UMA PRINCESA
Era uma vez, Belle, uma linda princesa. No país em que nascera, só homens subiam ao trono, mas ela só tinha irmãs. Seria sua a tarefa de ser rainha, já que era a mais velha. Um detalhe a incomodava, teria obrigatoriamente de casar-se para agradar seus súditos. Sabia que, com o casamento, quem teria mais poder, seria o marido. Belle até considerou casar-se, desde que fosse por amor verdadeiro.
Aos 18 anos, começaram os cortejos. Momentos em que conheceu príncipes de toda parte do mundo; no entanto, não se apaixonara por nenhum. Com o passar do tempo, interessou-se por alguns, só que sempre havia um porém, os príncipes já estavam comprometidos ou destinados à própria coroa. Belle via-se cansada dessa situação, embora isso não lhe fosse o problema maior. Não morria de amores por ninguém.
A jovem princesa sentia-se nervosa. Esse fato podia fazê-la perder o papel, para o qual fora treinada a vida inteira por causa de um homem.
Quando seu pai morreu, Belle, aos 22 anos, solteira, teve que assumir o país. No começo, grande parte da população era contra ela. Ninguém, no país, tinha competência para tal cargo, apenas ela. Pouco a pouco, sua confiança, carisma, generosidade e determinação fizeram-na querida pelo seu povo. Sua aprovação foi a melhor já registrada.
Belle sentia-se enormemente feliz em poder ajudar seu povo. Depois de 60 anos, como rainha, passou o comando do reino à sobrinha.
Quando Belle morreu, suas cinzas foram postas em uma árvore. Pessoas vão, ao local, pedir-lhe forças. O legado de seu trabalho e de seu vanguardismo é eterno. Ela faz milagres ao seu povo até o hoje.