A MENINA E A FANTASIA I



(Fantasias de uma menina)

1º Capítulo-

Na pequena cidade do interior morava numa simples casa com sua mãe uma menina muito solitária. Seu nome era Lita. A menina era cheia de fantasias e vivia procurando mundos diferentes em sua imaginação para ficar divagando.
Lita, apesar de solitária, era muito inteligente. Gostava de ler, já estava na terceira série. Na escola ela leu o livro de João e o pé de feijão e ficou muito interessada, já vivendo com intensidade tudo que aconteceu a João.
Todos os dias ela lia e relia partes que mais gostava. Sally, sua mãe, também era professora, mas havia ficado viúva há uns quatro anos, quando Lita tinha apenas cinco anos. A menina lembrava-se pouco do pai.
Lita e Sally davam-se muito bem no dia-a-dia. Sally trabalhava à tarde e deixava Lita com a babá Luciana. A menina estudava de manhã, desde seis anos. Não dava trabalho nenhum, levantava cedo com a ajuda da babá, se arrumava , tomava o café e ia para escola feliz da vida, cheia de sonhos.
Tudo que ela queria era fantasiar. Havia dias que ela chegava da escola e ia descansar um pouco depois do almoço. Outras vezes ela queria dar um passeio pelos arredores da casa. A babá recomendava: - Cuidado, Lita, ande devagar e preste atenção por onde passa. E não demore sim? Lita respondia - "Não se preocupe Dona Lu, já sou uma mocinha e sei andar sozinha por aí". Só vou dar um pequeno passeio. Nos dias que ela resolvia passear esquecia-se do cansaço.
Corria pelo gramado do jardim, tentava ver as borboletas bem de pertinho, sem machucá-las. Lita amava toda a natureza. Sentava-se debaixo dos troncos de árvores, olhava o jardim com muita alegria, saudava as flores que encontrava no caminho e assim ela ia passando tardes e tardes à procura de aventuras.
Lita queria viver um sonho diferente. Ela queria viver uma grande aventura. Mas ela não sabia como ia fazer. Aquele dia ela deitou cansada, pois havia passado toda a tarde visitando os lugares que havia ao redor da enorme casa que pertencia a sua mamãe e ela.
O pai de Lita era gerente de um banco e Sally ficou com a pensão do marido, o que muito ajudava nas despesas da casa. Lita era uma menina feliz. Só faltava viver seu grande sonho para sentir-se completamente feliz.




2º capítulo-

As férias de Lolita (assim era o nome de Lita) começariam em uns quinze dias. A menina estava eufórica, pois tinha certeza que poria seu plano em prática. Dois dias antes de começar as férias, Sally recebeu um telefonema de uma tia que morava em outra cidade, e queria que ela fosse até lá para ajudá-la a resolver uns problemas, e para isso tinha que ter alguém da família.
Logo, Sally foi convidada para viajar até lá. É lógico que a mãe de Lita ficou preocupada com ela, mas a babá prometeu que tomaria conta dela direitinho. Seriam apenas uns oito dias e logo Sally estaria de volta. Sally viajou não sem antes fazer Lita prometer que não daria trabalho para Luciana.
O primeiro dia sem a mãe passou monótono, sem muita conversa, brincadeiras, apenas televisão, lanches, joguinhos e um pouco de história. À noite, Lita pensou no pé de feijão, virava de um para o outro lado, resolveu plantar uns feijõezinhos para ver o que acontecia. Acordou bem cedinho, o que assustou até a babá e disse animada:
-Dona Luciana, depois do meu lanche vou passear um pouco no quintal. Quero ver o lago dos peixinhos.
-Certo menina, mas cuidado, não entre na água. Fala a babá.
-Está bom... Não entrarei. Responde a menina.
Enquanto Lu varre a varanda, Lita apanha uns carocinhos de feijão e esconde no bolso do vestido xadrez. Amanheceu com um calorzinho gostoso e Lita mais que depressa saiu para o enorme quintal.
Procurava um lugar adequado para plantar os feijões. Ela lembrava perfeitamente como fazia. A professora de ciências já havia feito a experiência do feijão na sala de aula e ela tinha certeza que ia dar certo.
Depois de andar uma meia hora, rodando todo o quintal, ela encontra um pedaço do terreno meio vazio. Havia apenas umas heras perto do muro , onde nasciam flores e os passarinhos voavam , pousando nos galhos e folhas da pequena planta. Aquele lugar era perfeito. Lita pode visualizar o seu plano já pronto. Já se via em cima de um enorme pé de feijão.



