Império de Jade: Uma História Interativa
Bem-vindos à Tamura, uma grande ilha ao noroeste do continente de Arton. Terra de samurais, shugenjas, monges e outros personagens de sua milenar cultura oriental, Tamura passou por muitas eras ao longo de sua vasta e gloriosa história, desde a Era Sugora, onde só os monstruosos kaiju vagavam pelo mundo, passando pelas eras Bakemono e Kemono, quando começaram a surgir as primeiras raças humanoides como os goblins, ogros, nezumi, tengu e henge, até chegar a Era Hunabito com o surgimento da raça humana.
Surgidos há mais de 5 mil anos, os humanos, conhecidos como o Primeiro Povo, a princípio viviam suas vidas como nômades bárbaros, cavalgando cães-leões pela grande estepe de Daisogen, na região central da Tamura, perseguindo e caçando as manadas de bisontes. Mas pouco tempo depois seu estilo de vida mudou e logo as primeiras comunidades fixas surgiram. Desse momento em diante os humanos se desenvolveram e se tornaram a raça predominante na grande ilha. No primeiro momento foram fundadas pequenas aldeias, depois vieram as grandes cidades e logo em seguida um império.
Mas antes que a unidade imperial surgisse, sangrentas batalhas entre poderosos daimyo assolaram Tamura, cataclismos naturais ceifaram muitas vidas e ataques dos temidos kaiju, vindos do território continental denominado de Trono de Sugora, quilômetros além do Kaiju Umi, o Mar dos Monstros, destruíram inúmeras cidades.
Mas as guerras entre os clãs não cessaram e os daimyo continuavam lutando pelo poder total. Até que, enraivecido com o derramamento de sangue, o próprio deus-dragão Lin-Wu, a maior divindade cultuada pelos tamuranianos, fez descer sobre Tamura a Grande Fúria. Terremotos, erupções vulcânicas e tsunamis sacudiram as fundações da ilha, levando a raça humana a quase extinção.
Depois de alguns anos aprendendo a recomeçar, Lin-Wu apiedou-se de suas crianças e enviou um emissário pessoal, o dragão celestial Tekametsu, que tornou-se imperador de Tamura. E seu primeiro decreto foi declarar todas as províncias da ilha como parte do seu Império de Jade. Esse momento da história ficou conhecido como a Grande Unificação.
Mesmo com algumas poucas tragédias causadas por aparições de kaiju ao longo da costa, como a destruição do castelo Kuzuyako e da cidade portuária de Funatsukawa, Tamura viveu um longo período de paz que durou 553 anos sob a liderança do imperador Tekametsu. Mas nenhum ataque kaiju, guerra ou fúria da natureza se compararia ao que se abateu sobre a ilha quando a tempestade vermelha surgiu no céu. A Tormenta havia chegado.
De origem extradimensional, a tempestade vermelha, com suas nuvens cor de sangue e raios escarlates, trouxe em sua bagagem uma horda infindável de demônios-inseto, os akumushi, comandados pelo Lorde da Tormenta, a besta-fera Igasera. O impiedoso e inesperado ataque devastou toda a ilha, inclusive a própria capital Yamadori, forçando o imperador a usar toda a sua energia mística para transportar uma parte da cidade e seus habitantes para o continente, depositando o que foi salvo dentro do perímetro da maior metrópole do mundo, Valkarya, capital do reino de Deheon. A partir desse momento e até os dias atuais a estrutura da antiga capital tamuraniana é conhecida hoje como Nitamura, o bairro oriental.
A tormenta em Tamura perdurou por 15 anos e seus demônios assolaram suas terras. Mesmo assim muitas raças como o povo-rato nezumi e os henge, uma raça de animais inteligentes transmorfos, conseguiram resistir escondidos em cantos remotos da ilha, ressurgindo logo depois que a paz retornou à Tamura. E a paz realmente se estabeleceu quando, dizem as grandes histórias, o próprio deus-dragão Lin-Wu veio ao plano material e, junto a outros deuses e poderosos heróis do mundo, destruiu a presença maquiavélica de Igasera na maior de todas as batalhas que Arton já viu.
Os cinco anos seguintes à destruição da área de Tormenta foram de reconstrução para o povo de Tamura. A volta do imperador Tekametsu, que havia retornado à sua dimensão de origem depois de consumir todo seu poder salvando o povo da Tormenta, trouxe um novo ânimo para todos. Agora era conhecido como o imperador-criança, pois em sua nova encarnação ele materializou-se no corpo de um garoto de nove anos e, mesmo com seu jeito infantil de ser, ainda mantém grande sabedoria, dizem as histórias.
Com um grande fluxo de trabalhadores tamuranianos e gaijin, estrangeiros vindos do continente, exercendo dia e noite suas atividades, as três cidades que conseguiram milagrosamente resistir em suas estruturas à destruição da tempestade vermelha foram reformadas. E assim Nishidori, a Fortaleza do Oeste; Budotsu, o Monastério Eterno e Ryuuken, a Espada do Dragão foram repovoadas e são símbolos de resistência.
E por fim, abrigando praticamente metade da população humana de Tamura, uma nova capital, Shinkyo, foi erguida no litoral sul da ilha. Sede do Palácio Imperial e de Meyodera, o templo-mestre de Lin-Wu onde são treinados os samurais e shugenjas, guerreiros de elite do império, a capital, para os padrões tamuranianos, é considerada cosmopolita, recebendo de bom grado estrangeiros de todas as raças e reinos do continente que queiram participar da reconstrução do Império de Jade.
Mesmo com a destruição da Tormenta, a vastidão de Tamura ainda é repleta de lugares exóticos e perigos letais. Bakemonos circulam pelos bosques e cavernas antigas, atacando e matando os incautos que atravessam seu caminho; grupos de perigosos assaltantes tengu roubam aldeias e caravanas desprotegidas; titãs são vistos vagando pelos ermos em busca de caça humana; poderosos onis eventualmente aparecem no plano material, causando dor e sofrimento; e os temidos kaijin, os homens-demônio que habitam Kirikizu, a Ferida Profunda, são uma constante e mortal ameaça.
Esses e outros perigos são a nova rotina de enfrentamento do império. Mas para fazer frente a essas ameaças surgiram os sentai, grupos de guerreiros compostos de diferentes raças e classes de Tamura que vagam por seu território em missões imperiais com um único intuito de proteger seu povo.
E diante de tantas demandas e desafios enfrentados pelos seus defensores, o Império sempre precisa estar preparado. Jovens guerreiros surgem e se unem, formando novos sentai. E um novo grupo está prestes a começar suas missões em nome da nação.
Portanto, quem de vocês está disposto a enfrentar essa jornada de dedicação, compromisso e honra? O império precisa de, pelo menos, cinco novos membros para formar mais um sentai.
Quem aceitará esse desafio? Que elementos e histórias o destino se utilizará para formar essa nova irmandade? Que raças e classes formarão esse novo sentai? Só o tempo de resposta dirá. Até lá todos são bem-vindos.
PS: Todos o nomes e referências deste texto são retirados do RPG Império de Jade, da editora Jambô, e servirão como conjunto de informações e regras para esse ensaio de uma história onde eu, escritor/narrador, e os demais participantes tentaremos construir juntos.