Em Busca do Rubi de Fogo

Após semanas cavalgando, estavam chegando aos picos gelados.

Dia após dia o tempo ficava mais frio.

A única que não se incomodava era Sibilla, pois a xamã foi criada no palácio de gelo e cristal do arquimago Drent.

Os outros estavam muito encapotados.

Garth, para variar, estava bem mal-humorado.

- Porcaria! Minha bunda parece pedra de gelo!

Todos riram, fumaça causada pela condensação do ar saía de suas bocas.

Seguiram por uma estradinha, que circulava o pico gelado, ouviram um barulho estranho.

Quando olharam pra cima, se espantaram com uma imensa pedra de gelo, vindos em sua direção.

O mago levantou as duas mãos.

- Bolas de fogo!- gritou Gillus.

Três bolas de fogo saíram de cada mão, acertando a pedra de gelo em cheio.

Ela explodiu em centenas de fragmentos, e todos se protegeram como puderam.

Logo ouviram uma risada sinistra, que ecoou no ar.

Após a curva da estrada, apareceu um gigante do gelo.

- Meu nome é Veritas!- bradou ele.

Os aventureiros agarraram as armas com mais força.

A xamã que conhecia a língua do gigante se aproximou pra conversar.

Ele era muito grande.

- Por que nos atacou?- quis saber a mulher de cabelos brancos como a neve.

- Carne ou pedágio!-riu o monstro.

Os aventureiros gritaram de longe.

- O que ele disse?

Sibilla suspirou profundamente.

- Ele tentou nos matar para nos devorar, como não conseguiu quer um pedágio para passar!- disse ela.

Reuniram-se para decidir o que fazer.

- Vamos matá-lo! – disse o anão.

- Às vezes esses gigantes do gelo atacam em grupos de três ou quatro!- avisou Silvermoon.

- Vamos matá-lo!- grunhiu o anão.

- Minha magia não dará conta de três ou quatro gigantes!- disse Gillus baixinho.

- Vamos matá-lo!- guinchou o anão.

- Devemos pagar o pedágio então?- perguntou Joseph

- Vamos matá-lo!- implorou o anão.

- Então está decidido. - disse Carapas muito sério.

- Vamos... – ia dizer o anão.

- CALA A BOCA GARTH!- todos gritaram.

O anão ficou emburrado e sentou na neve.

Sibilla foi até o gigante, que estava impaciente.

- E então?- disse ele – Tenho fome!

- Vamos pagar o pedágio!- disse a xamã com uma ponta de raiva. - temos carne de rena e algumas aves.

- Ótimo! Mas eu prefiro carne humana! – sorriu o gigante arreganhando os dentes.

Sibilla ficou muito assustada.

- O que ele disse?- perguntaram os aventureiros.

- Que devemos entregar um dos nossos pra ser devorado!- gritou a xamã.

Todos ficaram de boca aberta, menos o anão.

- Oba!Vamos matá-lo!- gritou Garth.

- Não. - disse Gillus.

Os aventureiros se espantaram.

- Como assim, não?- quis saber Joseph.

- Vamos entregar Andros para ele. - disse Gillus.

A cara do anão ficou vermelha como um tomate.

- Safado!Covarde!Traidor!

Vendo que ia ser atacado por Garth, o mago se explicou.

- O gigante não pode mastigar pedra!

O resto de todos ficou mais feliz, até Carapas, sempre “serião”, deu um sorriso.

Logo eles ofereceram Andros como vítima.

O gigante agarrou o homem de pedra, e o levou à boca dando uma forte mordida.

Lágrimas que encheriam um balde rolaram dos seus olhos.

Soltou Andros, que caiu e caiu, até atingir o solo; afundando na neve.

O gigante Veritas cuspiu dentes do tamanho da cabeça de um homem.

Estava banguela.

- Malditos! - bradou ele.

Avançou sobre os aventureiros, com a enorme mão estendida.

- Tropeçus!- gritaram ao mesmo tempo Gillus e Sibilla.

Ao jogarem os pequenos seixos mágicos, o gigante se desequilibrou.

Ficou na borda do precipício, movendo os braços para tentar recuperar o equilíbrio.

De repente, detrás dele, saindo da neve aparece Andros.

