PARTE 2 – A CRIAÇÃO DE WELT E DE SUAS CRIATURAS (Piloto)
No grande conselho dos Divinos, na cidade celestial, Magnapáter disse a todos:
- Eis que decido criar o cosmos e um mundo, belo e grande, habitado por toda a sorte de seres, alguns capazes de compreenderem a si mesmos e que possam escolher os seus próprios destinos e outras que apenas subsistirão nesse mundo, vivendo conforme seu instinto, sua natureza. Então, que tudo comece!
Magnapáter com um bater de palmas, gera uma poderosa explosão e se ouve um forte som como de um poderoso trovão e, surgindo no vazio todo o cosmos com suas inúmeras galáxias, as estrelas, os grandes sóis e as belíssimas luas. Um mundo surgiu desse ato divino, e eis que se chamaria Welt, o mundo dos mundos. Além do mundo, surgiu algo muito importante: o tempo e a existência.* Todos os Divinos viram e se agradaram disso.
Welt, porém, ainda não tinha nada dentro de si. Ainda era um mundo vazio que não possuía nenhuma vida. Era tudo trevas.
- Aproximem de Welt sol, lua e estrelas. Que durante o dia o sol, por ser maior, domine! E à noite a lua e as estrelas. – disse Magnapáter.
E tudo aconteceu conforme ele havia ordenado. Porém Welt não estava completa.
- Naturae, Cantai! Com sua bela voz e faça com a natureza nasça neste mundo vazio!
Sua filha divina canta e eis que a natureza começa a dar forma e cores a Welt outrora vazia. Os céus vão se definindo em sua tonalidade azul, a terra se formando com suas planícies, montanhas, colinas, montes, precipícios. Das montanhas a mais famosa é a Dreiweiβberg – “Montanhas Brancas”, com seus 15.000m. As águas vêm e tomam conta do mundo formando o grande oceano e deixando mais nítida a separação entre os continentes e ilhas existentes. Nasce nos continentes e ilhas os rios e lagos de água potável. Das Montanhas brancas escorre o orvalho que se torna em rios. Os Oceanos são dois: O Oceano Norte com suas partes Nordeste e Noroeste, e o Oceano Sul, com suas partes Sudeste e Sudoeste.
Estes Oceanos são formados pelos grandes e imponentes mares de Welt. Alguns nominados, que são: Mar Thorvaldson, Siegfried, Columbus, Ryu, Faber, Gala-driel, Arnon. Os rios são: Rio Kaiser, que forma a grande cachoeira. Dele também nascem os rios Freya e desta os rios Helga e Hannah. Da grande cachoeira, nasceu o Grande Lago, que dizem ter mais de 1.000m de profundidade. Do Grande Lago nasce o rio do Continente Sudoeste que é o rio Suzanna, que segue até uma parte entre as montanhas e próximo ao Deserto de Jade. No Continente Sudeste também há rios volumosos. O maior deles é o rio Drake que corta o continente ao meio até o Vale do Ferro onde se divide em dois braços: do rio Volgg que deságua no Mar Faber, e o rio El Cid, que corta grande parte da Terra de Ninguém, um dos lugares mais perigosos de Welt.
Ao norte tem os Continentes Noroeste e Nordeste. O continente Noroeste é o lugar mais frio de toda a Welt, sendo 20 a 30 graus mais gelado que a região das Três Montanhas Brancas. O mar possui uma imensa quantidade de Icebergs, o que dificulta a navegação. Por isso não é qualquer navegador que consiga chegar até lá. Na parte Nordeste encontram-se várias ilhas e o maior continente de Welt, que será chamado de Dakkenland, por ser a morada dos dragões. Esse continente é gigantesco e até hoje não se sabe com precisão a totalidade de sua extensão.
A primeira árvore nascida, a maior e mais antiga de toda a Welt, situada na ilha onde atualmente se estabelece o reino élfico de Läknig. Suas sementes são lançadas a todos os cantos do mundo dando vida as florestas e vegetações que existem atualmente em Welt. Também a formação de pântanos com suas vegetações juntos ao solo encharcado pelo brotar das águas ali. Toda a sorte de frutas e ervas para se comer bem como medicinais e também letais são encontradas, e estas com o tempo, deram seus frutos, seguindo o curso das estações marcadas pelo dia e pela noite com o sol e a lua. O solo da terra é fértil em alguns lugares para o cultivo, e outros, para a extração de minérios e jóias como o ferro, prata, ouro, safiras, rubis, topázios, esmeraldas, diamantes, e muitos outros. Ora, os anos e as estações se passaram. Os Divinos viram que de fato o que estava feito era muito bom.
