Tio Zé

Que história é essa, Jonas? Tio Zé.

Encerrei as minhas atividades, me aconcheguei numa poltrona, amparado por almofadas e comecei a lê. Adormeci por um tempo muito breve, porém, o suficiente para brotar uma história inacreditável que vou contar agora.

Me vi a cerca de centenas de ano atrás vivendo numa pequena aldeia situada ao norte de Israel, nas proximidades do Lago Tiberíades (Genesaré). A princípio cuidava dum modesto rebanho, uma pequena agricultura e na elaboração do excelente azeite de oliva produzido artesanalmente com método criado pela nossa própria casta.

O trabalho e a nossa dedicação nos trouxe com o passar do tempo, prosperidade e riqueza. Passamos a exportar o excedente, depois toda a produção da pecuária, agrícola e da fabricação do azeite.

Tio Zé, irmão de meu pai foi o precursor da nossa fortuna. Possuía um tino comercial apurado e condições de realizar os seus projetos. Era detentor de uma rede de transporte marítimo que usada na importação e exportação de bens e produtos.

Tinha bons relacionamentos políticos que lhe barganhavam favores oferecendo em troca, monopólio de serviço do estado.

Dessa forma tio era o próprio povo do mar, cujos tentáculos abraçava a todos. No rol de devedores constavam políticos, religiosos, juristas, filósofos, militares, gente da nata social e do povo, amigos e parentes.

Sempre tive orgulho e o admirava. Era um homem bom e justo, culto e dono de um caráter sólido e personalidade marcante. Exerceu o cargo de Senador, membro influente do Sinédrio e no colégio de magistrado do povo judeu.

Entretanto, não foram esses atributos que lhe garantiu fixar seu nome na história planetária da era cristã.

Tio com seguidor e amigo buscou nos momentos críticos e lastimáveis do julgamento de Jesus apoio para embargar o veredito de Caifás ceivado de interesse pessoal.

Esteve com Pilatos lhe pedindo pela vida de Cristo em retribuição a tantos favores que lhe prestou. No colégio da magistratura recebeu apoio apenas do leal amigo 'Nicodemos'.

O governador da Judeia, (Pôncio Pilatos) sujeito fraco, sem moral portador de baixa reputação Infiel e mulherengo usava o poder para seduzir e desonrar pessoas de bem. Teve um final triste em total abandono. Visava agradar os poderosos para lhe manter no cargo e dessa forma mesmo tendo poder não anulou a decisão do Tribunal dos Judeus temeu a eles e como recompensa cedeu o corpo de Cristo ao tio Zé, que transformou no maior mistério da humanidade.

Tio era da Judeia, seu nome, não revelarei deixo como equação para você encontrar a incógnita.

Espírito Escritor
Enviado por Espírito Escritor em 25/06/2023
Código do texto: T7821702
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