A História de Shistar e Josephine
Ele: Shistar
Caminhante entre a escuridão sem
luar
A face escura dos desgarrados perdidos nas sombras
Imortal maldição à custa do sangue dos tolos humanos
Há muito do amor os olhos apartei
Não há batidas no peito deste coração
Triste sina de viver entre a solidão dos desesperados
Ela: Josephine
Andava por um jardim numa noite sem luar
Apenas as estrelas guiavam o brilho na imensidão
Toquei a maciez das flores que exalavam doces aromas
Parecia o antigo sonho que não se esquece
De onde vem essa dor que esmaga o peito
Saudades daquilo que nunca sequer se conheceu
Ele: Shistar
Entre as brumas que sussurram os mistérios dos seres da escuridão
Vejo a visão mais assombrosa após milênios na cegueira
Uma voz de um tom divinal como um anjo sem asas
Fez uma lágrima de sangue rolar-me a face incolor
E renasceu as batidas de um coração sem vida
O que acontece, preciso possuir tal preciosidade
Ela: Josephine
Que presença é esta que sinto espreitar-me no desconhecido
Que arrepia a pele e alerta todos os meus sentidos
Faz o corpo girar numa espiral do
vento
Perco o chão, a terra estremece e se abre fria e úmida
Apenas uma euforia deixa-me a mercê dos fatos
Shistar e Josephine
Mesmo as criaturas esquecidas da luz divina
De quem um dia foram e amaldiçoadas na impiedade
Há uma força que permeia cada átomo da criação
Ao deparar-se com a jovem Josephine
Da pele mais alva que o brilho do luar
Quase desmaiada nos braços daquele ser pálido e de roupas negras e desbotadas
Bastou um átimo de segundo de olhares que se cruzaram
E o amor fez vibrar sua magia mais potente
E sobressair o impossível de acontecer
Dois amantes ali consumaram através de um beijo mortal
A união eterna dos destinados a um dia se completarem
Escrito por Leovany Octaviano