3º capítulo –

Com muito carinho Lolita fez um buraquinho na terra, apanhou um pouco de água no lago com seu baldinho de brinquedo, colocou os carocinhos de feijão na cova, tampou direitinho, molhando bem. Estava muito feliz, pois concretizava o seu sonho de plantar um pé de feijão.
Após apreciar os recantos mais bonitos daquele lugar, subido nas árvores, jogado pedrinhas no lago, observando as pequeninas ondas que se formavam, conversado com os pássaros e borboletas, Lolita resolve ir para sua casa. Chegou cansada, pois havia andado bastante nos arredores de todo o terreno. Tomou um banho gostoso, vestiu um vestido fresquinho. Almoçou junto com a babá, que já estava preocupada, mas logo que a viu ficou calma.
- Menina, fala Luciana, agora você vai descansar um pouco. Andou a manhã toda.
-Certo, já vou Dona Lu, só escovar os dentes e dormir um pouquinho.
Luciana resolveu arrumar o quartinho de bagunças enquanto Lolita descansava. A menina realmente cansou-se. Foi para o seu quarto, puxou as cortinas limpas e cheirosas, encostou a porta, deitando-se já um pouco sonolenta. Não demorou em adormecer. E também não precisou muito tempo para começar a sonhar.
Lolita sonha que vai para perto do muro em que plantou os feijões. Ao aproximar-se sua alegria é enorme. O pé de feijão havia crescido tanto que ela nem via o final dele. A aventura de Lita começava. Mais que depressa, Lita tira os sapatos e começa a subir no pé de feijão. Percebe que a lua estava escondendo no horizonte.
Já era quase noite para onde ela ia. Mas ela não teve medo. Continuou a subir. Ela queria descobrir alguma coisa. Era tão mágico que ela subiu... Subiu... E já via a lua, enorme, bem atrás do horizonte, lá distante, onde ninguém podia ver... Só ela via. Nesse momento, Lita enfia os dois pés num laço emaranhado de feijão e fica de cabeça para baixo. Ai... E agora? Ela estava vendo o mundo ao avesso? Seria isso? Era... Pois ela sentiu-se transportada pela lua a um lugar onde jamais tinha ido. Se bem que já havia aprendido na escola, sobre aquele lugar.
Ah! Ela estava vendo o Japão de cabeça para baixo. E Lolita se deixou levar pelo que via nos seus sonhos. Era o sonho mais perfeito que ela teve. Via tudo nitidamente. A lua a acompanhava aonde ela ia, e Lolita sentiu-se maravilhada.




4º capítulo-

Lita conheceu um mundo perfeitamente diferente. À medida que a enorme lua dourada subia pelo céu, Lita ia observando o que acontecia e gravando na sua memória. Não queria perder nenhum detalhe. Ela começou a ver enormes balões coloridos que subiam pela atmosfera japonesa e imaginava o motivo daquilo tudo.
Via enormes estrelas piscando para ela, e às vezes um facho luminoso muito colorido vinha de encontro a sua visão. Então ela resolveu fixar bem os olhos e tentar enxergar mais abaixo. Ó que lindo! Exclamou Lita. Então ela viu. Era uma festa de aniversário. No último andar de um enorme edifício. Por isso os balões, as luzes. Eram fogos de artifícios.
Havia tantos japonesinhos, os olhinhos quase fechadinhos, cabelos lisos pretinhos. Até que ela viu uma linda menina. De olhinhos apertadinhos, apagando oito velinhas num belíssimo bolo de aniversário.
Que bolo maravilhoso! Lita sentiu água na boca, vendo aquele enorme bolo rosa e branco todo enfeitado. Ao som de músicas os casais japoneses começaram a dançar. Lita não viu o tempo passar e logo todas as pessoas que estavam ali sumiram e tudo ficou escuro. Então a festa acabara.
E agora? A menina aventureira passeou os olhos mais uma vez sobre s céu Japonês e viu uma festa no céu. Ela viu pequenas estrelas trocando de lugar com estrelas médias. As estrelas piscavam umas para as outras e aí havia a mudança de lugar.
Enquanto isso ia passando outros seres que viviam passeando junto a elas. Uns asteroides em forma de sereias, fadas, elefantes, unicórnios carneirinhos. Era tudo cor de ouro e os olhos de Lita faiscavam. Como ela nunca soubera disso? Que havia mundos que havia esses seres tão brilhantes? Lita sente um sopro leve na sua pele macia. Era a brisa da tarde que lhe roçava o rosto.
Ela vira de um lado para o outro e... Acorda. Senta-se na cama e fica relembrando tudo que ela viu. Será que foi só um sonho? Será que o pé de feijão cresceu? Mas no dia seguinte ela saberia se o pé de feijão havia crescido ou não. Agora já estava entardecendo e ela não poderia mais sair. Contentou-se em pegar suas bonecas e deitar na rede para brincar com elas. Amanhã seria outro dia

