A Orquídea (Homenagem as mães)

A Orquídea.

Certa vez na cidade de Jardinopolis, interior de São Paulo, Da. Orquídea sai a procurar um local onde pudesse se instalar.

Chegou em uma enorme praça, toda arborizada e florida, e dentre as diversas árvores havia uma laranjeira.

Chegando à sua frente notou que nela estava afixada uma placa “Aceita-se hospedes”.

Era uma laranjeira muito bonita, e então Da. Orquídea perguntou:

- Bom Dia Da, Laranjeira, estou interessada em me hospedar aqui, a senhora me aceita?

A Laranjeira ficou pensativa por uns instantes e respondeu:

-A senhora já esteve por aqui antes, e minhas vizinhas Margarida e Hortencia, me disseram

que a senhora não é flor que se cheire e além de tudo é uma parasita.

-Não é verdade, respondeu Orquídea.

E pura inveja delas, só porque no mercado tenho mais valor que elas,

e nunca fui uma parasita, minhas raízes são aéreas e jamais irão sugar sua seiva.

-Não sei não, disse Laranjeira.

Da Orquídea insistiu dizendo:

-Encontro-me em período de gestação, por favor me ajude.

E Laranjeira se compadeceu da situação e aceitou a recém chegada.

E o tempo foi passando, e 3(tres) filhas de Orquídea começaram a brotar,

ao mesmo tempo que as flores de Laranjeira se transformaram em lindos frutos,

formando juntas uma nova família.

Certa tarde de domingo passou por ali um casal e vendo aquelas lindas flores,

o rapaz apaixonado arrancou umas das flores de Orquídea e acompanhada de um beijo,

deu de presente a sua namorada e juntos foram embora.

Mais tarde, um menino todo feliz, corria com sua pipa pela praça,

quando de repente a linha enroscou em Orquidea,

o menino deu um forte puxão, e arrancou outra filha de Orquídea,

deixando-a caída ao pé da Laranjeira.

No dia seguinte logo pela manhã, uma velha senhora que passava em frente,

viu aquele pé de Orquidea, apenas com uma flor,

comoveu-se, e pensou, coitadinha tão sozinha, vou levá-la para minha casa

e aconchega-la junto com as outras flores que tenho, e assim arrancou a flor, e foi embora.

Da.Orquídea ficou desorientada.

E de repente Laranjeira falou:

Orquídea não fique triste, é o ciclo da vida, nós nascemos, crescemos, florimos, damos frutos,

no próximo ano o ciclo se repete e nem sempre as flores e os frutos serão permanentemente nossos

e nem sempre por nós usufruídos é o ciclo da vida.

Devemos agradecer todos os dias à Natureza essa nossa dádiva divina.

Homenagem a todas as mães, do céu e da terra