- Puxa o pé dele! Gritaram todos.

Mas o guerreiro de pedra ainda estava meio tonto.

- Hein?O que?- perguntou ele apoiando-se no joelho do gigante para se levantar.

Aaaaaaaaaaaaaahhhhh.

Veritas caiu, rolando montanha abaixo.

- O que vocês falaram?- quis saber Andros.

- Deixa pra lá!- disse Garth feliz.

Eles ficaram esperando que aparecessem outros gigantes de gelo.

Ninguém apareceu, ele estava sozinho.

Os aventureiros continuaram em seu caminho, descendo o pico da montanha gelada.

Dias depois, passaram por um campo coberto de mato.

- Mas que porcaria!- reclamou o anão.

Todos olharam para ele.

Garth cabeça-dura tinha enfiado a perna num buraco.

- Aiiii!- gritou o anão de repente.

Silvermoon saltou rápido, pois sabia que seu pequeno amigo não era do tipo que grita à toa.

Alguma coisa o atacara.

Quando puxou Garth, viram que algo picara sua perna.

- Safado!Eu vou matar esse... Esse..... Bicho!- disse o anão.

Logo em seguida ele desmaiou.

O elfo tirou sua corda, fina como um fio de cabelo e jogou dentro do buraco.

Como se tivesse vida própria, ela desceu e amarrou algo; voltando em seguida.

Era um pequeno escorpião de duas cabeças.

- Droga! – reclamou Gillus.

Pegou uma pequena faca de cobre e cortou os dois ferrões do inseto.

Um ele embrulhou em um pequeno pedaço de linho e guardou, o outro colocou em uma vasilha de prata e começou a misturar várias ervas.

- Cortem o mato em volta, abram uma clareira, e acendam uma fogueira - disse o mago – vamos acampar aqui!

Ele pôs uma ampulheta ao lado do anão e colocou a vasilha de prata ao fogo.

O rosto do pequeno guerreiro estava ficando cinzento, mesmo com as compressas de ervas feitas por Sibilla.

O veneno do escorpião de duas cabeças age duas vezes mais rápido que o normal.

A poção ficou verde e o mago obrigou Garth a beber.

O anão abriu os olhos por um momento.

- Safado! Eu ainda mato esse bicho!

Virou para o lado e dormiu roncando muito.

Todos ficaram aliviados.

Alguns dias depois voltaram a caminhar e logo chegaram a uma cidade.

Notaram na entrada dezenas de estátuas.

Estavam em todas as posições possíveis, de pé, sentados, com armas, assustados e de todas as maneiras que existiam.

Estátuas perfeitas nos mínimos detalhes.

- Que estranho. Não tem gente nesse lugar? – perguntou-se Carapas em voz alta.

- Tem sssssim... Esssssstão por aí! – disse uma moça na penumbra.

Todos olharam para ela, que começou a sair do escuro.

Só a xamã percebeu de que se tratava.

- Não olhem para ela! É UMA MEDUSA! – gritou Sibilla.

Imediatamente todos olharam para o chão, e a Górgona sibilou de raiva.

Joseph tirou sua espada, Tufão, de dentro da bainha.

O anão começou a girar seu machado, indo ao encontro da mulher monstruosa.

- Tufão!- gritou o guerreiro de cabelos escuros.

Um redemoinho foi lançado, carregando o anão para longe.

- SAAAAFAAAAADOOOOO!!!! – berrou ele rodopiando.

A Medusa que havia se desviado do redemoinho, sacou uma adaga cortando Joseph no peito.

O sangue do guerreiro espirrou.

Andros era o único imune ao feitiço sendo naturalmente rochoso.

O guerreiro de pedra vendo seu companheiro atingido ficou com muita raiva.

Desferiu dois potentes socos no chão e todos caíram com o terremoto que se formou.

No momento em que Sibilla se pos em pé, olhou de relance para a Górgona.

A xamã gritou e a medusa riu.

Rapidamente a moça de traços delicados e cabelos brancos como o gelo, virou uma estátua de mármore puro.

- Não! – gritou o elfo.

Atirou duas flechas de prata, olhando na direção da mulher de cabelos de víboras por um momento.

As flechas de prata furaram os olhos ofídios dela.

- AHHHHHHHHHH!-gritou a medusa.

