A Chegada na Ilha
– Não acredito que finalmente chegamos! Depois de semanas presos nessa embarcação, comecei até a duvidar que um dia chegaríamos. Mas você, meu caro, cumpriu sua promessa, mostrou seu valor e não se arrependerá! – Falei animadamente com o homem ao mastro que tragava pacientemente seu charuto, a fumaça sendo levada pela brisa da manhã para além das águas calmas do litoral daquelas terras desconhecidas.
– O lugar é bonito, mas não sei se rende alguma coisa de real valor. – Respondeu pausadamente após mais um trago, o charuto preso no canto da boca enquanto se dirigia a tripulação: – Desçam quatro botes, quero cinco homens em cada. Temos um bom pedaço de terra para explorar.
Os homens se mexeram como se as criaturas do abismo estivessem fungando em seus cangotes. Não havia como negar que a tripulação do (nome do navio) era singular. Seu capitão era um homem na faixa de uns quarenta anos que todos chamam de Capitão G.P., carrancudo, barbudo e que cheirava a laranjas. O homem parecia ter rolado em um laranjal inteiro! Ele realmente definia o significado de ser um lobo do mar. Seus marujos, porém, não faziam tanto jus ao título. Eram homens pequenos vestidos com túnicas vermelho sangue que operavam o navio como se suas vidas dependessem disso, e realmente dependiam, já que o capitão ao longo da viagem havia ‘se livrado’ de quatro mini-homens que, segundo ele, estavam enrolando em serviço.
– Esse lugar é o fim do mundo, garoto. Espero que saiba o que está fazendo. – Resmungou o mal humorado capitão ao entrar em um dos botes e ordenar que remassem rumo às margens. Eu estava encantado com o lugar, nunca tinha visto tanta beleza exceto em mim mesmo, é claro.
Sou lindo!
Não demorou para os botes avançarem rumo às margens, sua parte inferior batendo no quebrar das ondas e ondulando ao ritmo do mar. As águas salgadas espumavam na margem e, ao pisar no chão, a areia era confortável e macia sob os pés, a terra parecia nos receber como uma mãe que abre os braços para o filho que passou tempo demais longe de casa, mas nós não estávamos em casa. Ao pisar na praia os pássaros nos receberam com seu canto suave, siris brincavam de se esconder sob a areia quente e eu ainda peguei uma coisinha estranha que estava à beira da água, que descobri depois ser uma estrela-do-mar. Os homens do Capitão G.P. levaram os botes para um lugar seguro longe das águas e montamos um prático e confortável acampamento sob a sombra de umas árvores engraçadas de um tronco só com folhas grandes e finas espalhadas. Alguns mini-homens subiram na árvore para explorar sua resistência e frutos que estavam fora de alcance, descobrimos que daqueles frutos provinha um tipo estranho de água adocicada que era incrivelmente boa e que, apesar de doce, saciava a sede. Acabamos por descobrir que o interior da fruta era, também, comestível. O capitão não se arriscava a nada, mandava seus lacaios fazerem todo trabalho, incluindo o de explorar a comida por receio que fosse venenosa.
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