Há pessoas sofrendo
Olhando as pessoas em nosso atual cotidiano podemos perceber como somos diferentes.
Veja bem, vivendo no mesmo planeta e somos muito diferentes.
E em seu meio há pessoas sofrendo.
Uma grande força puxa de um lado para o outro.
Uma força que as dominas e as fazem escravas.
Em pleno século XXI ainda ouvimos e até presenciamos fatos desta natureza.
As pessoas sofrem muito.
Elas agridem a si mesmas.
Se ferem.
Se autoflagelam.
Se isolam.
Não tem mais vontade de superar suas mais profundas dificuldades.
Não conseguem restaurar-se.
As muitas incompreensões deste mundo tendem a deixá-las nesse estado.
É muito triste.
É muito difícil.
O mundo atual não as compreende.
O mundo atual os oprime.
Aquele menino ainda tem muito a nos ensinar.
Certo dia eu vi a teimosia daquele menino, que acabara de assumir a responsabilidade de chefe de uma casa, e que agora vendia na feira livre o que fora colhido no terreno embaixo das torres elétricas da Eletropaulo que lhe fora cedido para plantar.
Ele, ficava em um canto, ao lado da banca de uma feira livre e gritava sem parar para oferecer o fruto de seu suor, e que agora seria seu arrimo junto de sua família.
Um gesto nobre.
Um gesto de persistência.
Um grande gesto de quem realmente precisa viver e sobreviver em um mundo tão desigual.
Aquele menino oferecia sem cessar, o que tinha a oferecer, e mesmo que alguém quisesse porventura calar sua voz mais longe ainda se podia ouvir...