Ela avançou às cegas, e logo Joseph conseguiu segura-la.

Amarraram a Górgona com a corda élfica de Silvermoon.

- Quero que você me ensine como transforma-la em gente de novo! – pediu o mago Gillus.

- Tente você messssssmo! –sibilou ela sorridente apesar da dor.

O mago pediu passagem e do alforje tirou um estojo e de dentro deste um pedaço de bico de basilisco e uma taça de osso de Gorgon, realizando a magia em seguida.

- Pétra id Carnnis!!-gritou.

Uma grossa fumaça encheu o ar.

A magia não surtiu efeito.

A estátua de Sibilla continuou como se nunca tivesse sido outra coisa.

- Hahhahahahha! – a horrível mulher riu com gosto.

O mago entristeceu-se, pois poucas vezes na vida sua magia falhara.

- Safada! Eu vou cortar sua cabeça por isso! – gritou o anão.

Garth cabeça-dura levantou seu machado, girando-o perigosamente.

- Calma Garth! – pediu Gillus.

O Anão bufava.

- Garth, ainda não... – pediu Silvermoon.

A medusa explodiu em gargalhadas.

- Isso mesmo anãozinho! Pois cada gota de meu sangue que tocar o solo, virará um Escorpiao-rei! – gracejou ela.

Apesar de ter sido chamado de “Anãozinho”, Garth abaixou seu machado, pois se a decapitasse seria o fim para todos.

Os Escorpiões-rei eram um dos mais venenosos seres que existiam no mundo.

Sua picada matava um gigante em minutos.

Grande como um cavalo, sua dura couraça era coberta de espinhos venenosos que matavam a um simples toque.

Enquanto o anão discutia com a górgona, o velho mago leu e releu seu codéx, onde todas as magias que conhecia e outras que havia cooptado estavam escritas.

O mago tirou uma ampulheta das vestes.

- Fique com ela. – disse para o anão – existe outra maneira de curá-la.

A medusa deu uma risada de escárnio.

O anão sabia que ainda estava muito fraco para poder ajudá-los, por isso não reclamou.

Todos montaram em seus cavalos, menos Andros que mataria qualquer animal sob seu peso.

- Para as minas de Óprition! Em busca do rubi de fogo!- gritou o mago.

E eles cavalgaram ligeiro.

O nome ficou pendurado no ouvido do anão.

- Rubi de fogo... A pedra que só os deuses podem segurar... – sussurrou ele.

Os anões são grandes apreciadores de tudo que existe sob o solo.

Ele entregaria com prazer metade de sua alma só para ver aquela maravilha de perto.

Os aventureiros cavalgaram por vários dias e viram as minas ao longe.

Quando faltava uma légua para chegarem, deram de cara com um enorme bando de Orc´s.

Eram cerca de quarenta e poucos, todos de péssimo aspecto.

Para quem não sabe um Orc é um bicho fedorento, de dentes podres e cabelo ensebado (assim como meu vizinho!).

E também tem a pele levemente esverdeada (ei! Meu vizinho é um orc!).

- O passe, por favor! – gritou um deles.

Era uma piada, esses seres matavam e comiam tudo que se movesse.

Joseph sacou sua espada, Silvermoon puxou seu arco, Andros estalou seus poderosos dedos e Carapas continuou com sua habitual cara de tacho.

- Bola de Fogo! – gritou Gillus.

Cinco esferas flamejantes saltaram de suas mãos, e três Orc´s caíram tostados.

- Matem todos! – gritou o Grão-Orc.

Joseph decapitou um grandão, mas outros vinham com suas espadas chanfradas em punho.

Andros tocou a terra com a palma da mãozorra, batia no solo de modo que uma fenda localizada engolia alguns deles.

Carapas ficou próximo aos cavalos, só lutava quando algum fedorento se aproximava.

O elfo atirava uma flecha após a outra.

O mago sabia que não podia perder muito tempo, logo o coração de Sibilla estaria petrificado.

Se isto viesse a ocorrer ela seria uma estátua para sempre.

Por isso o velho tirou um relógio antigo e enferrujado das vestes e ajustou para dez horas depois.

Feito isso jogou o relógio para o alto.

- Imobillis! – gritou em seguida.

