“ROMEU E JULIETA”

  (releitura simplificada do Conto Shakespiriano)

Cap. 3


"Um  Balcão para os namorados"

Romeu vai embora com seus amigos no meio da noite, mas, apaixonado demais, volta sozinho logo depois. Ele pula o muro do pomar, que fica atrás da casa de Julieta, e aproxima-se da sacada do quarto da linda jovem. De repente, como se fosse o próprio sol da manhã a empalidecer a luz do luar, ela aparece no balcão. Julgando-se sozinha, a bela moça murmura:

- Ai de mim! Romeu, oh meu Romeu, por que és um Montecchio? Esquece teu nome por meu amor, mas se não puderes, apenas jure que me amas, e esquecerei que sou uma Capuleto!

Tentando se conter para não responder, ele continua ouvindo o monólogo da amada até o momento em que, já não suportando a paixão que incendeia seu coração, aparece e pede que ela o chame apenas de "meu amor"!

Ela se assusta ao ouvir a voz de um homem nas sombras do seu jardim, porém, reconhecendo a voz do seu amado, censura-lhe a ousadia e o perigo a que, assim, ele se expunha. Poderia até ser morto por seus parentes!

- Há mais perigo em teus olhos, doce menina, que na espada dos meus inimigos e, contudo, basta que me olhes apenas um instante para que eu me torne invencível! – diz-lhe Romeu. E, saiba que prefiro o ódio de teus parentes, ter uma vida mais curta, do que viver sem teu amor!

- Como descobriste o caminho até aqui, meu adorado?
- Foi o amor que me trouxe. E, por ti, enfrentaria até o oceano mais bravio - ainda que não soubesse nadar!

Julieta não consegue mais seguir as convenções próprias de sua época, um pouco devido ao ódio que envolve o nome de ambos, mas principalmente porque Romeu agora já sabe que ela também o ama. Eles esquecem a "corte" tradicional que a etiqueta da boa sociedade local exigiria deles. Ela pede ao jovem que apenas não a considere uma moça leviana, uma conquista fácil.

Estão assim enlevados, trocando beijos e juras de amor eterno, quando a ama de Julieta, que dorme no quarto ao lado, avisa-a que é tarde e que o dia vai raiar.




continua no

Cap. 4 - "Um casamento selado no céu"
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 24/11/2007
Reeditado em 05/10/2010
Código do texto: T750715
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