A TEMPORADA DE  PESCARIA NA REGIÃO PANTANEIRA SÓ SE INICIAVA  NO MÊS DE ABRIL QUANDO OS RIOS ALCANÇAVAM SEUS NÍVES MAIS ALTOS.
MAS MEU PAI E SEUS AMIGOS PARTIRAM EM UMA CAMINHONETE NA ÚLTIMA SEMANA DE MARÇO PARA CHEGAREM ANTES DA TEMPORADA DE PESCA COMEÇAR.
A VIAGEM ERA MUITO LONGA E DESGASTANTE. JOÃO E SEUS AMIGOS IAM SE REVEZANDO NA DIREÇÃO DA CAMINHONETE.
A VIAGEM DE SÃO PAULO ATÉ A REGIÃO PANTANEIRA ERA DE MIL QUILÔMETROS E DURAVA APROXIMADAMENTE ONZE HORAS.
MEU PAI E SEUS AMIGOS SAÍRAM NA FRESCA DA MADRUGADA PARA CHEGAR AO PANTANAL PRÓXIMO DA HORA DO ALMOÇO.
ASSIM QUE DESEMBARCARAM NO PANTANAL, ELES FORAM LOGO DESCARREGANDO OS APETREÇHOS QUE SERIAM USADOS NAS TARDES DE PESCARIA E OS ALIMENTOS QUE TROUXERAM PARA FAZEREM AS SUAS REFEIÇÕES.
EM SEGUIDA COMEÇARAM A MONTAR AS BARRAÇAS QUE LHES SERVIRIAM DE ALOJAMENTO DURANTE OS 30 DIAS DE PESCA PRÓXIMO AO RIO AQUIDAUANA.
DEPOIS DE UMA COCHILADA PARA SE REFAZER DA LONGA VIAGEM
JOÃO PESCADOR FOI PARA AS MARGENS DO RIO AQUIDAUANA E LÁ CHEGANDO SE SENTOU E AMARROU UMA ISCA NA VARA DE CARRETILHA E A ARREMESSOU NA ÁGUA PROVOCANDO UMA SEQUÊNCIA ONDULAÇÕES MULTICOLORIDAS NA ÁGUA. ASSIM QUANDO A VARA ENVERGOU, ELE PERCEBOU QUE HAVIA FISGADO UM PEIXE MUITO GRANDE E PESADO. O TIO JURA QUE HAVIA ACABADO DE CHEGAR AO RIO OLHAVA COM ADMIRAÇÃO ENQUANTO O JOÃO HABILMENTE, E COM MUITO CUIDADO ERGUIA O PEIXE EXAUSTO DA ÁGUA. 
O PEIXE QUE JOÃO PESCADOR HAVIA PESCADO ERA UM DOURADO QUE MEDIA 11O CENTÍMETROS E PESAVA VINTE E CINCO QUILOS, PORTANTO ERA O MAIOR PEIXE QUE ELE HAVIA PESCADO NAS SUAS PESCARIAS NO PANTANAL.
TIO JURA E O MEU PAI JOÃO OLHARAM PARA O DOURADO COM OS OLHOS ARREGALADOS DE TÃO BONITO QUE O PEIXE ERA. ELES PASSARAM MUITAS HORAS ADMIRANDO O BONITO DOURADO QUE NEM PERCEBERAM QUE JÁ HAVIA ANOITECIDO.
ENTÃO MEU PAI ACENDEU A LATERNA, POIS, JÁ DEVERIA SER UMAS DEZ HORAS DA NOITE.
EM SEGUIDA O MEU PAI OLHOU PARA O ENORME DOURADO E DEPOIS PARA O TIO JURA E DISSE:
- EU NÃO PESCO UM PEIXÃO DESSES NUNCA MAIS!
TIO JURA RESPONDEU:
- É VERDADE MEU AMIGO!
ASSIM OS DOIS DERAM UMA LONGA GARGALHADA EM SEGUIDA COLOCARAM O ENORME DOURADO DENTRO DO SAMBURÁ QUE ERA APROPRIADO PARA GUARDAR PEIXES DE GRANDE PORTE E VOLTARAM PARA O ACAMPAMENTO PARA DESCANSAR PARA RECUPERAR AS ENERGIAS PARA MAIS UM DIA DE PESCARIA NA REGIÃO PANTANEIRA.
