FUNESTO FIM DO FAZEDOR DE GARRAFADAS

FUNESTO FIM DO FAZEDOR DE GARRAFADAS

(Lázaro Faleiro)

Baiano brabo, baba besteira na algibeira de baita segunda-feira. Preparado de pó de lixeira, aroeira, lagartixa inteira e larga ficha de baboseiras...

Menino ladino, arteiro, artista não se lixa em muros de taipas, apuros, travessuras, trapaças e aleivosias na caça e captura das lagartixas. Preço de valia, o do curandeiro: Cada lagartixa, um cruzeiro...

O baiano nada de prazer ao ver o bicho contorcer, torrar, virar pó no preparo daquele godó de garrafada.

O bem-estar daquela gente sem eira nem beira deve estar, por inteiro e somente no adereço, no preço do preparado e na cabala da fala do feiticeiro.

Lance voraz, verdadeiro. O fim do ruim. Memento de um momento: Menino miúdo, mudo e só, visualiza, mentaliza atroz, feroz fogo devorar, torrar o curandeiro ranzinza que se contorce e se espicha e, então, toma feição de lagartixa, vira cinza, vira pó!

Iporá, 06/09/2019.

Lazaro Faleiro
Enviado por Lazaro Faleiro em 21/01/2020
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