Era uma vez...
Era uma vez...
Um coração repleto de sonhos e fantasias que, solitário entre corações, vagava sem rumo, destino incerto d'uma atribulada vida.
Certo dia encontrou um sorriso, e nele, um doce olhar... E como em todos os contos, apaixonou-se. Passando a pulsar no rítmo da saudade.
Devaneios alimentavam horas vazias onde o silêncio sussurrava olhares...
Malvada, uma ciumenta bruxa adoeceu o sorriso, adoecendo também o apaixonado coração... Com válvulas obstruídas pela melancolia da ausência, com artérias repletas de solidão, batia ainda, porém num descompassado rítmo de lágrimas e dor.
Inconformado coração buscou na fé, milagres...
Entregou-se às preces e promessa.
Uma grande alegria, a montanha foi removida, coração bateu em compasso de festa, fluindo pelas veias uma arterial e incontida felicidade.
Como nem toda história tem um final feliz, sorriso não entendeu a magnitude deste amor que, aprisionado a uma promessa, precisou isolar-se para que ela se cumprisse.
Ignoto de tanta saudade, sorriso ancorou em outros lábios e sonhos...
O amor é mesmo assim, não dá garantias nem certezas, é um caminho enviesado, por onde lágrimas correm conectadas às incertezas do tempo, veladas na obscuridade do mundo e esquecidas na transparência do silêncio que, cruel, "Mata" o sonho.
Sandra
05/01/08