Quém Quém

Quém Quém andava pelaí,

pela vida em desalinho,

não tendo um ninho

que prendesse o

seu vaguear.

Seu passear

exigia o almoçar

hora aqui e hora ali,

por todos gramados de

tantos quintais sem cercas.

Cansado, Quém Quém era

sempre esperado, idem

festejado por todos

apreciadores de

seus passeios

e as andanças

pela vizinhança em

dias de sol e/ou chuva e

providenciavam-lhe ninho.

Quém Quém bem mudava

o astral daqueles que o

acolhiam e criam. . .

trouxesse até

sorte aqueles

tão 'bons humanos'

que acarinhassem a sua

presença alva emplumada.

Quém Quém por certo até

percebia a necessidade

mais dos humanos

do que às suas,

que dependiam

dele para lograr de

quiçá, breves instantes

de felicidade. Quém Quém

era feliz em si

e por si, quac, só.

Dedico este 'Conto Fantasia'

a meu sobrinho neto Gabriel.