5º capítulo-

Já havia passado quase dois dias que Sally havia viajado. A menina estava tão contente com o que estava lhe acontecendo que nem perguntava pela mãe. No segundo dia, depois do almoço, ela foi dormir um pouco. Queria continuar o sonho. Mal pegou no sono se viu andando em direção ao pé de feijão no fundo do quintal de sua casa.
Ao avistá-lo, Lolita vê que ele cresceu mais e mais. Quase não dava para ver onde ele já estava. Então ela começou a subir. Ainda bem que os galhos eram um pouco grossinhos e ela era leve como uma pena. Lita foi subindo, foi subindo até não conseguir mais ver o chão.
Mas a fantasia estava só começando. Já bem alto Lita vê uma escada que vai do pé de feijão até uma nuvem, meio cinza, pois parece que logo iria chover. Mas Lita não importou. Começou a equilibrar-se na escada e começou a andar.
Durante o trajeto que entraria na nuvem, ela pode ver outras pequeninas nuvens que passavam bem pertinho dela e também vários passarinhos voando ao seu redor. Um até pousou em seu braço, ficou alguns segundos e saiu batendo as asinhas lilases.
Ao chegar à entrada da nuvem levantou os bracinhos para subir e percebeu uma mão azul que a ajudava a subir. Era um anão, muito simpático, cabelos anelados e amarelos, pele azul, três olhos brancos e três braços, as duas pernas eram curvadas.
Lita subiu e entrou na nuvem. Olhou ao redor e viu ali uma comunidade de anõezinhos todos da mesma cor que aquele que parecia ser o mais velho. O nome deste era kalli, e os outros eram todos filhos dele. Havia ali uma comunidade de anões. Lita assustou-se a princípio, mas depois das boas vindas ela acalmou. A levaram para uma espécie de cabana que movia à medida que a nuvem também movia.
Ela percebeu que a nuvem era cinza, e que era a cor dela mesmo. Nossa, ela estava tão alegre! Um anãozinho chamado choo a convidou para passear, queria lhe mostrar muitas belezas do lugar. Ela conheceu todo o acampamento, jardins onde as flores de todas as cores não paravam de balançar para lá e para cá, quando olhava para cima podia ver o manto azul cheio de estrelas, mesmo sendo dia, pois estava pertinho do céu.
Depois que ela pareceu um pouco cansada, choo a convidou para dar uma balançada no lindo balanço todo feito de cordas douradas, trançadas e com estrelas nas pontas. Lolita arregalou os olhos e sentou-se no balanço e começou a balançar. Como o balanço era mágico, ele girava todinho, e quando Lita estava de cabeça para baixo o balanço parou. Então ela viu o mundo ao avesso outra vez.


