O trem já passou!!!!

Piui!!!piui!!!piui!!!

Vem soltando fogo pelas orelhas!!!

Na curva da estrada de ferro

Que mamãe comentava com saudade tocante, criada próxima a estação da luz, no centro antigo da cidade.

A vida ferroviária corria em suas veias, neta de foguista e filha de maquinista.

Que teve dois irmão que trabalharam na ferrovia, um como sinalizador e outro mecânico de locomotiva.

Senta a beira dos trilho sufoca o peito a saudade dos familiares que foram trabalhar nas rodovias celestiais.

Ainda lembra quando criança que ganhou uma pequenina locomotiva de brinquedo.

Para que a sua boneca preferida pudesse viajar pelos trilhos da imaginação...

Na juventude foi trabalhar no escritório central da empresa ferroviária.

Chefe do almoxarifado e depois no setor de carga e descarga. Assim estava escrito no destino de ser esposa de ferroviário naturalmente.

Casaram-se com toda pomba e o chefe da estação o padrinho, como presente ganharam uma viagem de expresso europeu, longa viagem pela Itália, Alemanha e Espanha.

O anos passaram rápido, teve dois filhos que viram empregados da empresa com cargos melhores do que da família. Fernando o mais velho virou engenheiro mecânico e o caçula projetista de máquinas.

Certo dia chega uma notícia trágica, o marido sofreu um acidente grave e perde a vida nos trilhos da ferrovia.

Foi uma tragédia que guase acabou com a família, e os fizeram mudar de cidade.

Pois ficaram assombrados e perdidos.

Mas a dor passa e a saudade refrigera a solidão.

O filhos foram para o mundo, mas de certa forma sentir-se a presença do esposo nos trilhos , nas peças enfim como se fosse a própria estrada de ferro.

Assim as lágrimas molhavam as pedras com saudade dos tempos de mocinha.

Que mundo se perdia na linha dos trilhos eternos.

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Valdecir Rezende de Souza
Enviado por Valdecir Rezende de Souza em 19/05/2023
Código do texto: T7792269
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