O fogão a lenha

Hoje começo dizendo que não seja em vão as pequenas alegrias de outrora.

E mesmo se, por um acaso nenhuma alegria existiu em sua essência mas soubemos criar e recriar aquelas que nos fizeram sorrir.

Só não deixamos passar desapercebido o gracioso prazer do que era viver em plenitude.

Naquele tempo eu ainda era um menino.

Não tinha nem dez anos de idade.

Morava um pouco distante do centro.

Na verdade a cidade era bem pequena.

A energia elétrica estava chegando. Nossa casa era bem simples.

Ainda não tinha gás encanado em minha casa.

Na cozinha um grande fogão a lenha.

Era comum logo cedo escutar meu pai rachando lenha.

Aquilo era como se fosse um despertador o som do machado batendo sobre o tronco de lenha.

A lenha rachada era o combustivel para abastecer o fogão.

Quando o tronco de lenha estava seco logo era rachado e levado para o fogão.

Aceso e já em brasa, agora era a hora de ferver água em um grande bule.

O coador feito de uma flanela branca com uma argola de arame grosso.

Ali era colocado várias colheres de um café moido na hora.

Ainda dá para sentir o aroma...

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 16/09/2022
Reeditado em 17/09/2022
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