6º capítulo

Lolita assustou-se com a leve batida na porta de seu quarto. “Menina Lolita" diz Luciana: Sua mãe ao telefone. Lita levanta sentindo o sopro do vento meio quente que vinha de fora. “Já vou... Já vou". Saiu bocejando. Atendeu ao telefone, feliz por conversar com a mãe.
Esteve a ponto de contar-lhe dos seus sonhos, mas se conteve. Não poderia contar. Pelo menos por enquanto. A mãe poderia não acreditar. Ficou pensativa que a mãe falou que voltaria dentro de três dias. Logo se recuperou. Deveria ser umas três horas da tarde.
Lita resolve dar uma olhada no pomar de sua casa. Lá era um dos seus lugares favoritos, pois a variedade de frutas que havia a deixava feliz. Podia escolher a que queria. Resolveu colher umas amoras e colocou-as num cestinho que a babá lhe dera. Lolita estava ansiosa para continuar o sonho.
Ainda teve tempo de dar uma espiadinha no seu pé de feijão. Já se enxergava o pezinho se rompendo na terra. Havia até uma folhinha verde agarradinha de um dos lados do pequeno tronco. Lolita alegrou-se. Sentou ao lado da plantinha e a observava. Bem que a experiência do feijãozinho era verdadeira
. Na terra, era certo, era mais bonito, mais verdinho. Ficou pensando nos sonhos que teria dali para frente ao sentir umas gotinhas de chuva respingando no seu rosto. Mais que depressa apanhou o cestinho de morangos e foi rápido para casa. Chegou antes que a chuva viesse mais forte. Tomou um banho gostoso, saboreou um gostoso prato de sopa de batata com ervilhas, torrada com manteiga. Mais tarde sentou-se no enorme sofá cinza para assistir desenhos.
Luciana sentou-se ao seu lado perguntando: “Menina, o que você tanto faz no quintal"? Surpresa ela responde. “Ora, Lu , só passeando, olhando o pomar, os peixinhos, as árvores, nada mais.”
Luciana olha com mais atenção e diz: “Mas você quase não fica em casa". "Dona Sally vai achar ruim por isso". “Lolita diz”: - Preocupa não Lu só estou me divertindo. Estou de férias e quero aproveitar bastante para tomar ar puro. “Luciana então recomenda que ela logo ela vá se deitar, pois já estava na hora de criança dormir". Diz que vai fechar as portas e janelas e repousar também. Lolita agradece e diz que irá assim que acabar o desenho.

7º capítulo

Naquela noite Lolita foi dormir mais cedo, estava um pouco cansada. Mas ela estava um pouco inquieta, o calor estava muito. Só relaxou quando sentiu o cheiro de terra molhada e acordou com uns trovões e relâmpagos. Mas a chuva desceu e logo o sono foi voltando, e assim Lita dormiu.
De novo Lolita começa a sonhar. Já no último galho do pé de feijão a menina é transportada para um lugar que ela ainda não conhecia. O mar. Só que o mar estava virado. O fundo do mar apareceu fascinante aos olhos dela. Pequenos peixinhos coloridos passeavam ao redor de algas e plantas de todos os tamanhos. Cavalos marinhos, corais deslizavam suavemente nas águas fundas do mar. Ela olhava mais e mais e queria descobrir por que ela via tudo assim.
Lolita não sentiu medo. Tubarões passavam bem ao longe, às vezes acompanhados de seus filhotes. Golfinhos nadavam juntos e chegavam perto de Lolita. A essa altura a menina já sabia que estava vendo o fundo do mar. Peixes elétricos passavam velozes acendendo suas luzes fazendo o fundo do mar ficar mais colorido. Viam-se também as baleias passando em fileira em frente à Lolita, elas ainda bailavam para a menina apreciar a dança.
Lolita ficou maravilhada com tantas coisas lindas. Viu até um submarino que passou perto de todos os animais. Ela achou incrível. Só conhecia submarino pela televisão. A variedade de peixes a deixava cheia de alegria. Não sabia que havia peixes tão lindos. Ficou admirando toda aquela beleza marinha quando ouviu um belo canto.
Prestou atenção e ao virar sua cabecinha uma linda sereia cantava ali mesmo, perto dela. Lolita sorriu quando a sereia também sorriu para ela. Então a pequena sereia, de cabelos longos e loiros, olhos verdes como as próprias águas do mar, chegou bem pertinho de Lolita e ficou ali terminando sua canção.
Era uma bela canção de amor que ficou nas areias da praia daquele mar. Lolita levantou a mão para tocar na cauda da sereia quando ela desapareceu de repente. E aí tudo sumiu. Lolita acordou cheia de emoção. Reviveu seu sonho. O dia já estava amanhecendo, e ela queria levantar logo, pois aquele era o último dia que passaria sozinha sem sua mãe. No outro dia Sally chegaria para o almoço. Suspirou levantando da cama e foi direto tomar o seu café da manhã, e logo mais ela iria novamente ver o pé de feijão.

