José
José um nome bem simples.
Assim como fora toda a sua vida.
Tudo simples.
Nada exagerado.
Mas, apenas o necessário.
O sofrimento surgira muitas vezes.
Ao invés de abate-lo, expandia cada vez mais sua inteligência.
Muitas perdas ao correr do tempo.
Perdas essas significativas que ao invés de destruí-lo, tornara refinada a sua arte de pensar, de compreender e de aceitar.
As frustrações foram várias.
Essas ao invés de desanima-lo, renovava sempre mais suas forças.
Não foi nada fácil.
José provara que tem que encarar as dores e suas ramificações com muita sabedoria e paciência.
Ele teve motivos de sobra para desistir.
Tinha motivos para tornar-se uma pessoa fechada.
Revoltada.
Agressiva.
No entanto ele era um verdadeiro ícone da alegria, da liberdade, da paciência e da verdadeira esperança.
Naquela manhã a "sineta escolar" soava anunciando a hora do recreio.
Quem não ficava de "castigo" tinha todo o direito de participar da merenda escolar.
Como alguém já disse, a merenda de início era uma caneca de café com leite ou leite com chocolate e bolacha de maizena.
No dia da entrega do "primeiro livro" tinha uma festinha regada com refresco de groselha e bolacha.
Eu lembro que mais tarde era servido arroz doce e canjica.
Ainda não tinha sopa.
Tudo era um período de plena magia, até o castigo era valorizado, pois incentivava ao aprendizado escolar.
Não sei porque as horas dos dias eram bem definidas pelo apito do trem que chegava ou que partia levando sonhos e grandes emoções...