NA MANHÃ SEGUINTE MEU PAI SAIU DO ACAMPAMENTO PARA DAR UMA VOLTA PELAS REDONDEZAS. ELE CAMINHAVA TRANQUILAMENTE QUANDO UMA GRITARIA ENSURDECEDORA CHAMOU A SUA ATENÇÃO. ERA UM FILHOTE DE PAPAGAIO QUE TINHA CAÍDO DO SEU NINHO QUE FICAVA NA COPA DE UMA ÁRVORE. 
ENTÃO MEU PAI PEGOU O FILHOTE DE PAPAIO QUE AINDA NÃO TINHA PENAS NO SEU CORPO E O LEVOU PARA O ACAMPAMENTO E LÁ COM MUITO CARINHO CUROU OS SEUS FERIMENTOS E O ALIMENTAVA DANDO PAPINHA DE FUBÁ NO SEU BICO.   MEU PAI O BATIZOU COM O NOME DE BIRO- BIRO E LOGO ELE SE TORNOU O MASCOTE DO ACAMPAMENTO DOS PESCADORES.
DEPOIS DO CAFÉ DA MANHÃ MEU PAI E OS SEUS AMIGOS FORAM PARA AS MARGENS DO RIO AQUIDAUANA PARA MAIS UM DIA DE PESCARIA.
CHEGANDO AO RIO, MEU PAI PREPAROU AS ISCAS E LANÇOU O MOLINETE NA ÁGUA E FICOU SENTADO ÁS MARGENS DO RIO POR UM LONGO TEMPO E NADA DE PEIXE TENTANDO COMER A ISCA. MAS POR VOLTA DAS DOZE HORAS E 30 MINUTOS EIS QUE COMO UM PRESENTE DIVINO MEU PAI AVISTOU A NADADEIRA E A PONTA DA CAUDA DE UM ENORME PINTADO. ELE CHEGOU DE MANSINHO SEM FAZER MUITO BARULHO.
LOGO NA PRIMEIRA FISGADA O PINTADO PULOU. MEU PAI ENTÃO VIBROU! ERA UM GIGANTE. ASSIM ELE COMEÇOU A SE DEBATER FICANDO COM O CORPO QUASE TODO FORA DA ÁGUA, BALANÇANDO A CABEÇA, PARA TENTAR SE LIVRAR DA ISCA. A CADA PULO DO PINTADO GIGANTE, UM GRITO DE EMOÇÃO DO MEU PAI. A CADA DEBATIDA DO PEIXE FAZIA COM QUE A DISTÂNCIA ENTRE O PINTADO E O JOÃO PESCADOR AUMENTASSE. ASSIM A FRICÇÃO DO MOLINETE DO MEU PAI FOI FICANDO BEM APERTADA E O PINTADO AVANÇANDO A LINHA COMO SE O CARRETEL ESTIVESSE ABERTO. ENTÃO, O JOÃO PESCADOR QUE ERA ANTES DE TUDO, UM FORTE, MEDIU FORÇAS COM UM PEIXE GIGANTE E PODEROSO ATÉ FAZÊ-LO FICAR EXASTO E PERDER AS SUAS ÚLTIMAS ENERGIAS QUE AINDA LHE RESTAVAM. 
O PINTADO PESCADO PELO MEU PAI MEDIA UM METRO E OITENTA CENTÍMETROS E PESAVA UNS OITENTA QUILOS.
JOÃO PESCADOR GOSTAVA DE CONTAR MUITAS HISTÓRIAS DE PESCADORES COISA QUE SÓ UM GRANDE PESCADOR COMO ELE FOI, SABE CONTAR COM RIQUEZAS DE DETALHES.
SE TODAS ESSAS HISTÓRIAS CONTADAS PELO JOÃO PESCADOR FORAM VERDADEIRAS OU IMAGINADAS NAS DEZENAS DE PESCARIAS QUE ELE PARTICIPOU EM SOLO PANTANEIRO NUNCA SABEREMOS POR QUE JÁ HÁ MUITO TEMPO MEU PAIZINHO ESTÁ PESCANDO ESTRELAS NO CÉU.
 
 
 

 

Saulo Piva Romero
Enviado por Saulo Piva Romero em 13/02/2021
Reeditado em 12/02/2024
Código do texto: T7183157
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