8º Capítulo-

Assim que Lita chegou ao local onde havia plantado o seu pezinho de feijão, ela ficou muito emocionada, pois o mesmo já havia crescido, e devia estar com uns trinta centímetros.
A menina sentou-se a seu lado, observando o caulezinho e as folhas verdinhas que despontavam calmamente. A aventura de Lita a fazia muito feliz. Observar assim tão de pertinho seu pezinho de feijão deixava-a emocionada.
Lita ficou passeando pelo quintal bastante tempo. Ao sentir um pouco de fome, resolveu voltar para casa. A senhora Lu já esperava a menina para almoçar. Terminando sua refeição, resolveu assistir desenhos na televisão, e no sofá mesmo, acabou adormecendo.
E o sonho novamente acontece.
Lita voava num lindo unicórnio branco, sobre uma linda floresta.
De cima ela podia ver as enormes copas das árvores, mais adiante ela ouviu o barulho de uma linda cachoeira e como por mágica, o unicórnio bateu as asas e desceu devagarinho até alcançar um recanto maravilhoso, onde a menina observou todo o local.
Havia um lindo castelo, todo de vidro, onde ela pode conhecer as princesas dos contos de fada, que ali estavam. Conversou com todas aquelas princesas e foi convidada a passear pela floresta. Foi um passeio maravilhoso.
Lita pode ver a enorme cachoeira com sua queda d’água, imensa como um véu de noiva, ela pode ainda observar variedades de rosas de todas as cores, flores que pendiam dos muros do castelo, pássaros coloridos que sobrevoavam ao redor dela e das princesas.
Lita nem viu o tempo passar e lembrou-se do unicórnio branco.
Só despediu das princesas, apanhou um lírio branco e colocou nos seus cabelos loiros.
Já sentada, sentiu que novamente estava voando por cima da floresta. Então percebeu o clarão da lua e das estrelas, sentiu que já era noite.
Ansiosa percebeu que o unicórnio a levava para a cidade onde ela morava.
Com o clarão da noite reconheceu o quintal de sua casa, logo o unicórnio parou pertinho do pé de feijão. Lita estava em pé, e olhava para cima sem entender.
-Como o seu pé de feijão havia crescido!
Olhou bem para cima e viu e seus olhos não enxergaram o final da sua árvore.
Tamanho foi o susto que Lita acordou.
Dona Lu estava bem olhando para ela e perguntou o que aconteceu.
Lita responde:
-Estava só sonhando!


















9º Capítulo.

Aquele dia Lolita não saiu, apesar da curiosidade em ver o pé de feijão.
Amanhã sua mãe chegaria, e ela teria que colocar suas coisas em ordem.
Lita ficou até o fim da tarde arrumando seu material de escola, suas roupas, pois no outro dia Dona Sally chegaria. E daí a três dias as aulas começariam.
Lita foi dormir tarde e nem sonhou mais.
Bem cedinho ela acordou... Já arrumada para dar uma volta no jardim.
Queria colher umas amoras, assim ela falou para Lu. E saiu.
Realmente ela colheu uma cestinha de amoras, e foi direto ao pé de feijão.
Ao chegar próximo ela percebeu que ele estava do mesmo tamanho.
Lita entendeu que ela havia apenas sonhado com o tamanho enorme da plantinha.
Mas chegando até lá ela teve uma surpresa.
Bem branquinho, estava lá um unicórnio de brinquedo.
Com uma fitinha colada no pescoço dele estava escrito: “Para a menina Lolita”.
A menina ficou emocionada. Apanhou o unicórnio na sua mão e o fitou. Ela teve a impressão que ele bateu as asinhas. Lita sorriu. O que ela viveu durante aqueles dias não fora um sonho. Foi realidade, e ali na sua mãozinha estava a prova.
Feliz da vida voltou para casa.
Sua mãe tinha acabado de chegar e já estava à sua procura.
Lita fica muito feliz em ver Sally.
Ao ver o brinquedo na mão de Lita, Sally pergunta onde ela o achou.
Lita não podia contar a sua aventura para ninguém.
Só disse assim:
-Mamãe... Achei este unicórnio jogado no quintal, perto de um pezinho de feijão.
Sally, vendo a felicidade de sua filha a abraça.
Esta bem filha, só espero que não tenha feito nenhuma travessura. E beijou os seus cabelos, e viu o lírio branco no cabelo de Lolita. Sally apenas sorriu.

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margarethrafael
Enviado por margarethrafael em 17/06/2020
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