A vírgula e o ponto final
Certa vez,o ponto final,decidiu perguntar para a vírgula: Por que você está tão orgulhosa de si?
E a vírgula,lhe respondeu: Eu sou assim, porque,eu tenho uma variedade de funções,eu separo elementos dentro de uma frase e separo orações dentro de um período.
Enquanto, você,disse a vírgula, só serve para indicar o final de um período,marcando uma pausa absoluta.
O ponto final,disse-lhe: Você se acha demais! Você é tão soberba, tão arrogante,tão metida que mal cabe em si.
Eu digo que já não te suporto mais, porém, nós dois somos obrigados a vivermos em comunhão,por que,onde já se viu,um texto, sem vírgula ou também,sem mim,o ponto final.
Você não deveria se achar tanto assim, porque,não é só você que existe,disse o ponto final, há também o ponto e vírgula,os dois pontos,o ponto de exclamação,o ponto de interrogação,as reticências,as aspas,os parênteses e o travessão.
Portanto,não fique a se gabar tanto,não se ache o melhor sinal de pontuação de todos nós,porque você não é! Todos nós trabalhamos em conjunto nos textos.
A vírgula,diante disso,ficou calada e não quis falar mais nada,depois de tudo que o ponto final,tinha lhe falado,sobre a importância dos usos dos sinais de pontuação que não só ela era importante,como também,afinal de contas,todos eles eram importantes.
Aí,o ponto final,insistiu em querer lhe perguntar: Pois ainda,se sente superior a mim ou a todos os demais?
A vírgula, demorou,alguns instantes para lhe responder,mas assim,respondeu sua pergunta: Eu ainda sinto-me superior!
O ponto final,disse, você não tem jeito mesmo,não importa quantas explicações,eu lhe dê e você continuará com essa sua teimosia.
A única coisa que me resta a fazer agora é de terminar a nossa conversa e como sendo eu,um marcador de pausa absoluta,ou seja, como sendo eu, o ponto final, ninguém mais além de mim para eu dar um basta nisso tudo,sobre esse nosso diálogo que não chegará a lugar nenhum.
Autor: Wilhans Lima Mickosz