O Grande Mago !!!
Montado em seu pônei o anão finalmente pode ver ao longe a pequena cabana, soltando fumaça pela chaminé e com uma carroça parada na frente. A jornada foi longa e todo o seu pequeno corpo dolorido mostrava as marcas das batalhas pelo caminho. E seu machado ainda manchado de sangue, vinha pendurado ao lado na sela. Ao ver, ele abriu um grande sorriso em seu rosto de barba negra e feições rusticas, por ter finalmente chegado a morada do Grande Mago.
Dentro da humilde cabana, o Grande mago colocava vários vidros de sua poção embriagante em grandes sacos. Quando ouviu baterem na porta. Ele resmungou.
– Pelos deuses de outrora, quem será a está hora? Pegou seu cajado e se dirigiu a porta, apressadamente.
A abrir a porta o anão fez uma saudação dos seus ancestrais, que o Grande Mago não recordava mais. O mago mandou que o guerreiro entrasse em seus domínios. Com empolgação e bradando seu machado de batalha o anão se pronunciou de forma poética.
Mago grandioso
Venho urgente falar
O mau voltou
Depois de pronunciar esses singelos versos o anão Maluk vindo do leste disse.
–Vim a sua procura Grande Mago Golyam. O ser das trevas que eu não ouso pronunciar o nome está de volta com seu séquito maligno. Os exércitos deles já estão reunidos. Estamos em menor número. Precisamos de você Golyam.
O grande mago alisou a grande barba cinzenta, lembrou de todas as batalhas contra o temível ser das trevas e instintivamente voltou a colocar os vidros de sua poção embriagante nos sacos e disse sábias palavras.
– Eu vou não!
Maluk ficou estarrecido com as palavras do sábio. Deixou até seu machado cair. Estava totalmente incrédulo com a atitude do eremita.
– Você sempre esteve ao nosso lado para defender os seres das terras orientais, grande líder. Elfos, anões e homens contam contigo. O que será isso? Feitiço daquele inominável ser das trevas.
– Feitiço nada. Cansei dessa palhaçada – ele pegou dois grandes sacos e levou até a carroça, enquanto o mestre anão estava abobalhado no meio da sala.
-- Pelos deuses de meus ancestrais o que houve mago, diga.
– Eu, Maluk, por cinco mil anos combati o grande mau com seus antepassados. Mas chega. Esmagamos os exércitos, aniquilamos o ser das trevas e suas legiões de orcs malignos. E ele sempre retorna. Haja paciência.
– Eu ainda não entendo Golyam, sem você estamos perdidos. O anão ficava seguindo o mago que não parava de abastecer seu transporte.
– Estão não. Vocês reúnem homens, elfos e anões. Colocam a infantaria no centro, cavalaria nos flancos e a vitória é certa. Vai ser moleza. – Depois de pronunciar essas palavras ele pegou um velho pergaminho amarelado e mostrou ao visitante.
– Veja anão, eu irei para as terras ocidentais. O velho pergaminho era um mapa, escrito em uma língua antiga que Maluk não sabia decifrar. No manuscrito havia umas ilustrações de uma praia ensolarada, com elfas, anãs e mulheres, todas vestidas de biquínis. O mago batia no papel de forma frenética – é disso aqui que eu estou precisando. E pra lá que eu vou.
Maluk estava com os olhos arregalados, e não sabia o que dizer. O mago terminou de carregar sua carroça, e quando ele se sentou em cima dela o anão se lembrou de sua esposa, e disse.
– Que tal eu lhe fazer companhia nesta jornada inesperada, grande sábio?
Acendendo seu cachimbo o Grande Mago disse.
– Certamente meu caro, você é a pessoa certa para me acompanhar.
Maluk recebeu um vidro de poção do mago ,depois de tomar um gole, eles seguiram viagem, em direção ao oeste.
Será que continua ?