Eles não usam black tie
Falar deste grande poeta e ator é sem dúvida alguma algo fantástico que nos enche de imensa alegria da oportunidade de conhecê-lo no teatro, na televisão, no cinema e através desta sua grande obra literária.
Na qual eu me atrevo a falar um pouquinho.
Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi De Guarnieri foi um ator, diretor, dramaturgo e poeta italiano naturalizado brasileiro.
Um grande artista de destaque no Teatro de Arena de São Paulo, e sua mais importante obra é "Eles Não Usam Black-Tie".
"O pai, Otávio, é operário de carreira, um sonhador, um idealista, leitor de autores socialistas e, ao mesmo tempo um revolucionário por convicção e consciente de suas lutas. Forte e corajoso entre os seus companheiros, experimentou várias lideranças, algumas prisões, com isso ganha destaque entre os seus transformando-se num dos cabeças do movimento grevista. Otávio é um militante sindical que organiza um movimento grevista para resistir às práticas exploradoras de uma metalúrgica, na qual seu filho Tião também trabalha. Mas, com a namorada grávida, o jovem resiste à greve para não perder o emprego".
A história está aí para que todos conheçam um pouco mais do que foram os movimentos sindicais na Região do ABCD, aqui na Grande São Paulo.
Em pleno Regime Militar, a greve geral de 1979 mostrou o rápido avanço da organização dos trabalhadores, que mais uma vez desafiaram a ditadura e dobraram os patrões.
Cerca de 200 mil trabalhadores participaram do movimento, que paralisou a produção das indústrias automobilísticas (adesão total na Volks, Ford, Mercedes-Benz e Scania) e de autopeças e de outras grandes empresas da região.
Eu acredito que depois deste grande movimento eu só fui ver um outro grande movimento que se deu na Avenida Paulista com mais de 200.000 pessoas pela diminuição de $0,20 nas passagens de ônibus.
Pela primeira vez foi organizado um fundo de greve.
Os trabalhadores receberam o apoio da igreja católica, das entidades civis, do MDB e de artistas famosos.
São Bernardo do Campo tornou-se o centro político do país.
E a Avenida Paulista continua sendo um grande palco para manifestações e comemorações.