Fora seus companheiros, tudo num raio de seiscentos metros ficou congelado.

Gillus ficou extremante cansado.

Andros o carregou.

Entraram nas minas de Óprition e viram diversos orc´s congelados com carrinhos, levando ouro e pedras preciosas.

Carapas, como um bom ladrão que era, esvaziou rapidamente seus carrinhos, seus bolsos e levou até os chicletes mastigados que encontrou.

- E agora? Como acharemos o rubi? – perguntou-se Silvermoon.

Os elfos nunca se sentiam bem dentro de lugares fechados.

- Droga! Devíamos ter trazido o anão! – reclamou Joseph.

Mesmo cansado o mago tirou uma forquilha de madeira do alforje.

Concentrou-se um instante segurando dos dois lados e apontando o restante para baixo.

Seus olhos brilharam azuis e ele enxergou através da terra.

Procurou até encontrar o rubi de fogo.

- Ali! – apontou Gillus.

Todos olharam para a parede coberta de rochas e minérios.

- Bem... Um dos problemas foi resolvido. Mas mesmo que cavemos fundo, como vamos separar o rubi das outras pedras? – perguntou Silvermoon.

- É! Como vamos identificá-lo? – quis saber Joseph.

Andros deu um passo à frente, hesitante.

- Hã... Eu posso sentir o cheiro. – Disse ele com sua voz grave.

- Cheiro? Cheiro de quê? – quis saber o ladrão.

- Das coisas que tem debaixo da terra...

Todos ficaram exultantes.

- Mas por que você não disse antes? – reclamou o mago.

- Eu... Achei que não era importante! – respondeu Andros envergonhado.

Começaram a cavar sem mais demora.

O guerreiro de pedra ia puxando a terra e cheirando.

- Snif, snif. Hum... Prata. Snif. Ouro. Bosta de dinossauro. Hum... Topázio. Estanho. Mitril – ia dizendo o grandalhão.

Os outros quebravam os torrões e verificavam que era verdade.

E Carapas enfiava tudo nas bolsas.

- Está ficando mais quente aqui? – perguntou o elfo.

- Estou quase pegando! – disse Andros.

Puxou algo lá no fundo.

Derrepente o gigante gritou deixando cair o que carregava.

O torrão estourou enchendo a mina de um brilho avermelhado.

- O RUBI DE FOGO! – gritaram todos.

O Guerreiro rochoso olhou para a mão queimada.

Aquele rubi era especial, pois nenhum fogo, mágico ou não poderia lhe ferir.

- Como vamos levar?

O mago se virou chamando Silvermoon.

- Por favor, um pedaço de sabão. – pediu Gillus.

O elfo estranhou, mas logo trouxe um excelente sabão de cinzas.

Dentro de um copo de estanho, o velho deitou algumas gotas de água encantada e uma lasquinha de sabão.

Mexeu até formar espuma.

Pegou um canudo de cristal e mergulhou levemente na mistura.

Assoprou e logo formou na ponta do canudo uma bela bolha do tamanho de um pequeno coco.

De um saquinho pendurado em seu cajado, Gillus tirou pó de prata e jogou uma pitada sobre a bolha.

- Pegue o rubi e ponha-o sobre a esfera! – ordenou o mago.

Andros agarrou a pedra e rapidamente a colocou acima da bolha.

Ao solta-la a pedra mágica não caiu, ficou presa no interior da esfera translúcida.

- Vamos logo! – gritou Joseph.

Correram até seus cavalos e partiram rapidamente da mina.

Passaram pelos orc´s que apesar de imobilizados, viam muito bem o que acontecia.

Logo o feitiço do tempo acabou e eles foram ao encalço dos aventureiros.

Silvermoon viu a nuvem de poeira que os cavalos dos inimigos faziam ao longe.

- Os orc´s vão nos alcançar antes do fim da tarde. – disse desanimadoramente.

Continuaram cavalgando em silêncio.

Na descida da encosta, uma péssima surpresa.

Veritas, o gigante de gelo os esperava.

Estava machucado e muito, muito irritado.

- Finalmente achei vocês! – gritou ele.

Deu um murro no chão e todos caíram dos cavalos.

Silvermoon tirou sua corda, fina como um fio de cabelo.

