A casa

De repente, a gente para e começa a perceber a felicidade nas coisas tão simples e jamais imaginado.

Naquela casa o silêncio pairava sobre o picoman caído dos telhados.

Nas paredes alguns quadros de santos: São Jorge, Cosme e Damião, São Braz que enfeitavam as paredes daquela casa.

Para ela todos os santos transmitiam além, de paz e felicidade a proteção e o livramento dos perigos desta vida.

No quarto simples bem ao lado da janela tinha um altar sobre a mesa com as imagens dos seus santos de devoção.

Era ali que diariamente ela fazia as orações de manhã, a tarde e a noite.

E na cozinha, um grande fogão a lenha, provavelmente feito pelo meu pai.

Era comum todos os dias logo cedo escutar meu pai rachando lenha.

Aquilo era como se fosse um despertador o som do machado batendo forte sobre o tronco de lenha.

A lenha rachada era o combustivel para abastecer aquele fogão.

Quando o tronco de lenha estava seco logo era rachado e levado para o fogão.

Aceso e já em brasa, agora era a hora de ferver água em um grande bule.

O coador feito de uma flanela branca com uma argola de arame grosso.

Ali era colocado várias colheres de um café moido na hora.

Ainda dá para sentir o aroma.

E eu ouvia a minha mãe me chamando.

Hora de levantar tomar o seu café e ir para escola...

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 16/06/2022
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