O SABIÁ QUE SABIA DEMAIS !
O sabiá era um linguarudo,
Adorava uma conversa alheia,
Fofoqueiro sabia de tudo,
Sangue quente corria na veia.
Só havia um grande problema,
Ele aumentava o que ouvia,
Este era o seu dilema,
Gostar de fofoca e baixaria.
Fazia o maior alvoroço,
No meio da bicharada,
Fazia-se de bom moço,
E nunca assumia nada.
Falava com eloquência,
Uma voz aveludada,
Com sua trama dava sequência,
Tão logo desmascarada.
Fez na selva muita intriga,
Pois fim a amizades,
Causando até briga,
Omitindo as verdades.
De tanto fofocar,
E causar desunião,
Fizeram-no confessar,
Na frente da multidão.
Depois de tudo desmentido,
A paz voltou a reinar,
O sabiá ficou proibido,
Daquela área frequentar.
Até recebeu o perdão,
Mas a consequência ficou,
Pela tremenda confusão,
Que o sabiá aprontou.
Sabiá aprendeu a lição,
Que não se deve fofocar,
Fofóca é uma maldição,
Que pode até matar.