Ela se moveu sozinha, enroscando-se aos pés do gigante.

Veritas tentou dar um passo, mas caiu pesadamente.

TRUMMMMMMMMMMMMM.

O chão tremeu por minutos e logo voltou ao normal.

Enrolado, o gigante de gelo ainda tentou arrebentar a corda élfica, mas não conseguiu.

O mago atirou a bolha em seu rosto machucado.

A pedra o queimou diversas vezes e logo o gigante implorou para que Gillus parasse.

- Eu paro se fizer algo para mim. – disse o velho.

- Tudo o que você quiser. Mas eu lembro-te que ainda vamos nos encontrar, e aí, nada me impedirá de esmagá-lo! – choramingou Veritas.

Todos ficaram calados e preparados para qualquer ataque.

Gillus pareceu nem se preocupar.

- Aí atrás vem um bando de orcs. Quero que os detenha. Pode comê-los se quiser!

O gigante de gelo levantou-se humilhado por ter sido derrotado.

Olhou-os uma a um antes de partir.

Os aventureiros voltaram a cavalgar e ainda ouviram os gritos dos orcs que vinham logo atrás.

- AAAAHHH!

- Um gigante! Ele vai nos devorar!

- Socorroooo!

- Fujam! Fujam! Ahhhh.

A cidade estava bem próxima agora e logo chegaram até o anão.

- Garth! Tudo bem? – quis saber o elfo.

- Sim. Conseguiram a pedra? – perguntou o baixinho.

Carapas apontou a bolha e os olhos do anão brilharam de emoção.

Para quem não sabe os anões tem paixão por metais e pedras preciosas.

Gillus tirou do alforje um alonga agulha de zinco e espetou a bolha.

Esta estourou jogando seu conteúdo ao chão.

- Andros. Esmague a pedra. – ordenou o mago.

O homem de rocha pisou no rubi de fogo com muita força.

Garth ficou com uma cara estranha.

Quando Andros tirou o pé, só havia uma quente poeira vermelha no solo.

Garth continuou com a cara estranha e arregalou os olhos.

O mago pediu uma bacia de bronze e começou a misturar diversas ervas macerando-as.

Garth ainda estava com uma cara estranha, olho arregalado e a lingua de fora.

- Que foi anão? Ficou bobo? – perguntou o elfo.

Finalmente Garth saiu do estado de espanto em que se encontrava.

- Seus safados! Estragar uma jóia tão bonita! – reclamou o baixinho.

O mago riu e pediu para o anão fazer algo.

Este ficou muito feliz ao saber da missão.

Levou a medusa até a beira do riacho que passava lá perto.

Com um golpe de machado cortou a cabeça dela fora.

Encheu uma garrafa com o sangue que jorrava, tomando cuidado para que nem uma gota tocasse o solo.

E para sempre aquele riacho foi chamado “rio da morte”, pois todos que daquela água bebiam ficavam com o corpo enrijecido e morriam.

Quando misturou o sangue da medusa com as ervas e jogou uma colher de pó de rubi de fogo, uma espessa nuvem subiu da bacia, fazendo com que todos tossissem.

Logo a poção estava pronta.

Uma gota servia para desenfeitiçar um habitante, logo a poção deu para salvar a cidade inteira.

Andros, Joseph, Garth, Carapas, Gillus e Silvermoon passaram a noite inteira aplicando o produto.

Nada aconteceu no momento.

- Calma! Vamos descansar. – disse o mago diante do desanimo de seus companheiros.

Dormiram tranquilamente e foram acordados pelas pessoas que se assombravam por estarem vivas.

A xamã agradeceu com um beijo gelado em cada um dos bravos rapazes.

A pedra virava uma casca fina que se quebrava a um simples toque.

Os cidadãos agradecidos ofereceram banquetes, e pagaram em ouro aos aventureiros por destruírem a medusa e salvarem a cidade.

Gillus estava feliz por ter conseguido uma garrafa de sangue de medusa e algumas pitadas de pó de rubi de fogo, dois itens mágicos muito raros.

Logo eles partiram em direção a floresta oculta.

Lar de silvermoon.

Fim.

Humberto Lima
Enviado por Humberto Lima em 09/12/2007
Código do texto: T770563
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