REINOS LIVRO DOIS PARTE 3

Porto de Sardine, mar de Étio no sul, o guarda do porto sai da cabine e urina num balde de madeira onde há vômitos e restos de comida.

- Olhe as estrelas, com certeza logo teremos dias chuvosos.

Após fechar a calça ele vê dois cavaleiros aproximar.

- O que querem?

- Viemos em missão real.

- Qual?

- Essa.

Um dos homens atira no guarda que cai ali, o outro faz sinal com a lamparina a luz alimentada de energia solar.

Em poucos instantes centenas de luzes são acesas nas águas.

- É lindo não?

- Uma grande frota, logo teremos o norte.

- Quem duvida disso.

- Agora vamos, temos muito a fazer por terra.

- Sim.

O homem joga uma garrafa de coquetel molotofe na guarita que é incendiada, na vila próxima, na taverna da loira, Janet observa o aumento na clientela e vai até um velho sentado ao lado da escada que dá acesso.

- Vá até o Bill e lhe peça o favor de ouro.

- Por que?

- Só faça, velho sujo.

- Tudo bem, sua vaca cretina.

O velho sai do banco e segue para a porta aos fundos, anda por um trecho na escuridão e logo para frente a um galpão de madeira.

- Bill.

- O que foi?

- a vagabunda quer aquele favor.

- Como?

A porta é aberta e logo surge um homem gordo, sujo com 3 mulheres.

- A Janet?

- Sim, a vaca quer que faça aquilo.

- Logo agora, esta de noite.

- Só te digo o que ela diz.

- Tá, vou fazer, mais sabe que deve ser feito durante o dia.

- E aquela louca entende isso.

- Tudo bem.

- Vou indo.

- Tá.

Bill lhe dá uma garrafa com quase 3 dedos de rum.

- Essa é da boa.

- Ganhei de antigos amigos.

- Piratas.

- São os melhores.

- Obrigado.

- Vá ou ela coloca fogo naquilo.

- Louca ela ja é. Risos.

De volta a taverna o velho diz para Janet que lhe sorri e sobe para os quartos, ao entrar no penúltimo vê dois homens com uma mulher em coito, ela grita e os ameaça com uma faca colocando-os para fora.

- Ficou louca, paguei por isso.

- vá para outro quarto.

- Nojenta.

- Vai logo seus porras.

Os 3 saem aos xingos enquanto ela bate a porta atrás deles, agora sozinha ela senta na beira da cama e olha ao redor, pega fôlego, sai da cama e vai até o armário a sua frente sobe na cadeira com sua faca, uma tábua do forro velho, coloca as mãos e logo tem uma metralhadora e grande munição.

- Foi bom ter guardado isso.

O velho bate do lado de fora.

- O que quer?

- Alguns senhores quer fechar a conta.

- Faça para mim, peça ajuda da caolha.

- Tudo bem.

- Não me roube, sabe que vou atrás de ti.

- vá se lascar piranha. Risos.

Terceiro palácio do oeste/leste, as servas fazem a limpeza daquele lugar que nunca fora habitado por qualquer família real, somente existe para fixar uma possível antiga aliança entre os dois reinos feitas ao fim da terceira para a quarta guerra, sendo que pouquissimos remanescentes destas usaram de seus gozos financeiros e dos frutos de seus saques nas antigas cidades ou o que sobraram delas, afinal já não havia mais governos, sistemas politicos ali ou qualquer continente existente, somente o caos, fome, miséria, doenças e a extrema violência retratada e trazida do âmago de um ser.

Agora ali diante a ostentação de riqueza do passado, fica a lembrança e a esperança de que se cumpra o desejo de tantos fortes cavaleiros e soldados.

Poucos metros dali, numa cabana de caça, uma mulher num vestido longo vermelho usa sua chave pessoal em ouro maciço para entrar no local, ela retira as luvas e olha a sala de troféus com várias cabeças em empalhe de zebras, tigres, ursos, cervos etc.

Senta na poltrona de couro de búfalo e pega o álbum na mesinha de consolo, abre esta e se emociona ao ver fotos de temppos já não existentes, das grandes e extintas populações do além crises.

- Será que foram tão felizes quanto dizem as histórias de Glauber, tinham filhos saudáveis, esposas fertéis e homens bravos para a guerra quanto ao trabalho?

Com lágrimas ela folheia até que sai de seu repouso e acende a lareira, logo joga este álbum ao fogo, cruza as mãos ao peito.

- Eu não posso, não posso mais seguir tendo isso comigo.

Não demora e a porta é aberta, seis homens entram ali.

- O que vieram fazer, sabe que este lugar é particular?

- Só cumprimos ordens.

- De quem?

- Do futuro rei.

- Não. A mulher é retirada dali com extrema violência, já fora é jogada na grama onde fica aos choros, nisto um cavalo se aproxima e ela olha.

- Lady Francisca, suponho?

- Quem é você?

- Sou a neta do conde Stall, me chamo Banny, logo serei a rainha do oeste.

- Não pode ser, o rei ainda vive.

- Por pouco tempo, posso te garantir.

- Como?

- Cale-se mulher sem respeito.

- O quê?

- Ousa ter um lugar próprio para que cultue aqueles que nada fizeram por nós, somente destruiram e massacraram a natureza e os seus.

- Não é bem assim, são lindas, não temos como saber devido...........

- O velho e maldito lapso, coisas de gente velha, obsoletas demais.

- Que linguajar é este, por acaso fora criada aos porcos?

- Acho que seu tempo de respiro deve chegar ao fim.

- Não, não pode me matar, sou amiga do...............

A jovem afunda uma lança no peito da mulher caída, agora os homens retiram o corpo ainda a tremer, os olhos esbugalhados da dama ficam fixos na jovem como que a cobrar seu direito a vida.

- Coloque fogo em tudo.

- Senhora.

- Já basta ter aquilo como lembrança de uma tosca falsa realidade.

- Sim.

- Logo minha família chegará com as orlas do norte e leste, as tramas do sul, nós do oeste temos que estar prontos para defender nossas terras.

- Sim, rainha.

- Agora me deixe refletir.

- Sim.

Ela desce do animal e anda por aquele pasto vasto e verde e avista ao longe um lago, olha para o céu.

- Um belo dia para se mudar.

180922...................

ricoafz e IONE AZ
Enviado por ricoafz em 27/09/2022
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