José

José um nome bem simples.

Assim como fora toda a sua vida.

Tudo simples.

Nada exagerado.

Mas, apenas o necessário.

O sofrimento surgira muitas vezes.

Ao invés de abate-lo, expandia cada vez mais sua inteligência.

Muitas perdas ao correr do tempo.

Perdas essas significativas que ao invés de destruí-lo, tornara refinada a sua arte de pensar, de compreender e de aceitar.

As frustrações foram várias.

Essas ao invés de desanima-lo, renovava sempre mais suas forças.

Não foi nada fácil.

José provara que tem que encarar as dores e suas ramificações com muita sabedoria e paciência.

Ele teve motivos de sobra para desistir.

Tinha motivos para tornar-se uma pessoa fechada.

Revoltada.

Agressiva.

No entanto ele era um verdadeiro ícone da alegria, da liberdade, da paciência e da verdadeira esperança.

Naquela manhã a "sineta escolar" soava anunciando a hora do recreio.

Quem não ficava de "castigo" tinha todo o direito de participar da merenda escolar.

Como alguém já disse, a merenda de início era uma caneca de café com leite ou leite com chocolate e bolacha de maizena.

No dia da entrega do "primeiro livro" tinha uma festinha regada com refresco de groselha e bolacha.

Eu lembro que mais tarde era servido arroz doce e canjica.

Ainda não tinha sopa.

Tudo era um período de plena magia, até o castigo era valorizado, pois incentivava ao aprendizado escolar.

Não sei porque as horas dos dias eram bem definidas pelo apito do trem que chegava ou que partia levando sonhos e grandes emoções...

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 06/10/2022
Código do texto: T7621766
Classificação de conteúdo: seguro