Aprisionamento
Andando pelas ruas sob os pisos açucarados da praça, onde a cidade se mantém como um enorme parque de diversões. Darlene, uma jovem apaixonada de cabelos curtos encaracolados no seu tom mais rosa-profundo.
Desde criança sonhava em ser amada, falava apressada, sem folego, incompreendida muitas vezes, motivada pelo simples desejo em encontrar um amor.
Vivia atrás de garotos dos mais diversos e desinteressantes, a rejeição era tamanha que voltava chorando para casa. Chorava no travesseiro, no banho, na escada, não perdia tempo. No outro dia acordava esperançosa, com o peito estufado e o sonho de uma paixão formidável, era uma prisioneira do seu próprio humor. Um dia avistou por uma mulher das mais bonitas já vistas, olhar melancólico e recluso, se encararam por minutos e riram até a barriga doer, viram-se uma na outra.
As duas escolheram ficar até o final e escutaram ambas, sentiam falta de sentirem-se amadas. Com o coração liberto despediram-se, prometendo lembrarem-se de como alguém salvou-as da sua única prisão, elas mesmas.