Sobre as estações do ano em Welt elas são bem definidas, sendo um total de cinco se contar o período de chuvas entre o verão e o inverno. A primavera ocorre nos primeiros três meses: Áries, Taurus, Gemini. O verão, por sua vez, tem uma situação curiosa, cujo dois primeiros meses são de um intenso calor e o terceiro mês é marcado por chuvas que podem durar o mês todo. Tais meses são: Cancer, Leo, Virgo. Neste período, é possível ver o sol nascendo na região das Três Montanhas Brancas. O outono compreende os meses de Libra, Scorpio e Sargittarius e o inverno, que costuma ser ainda mais rigoroso nas partes mais frias de Welt ocorre nos meses de Capricornius, Aquarius e Pisces.
Também deliberaram os Divinos em criar os seres vivos de Welt. E assim criaram toda a sorte de animais instintivos, aqueles que voam os terrestres e os aquáticos, pequenos, grandes e gigantes como lobos, tigres dentes-de-sabre, ursos cinza gigantes, águias gigantes, crocodilos, leviatãs, megalodons, krakens e outros. E é nesse tempo que nasceram as criaturas mais poderosas de toda a Welt: Os Dragões. Estes gigantescos e inteligentes são juntamente com o observador, as primeiras criaturas de maior inteligência a surgirem.
Vários dias e noites passaram assim como as quatro estações inúmeras vezes. Aos olhos dos Divinos tudo acontecia a contento.
Por fim, os Divinos criaram os demais seres, que sendo inteligentes e fazem uso da fala. Assim nasceram os elfos, imortais, por terem uma longevidade semelhante a dos dragões; os orcs, que possuem uma grande força e coragem, os zoôam, que possuem habilidades sobre-humanas e alguns uma longevidade invejável (os Salamander); os anões, que tem coragem e habilidades para mexerem com metais e pedras preciosas; os humanos, que possuem a mais incrível capacidade de experimentar sentimentos e de superar desafios como também são os mais tentáveis. Os Kleine, inteligentes, curiosos, amigáveis. Os duendes e gnomos, sagazes, alegres. As fadas com seus poderes mágicos. Além destes foram criados os Goblins, Trolls, Gigantes, não tão inteligentes, mas capazes de se comunicar pela fala.
Assim como as demais criaturas de Welt também foram fecundos e se multiplicaram com as bênçãos dos Divinos. Ao mesmo tempo, na Cidade Celestial, os Divinos criaram seus serviçais, os quais são chamados de Himmelkrieger, Himmelboten. Os primeiros são os “guerreiros celestiais”, responsáveis pela guarda da cidade usando suas poderosas armas. Os últimos são os “mensageiros celestiais”, aqueles que levam as mensagens dos Deuses, mas estes também atuar na defesa da cidade conjurando grandes magias. Cada um dos mensageiros possui um grimoire que contém as mágicas celestiais. Os guerreiros receberam seu poder e suas armas de Bellathor, Faber e Viribus e os mensageiros seu poder e grimoire de Prudens. Também foram criados os Himmeldiener “servos celestiais” que povoam a cidade celestial e são serviçais dos Divinos trazendo-lhes banquetes, tocando instrumentos. Possuem grande formosura, pois receberam as bênçãos e os talentos para servir de Pulchramulier, Dives e Hilari.
Por fim, eis que tudo fora criado conforme o desejo dos Divinos. Os anos, eras e estações vieram e passaram pelo dia e a noite seguindo o que estava determinado. Esta é a breve narrativa sobre a criação de Welt e seus habitantes como também sobre a criação dos guerreiros, dos mensageiros e dos servos celestiais. Tudo isso foi registrado nos Grandes Livros dos Sábios mediante a tradição oral e a compreensão dos escritos dos sábios errantes e primeiros homens. Ano 1002 da Era dos Inícios. (pronto).
*Tempo refere-se ao tempo cronológico, vulgarmente conhecido e chamado como chronos, o tempo do relógio, das datas, etc., e existência, refere-se ao tempo chamado kairós, utilizado por Aristóteles, Paulo e Heidegger (que extrai dos dois primeiros esse conceito), para apresentar o tempo como existência (i.é. entre o nascer e morrer), que consiste em passado-presente-futuro próprio do ente humano, não medido no relógio e nas datas.