O fogão a lenha
Hoje começo dizendo que não seja em vão as pequenas alegrias de outrora.
E mesmo se, por um acaso nenhuma alegria existiu em sua essência mas soubemos criar e recriar aquelas que nos fizeram sorrir.
Só não deixamos passar desapercebido o gracioso prazer do que era viver em plenitude.
Naquele tempo eu ainda era um menino.
Não tinha nem dez anos de idade.
Morava um pouco distante do centro.
Na verdade a cidade era bem pequena.
A energia elétrica estava chegando. Nossa casa era bem simples.
Ainda não tinha gás encanado em minha casa.
Na cozinha um grande fogão a lenha.
Era comum logo cedo escutar meu pai rachando lenha.
Aquilo era como se fosse um despertador o som do machado batendo sobre o tronco de lenha.
A lenha rachada era o combustivel para abastecer o fogão.
Quando o tronco de lenha estava seco logo era rachado e levado para o fogão.
Aceso e já em brasa, agora era a hora de ferver água em um grande bule.
O coador feito de uma flanela branca com uma argola de arame grosso.
Ali era colocado várias colheres de um café moido na hora.
Ainda dá para sentir o aroma...