Pégasus

Vovô que comentara, o espírito do bisavô "Xongrio" reencarnara em seu estimado cavalo, Pégasus. Era um belo animal. Alguns mexeriqueiros ousavam a dizer, vovô se apoiava e muito nessa idiotice de o cavalo ser o mais belo da região. Diante de tudo do que ouvia, uma das convicções mais forte de acreditar nesta história foi de Pégasus ter nascido justamente na semana do desaparecera do bisavô, não o deixando uma notícia se quer do seu paradeiro.

Bem, mas isso era somente o início. Pois, na verdade havia outra história antes desta...

Bisavô amava e muito uma das antigas moradores do vilarejo. Uma moradora que o enfeitiçava sempre que seus olhos se cruzavam.

Num certo dia, a tal mulher ficou doente e diante a um determinado comentário percorrido no vilarejo, Bisavô descobriu que sua amada estaria há dias de cama cujo ninguém teria algum contato com ela. Aquilo o entristeceu. Diante àquela tristeza, Bisavô nunca deixou de observar que o lindo cavalo manga larga que havia no sítio de onde sua amada morava, vivia solto pelos pastos e que ele era o único que possuía o privilégio do qual o seu coração mais desejava aos últimos dias.

A saudade da amada sempre que aglomerava com o momento em que os seus olhos avistava aquele sortudo animal, se recordava: o cavalo era o único xodó da amada. Algo que o invejava. Afinal, o cavalo era um dos poucos que mantinha o contato com ela.

Um olhar esquematizador sobre um amparo hesitante era o que dominava sempre que Bisavô o avistava. Algo com o passar do tempo lhe obcecou. Afinal, o amor pela a tal mulher não o deixava em paz. Atitude idêntica a da doença da amada. A saudade, a carência, o desejo de vê-la, ainda mais de tocá-la – empreguinava seus sentimentos, já fragilizado pela solidão. Afinal, quem dentre nós, seres humanos que não desejamos andar de lado a lado, agarradinho na presença do nosso amor?

A solidão o transformou num ser frágil. Frágil da qual necessitou seus olhos saciar a sede ao grande amor ainda não correspondido. O sufoco era grande. O desespero pelo amor não correspondido, lhe afligia, fazendo desesperadamente por alguns instantes de sua vida transformar-se naquele animal, a fim de alcançar o privilégio de aproximar e tocar-se no grande amor.

"Belo e sortudo o quanto és...

O teu privilégio és o que quero.

Quero a chance que tu tens.

Do meu amor ainda encontrar (...)”

Palavras cujas tornou rotineira todas às vezes que seus olhos se agraciavam. Bisavô não imaginava, mas sempre que aquelas palavras tocavam aos lábios, aquilo na verdade, surgia das profundezas da sua alma.

Segundo os mais antigos, existe um determinado Deus, com o nome de "Deus Luz", o deus dos apaixonados. E quando o contato dos nossos desejos se igual com a profundezas da nossa alma, as palavras desejadas ganham vida.

Vovô jura de pés juntos que Pégasus é o seu pai. Isto, é um mistério . Nenhum de nós desvendará. Porém, uma coisa guardo em mim, sem ao anseio de meu avô desgastar, sempre a um determinado horário do dia, Pégasus, a um olhar hesitante em direção de onde sua amada foi enterrada, pelo olhar lhe busca... Era algo como se vovô realmente tivesse razão...