETERNA AMIZADE FLORESCEU ENTRE SANHAÇO E BELIZE. ELE APRENDEU A VALORIZAR A PACIÊNCIA E O CUIDADO DA PROFESSORA, ENQUANTO ELA SE MARAVILHAVA COM A CORAGEM E A CAPACIDADE DO PEQUENO PÁSSARO DE SE ADAPTAR A SITUAÇÕES DE ESTRESSE. FINALMENTE, CHEGOU O DIA EM QUE SANHAÇO ESTAVA PRONTO PARA VOAR NOVAMENTE. COM A ASA CURADA E O CORAÇÃO CHEIO DE GRATIDÃO, ELE BATEU AS ASAS E ERGUEU-SE NO AR, SENTINDO A LIBERDADE QUE TANTO AMAVA. MAS ELE SABIA QUE SEMPRE HAVERIA UM LUGAR ESPECIAL NO CORAÇÃO DE BELIZE E NA ESCOLA DA FLORESTA.

 

E ASSIM, SANHAÇO CONTINUOU A VOAR PELOS CÉUS, MAS NUNCA ESQUECIA SUA AMIGA BELIZE. TODOS OS DIAS, ELE VOLTAVA PARA VISITÁ-LA, CANTAR PARA AS CRIANÇAS E OUVIR MAIS HISTÓRIAS MARAVILHOSAS. E BELIZE, POR SUA VEZ, SEMPRE TINHA UM SORRISO NO ROSTO E UMA NOVA LIÇÃO PARA ENSINAR.

 

E FOI ASSIM QUE, NO CORAÇÃO DA FLORESTA NEGRA, A AMIZADE ENTRE UM PÁSSARO SEM RUMO E UMA PROFESSORA BONDOSA TROUXE LUZ E ALEGRIA PARA TODOS AO REDOR, PROVANDO QUE, MESMO NAS TEMPESTADES DA VIDA, SEMPRE HÁ ESPERANÇA E AMOR A SEREM ENCONTRADOS.

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 08/06/2024
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