A casa
De repente, a gente para e começa a perceber a felicidade nas coisas tão simples e jamais imaginado.
Naquela casa o silêncio pairava sobre o picoman caído dos telhados.
Nas paredes alguns quadros de santos: São Jorge, Cosme e Damião, São Braz que enfeitavam as paredes daquela casa.
Para ela todos os santos transmitiam além, de paz e felicidade a proteção e o livramento dos perigos desta vida.
No quarto simples bem ao lado da janela tinha um altar sobre a mesa com as imagens dos seus santos de devoção.
Era ali que diariamente ela fazia as orações de manhã, a tarde e a noite.
E na cozinha, um grande fogão a lenha, provavelmente feito pelo meu pai.
Era comum todos os dias logo cedo escutar meu pai rachando lenha.
Aquilo era como se fosse um despertador o som do machado batendo forte sobre o tronco de lenha.
A lenha rachada era o combustivel para abastecer aquele fogão.
Quando o tronco de lenha estava seco logo era rachado e levado para o fogão.
Aceso e já em brasa, agora era a hora de ferver água em um grande bule.
O coador feito de uma flanela branca com uma argola de arame grosso.
Ali era colocado várias colheres de um café moido na hora.
Ainda dá para sentir o aroma.
E eu ouvia a minha mãe me chamando.
Hora de levantar tomar o seu café e ir para escola...