Cheiro de terra

Sou a saudade de mim mesmo.

Daqueles momentos de amor que ficaram.

Mesmo quando estive só comigo mesmo.

Eu sou o vento e o tempo.

Que as vezes me magoou e me afagou.

Eu sou o sol e a chuva.

Sou o afeto que nunca acaba.

Sou o cheiro da terra

Sou o cheiro de relva .

Da relva molhada pelo orvalho da noite.

Que traz consigo o cheiro de terra molhada.

O cheiro das plantas e flores.

E o cheiro da chuva passada.

Chuva que me faz sentir criança.

Em meio ao verde das matas.

Do perfume das flores.

Do céu azul.

Do sol escaldante do meio dia.

Do cheiro da “dama-da-noite” perfumando o ar.

Nas encostas das estradas.

E o "bem-te-vi" madrugador com seu canto anunciando o novo dia.

Revoando toda a mata.

E o uivo do “cachorro do mato”.

O canto do galo madrugador parecendo um “despertador”.

Quem morou e viveu no sítio sabe que não há lugar tão lindo como o meu sertão...

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 22/06/2022
Reeditado em 22/06/2022
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