HOUVE UM TEMPO EM QUE DONA ELI PASSOU A VARRER A CALÇADA EM FRENTE DA SUA CASA VÁRIAS VEZES POR DIA.
ISSO OCORREU POR CAUSA DE UM VELHO CHAPÉU DE SOL QUE ESTAVA PLANTADO EM FRENTE AO PORTÃO.
AS FOLHAS DA VELHA ÁRVORE NÃO SE CANSAVAM DE CAIR, DEIXANDO UM MAR DE FOLHAS SOB A CALÇADA, POIS, O OUTONO JÁ COMEÇAVA A MOSTRAR A SUA CARA.
ENTÃO, DONA ELI COMEÇAVA A SUA SAGA DE REMOVER TODAS AS FOLHAS CAÍDAS SOB A CALÇADA EM FRENTE AO PORTÃO DA SUA CASA. ELA NÃO DEIXAVA DE VARRER A CALÇADA POR NADA.
ELA PEGAVA A SUA VASSOURINHA ROBUSTA FEITA COM CERDAS DE PIAÇAVA, POIS, ELA VARRIA A CALÇADA DE PONTA A PONTA FAZENDO COM QUE A SUA VASSOURA DANÇASSE COMO SE ELA FOSSE UMA BALARINA DESLIZANDO NA PONTA DOS SEUS PÉS.
DONA ELI REPETIA A VARREÇÃO DIARIAMENTE NÃO SE IMPORTANDO SE O TEMPO ESTAVA CHUVOSO OU ENSOLARADO.
SÓ QUE O VELHO CHAPÉU-DE-SOL ERA MUITO MAIS TEIMOSO DO QUE SE IMAGINAVA, POIS, ERA SÓ A DONA ELI TERMINAR DE VARRER A CALÇADA DA RUA ONDE ELA MORAVA QUE ELE COMEÇAVA A SOLTAR AS SUAS FOLHAS SOB A CALÇADA NOVAMENTE.
MAS, DONA ELI ERA PACIENTE E PERSISTENTE E NÃO SE DEIXAVA LEVAR PELAS BIRRAS DE UM VELHO E TEIMOSO CHAPÉU DE SOL.
ASSIM ELE DEIXAVA CAIR MAIS FOLHAS SOB A CALÇADA E ELA POR SUA VEZ RAPIDAMENTE VARRIA PARA QUE A CALÇADA NÃO SE TRANSFORMASSE EM UM MAR DE FOLHAS SENDO ESPALHADAS PELO VENTO.
DONA ELI PASSAVA PRATICAMENTE TODAS AS TARDE DE OUTONO VARRENDO A CALÇADA E O QUINTAL DA SUA CASA.
ELA NÃO SE LIVRAVA DA SUA VASSOURA NEM NA HORA DE DORMIR, POIS, SONHAVA QUE ESTAVA VARRENDO A CALÇADA DA RUA ONDE MORAVA.
HOUVE UMA NOITE EM QUE DONA ELI TEVE UM SONHO NO QUAL ELA VARRIA A CALÇADA EM FRENTE AO PORTÃO DA SUA CASA E ENQUANTO A VASSOURINHA DESLIZAVA PELA CALÇADA COMANDADA POR SUAS MÃOS E AO OLHAR REPENTINAMENTE PARA O CHÃO OBSERVOU QUE HAVIA UMA BELÍSSIMA FLOR QUE HAVIA FLORESCIDO AO LADO DO CHAPÉU DE SOL.
ENTÃO, ELA DECIDIU COLHER A FLOR, MAS, NO MOMENTO EM QUE ELA TOCOU NA FLOR, A TERRA SE ABRIU IMPEDINDO QUE ELA COLHESSE A BELA FLOR. AINDA SEGURANDO A VASSOURA, DONA ELI OUVIU A FLORZINHA AOS PRANTOS E SOLUÇANDO DE TANTO CHORAR.
ELA LARGOU A VASSOURA E CORREU NA DIREÇÃO DA FLORZINHA PARA TENTAR AJUDÁ-LA MAS NÃO CONSEGUIR POIS, HAVIA UM ABISMO ENTRE AS DUAS DEVIDO A ABERTURA DA TERRA.
ENTÃO DONA ELI TEVE UMA BOA IDEIA PARA AJUDAR A FLORZINHA QUE JÁ ESTAVA SE DESPETALANDO COM A FORÇA DO VENTO DE OUTONO E ASSIM ELA COLOCOU A SUA VASSOURA NO MEIO DA RACHADURA QUE A TERRA HAVIA DEIXADO NO MOMENTO EM QUE SE ABRIU.
A SEGUIR ELA CAMINHOU SE EQUILIBRANDO NO CABO DA SUA VASSOURA ATÉ CHEGAR DO OUTRO LADA DA CALÇADA ONDE SE ENCONTRAVA A FLORZINHA COMPLETAMENTE DESPETALADA.
AO RESGATAR A FLORZINHA, DONA ELI A PEGOU NA MÃO E CUIDOU DO FERIMENTO DELA CAUSADO PELA IRA DO VENTO.
EM SEGUIDA ELA REPLANTOU A FLORZINHA QUE RAPIDAMENTE SE RECUPEROU E CRESCEU AINDA MAIS BELA E FRONDOSA.
ASSIM DONA ELI CONTINUAVA VARRENDO INCANSAVELMENTE A CALÇADA DURANTE AQUELAS TARDES DE OUTONO SENDO PACIENTE COM AS BIRRAS E COM A TEIMOSIA DO VELHO CHAPÉU DE SOL QUE TEIMAVA EM DERRUBAR AS SUAS FOLHAS SOB A CALÇADA.
ASSIM FORAM AS TARDES DE OUTONO DELA NA COMPANHIA DA SUA INSEPARÁVEL AMIGA VASSOURA ATÉ A CHEGADA DO INVERNO QUANDO FINALMENTE AS FOLHAS DO VELHO E BIRRENTO CHAPÉU-DE- SOL PARARAM DE CAIR FAZENDO COM QUE DONA ELI, A MULHER QUE VARRIA DEMAIS SE ESQUECESSE DA PIAÇAVA, A SUA FIEL COMPANHEIRA ATÉ A CHEGADA DO PRÓXIMO OUTONO.