Teseu a Ascensão de um Deus - Capítulo V - O Treinamento

Depois do confronto que me foi empunhado, entre ser completamente consumido pelo poder de Palates ou treinar de forma que fosse capaz de resistir, Daríu deu início ao meu intenso treinamento.

Tinha certeza que seria difícil demais para um nerd como eu, no entanto, não havia outra maneiro de ajudar a proteger o mundo que nasci além de ser a diferença entre sobreviver ou não, Gênesis me ensinou a controlar as bases do poder e com toda a paciência me explicou os 3 princípios que definiriam o estilo de luta que iria adotar.

O primeiro princípio se baseia no elemento matricial, que seria qual a matéria que sua essência iria conseguir manipular e usar nas batalhas, ele me levou para o centro do jardim e lá havia uma caixa de capa de couro velho com dois cadeados enferrujados que serviam de braçadeira, ali estavam algumas pequenas pedras entre elas a safira de Onfalo, lembro que minha mãe tinha exatamente uma destas jóias, de certo era a mais bonita entre elas e além de que jamais iria imaginar que seria uma relíquia tão venerada, era vista como a pedra da criação do mundo pelas tribos Incas.

Logo em seguida começou a retirar as pedras da caixa e as pondo em minhas mãos, a primeira foi a pedra do sol, de cor marrom alaranjado que representava o poder do sol junto a terra, Gênesis disse que compõem as bases da vida, todos os seres vivos necessitam desta energia para que possam sobreviver, mas nada aconteceu e perguntei como ele iria saber qual o meu elemento ou seja lá o que for, falou que quando tocasse na pedra correta ele iria reagir mostrando compatibilidade com a essência do meu poder. E foram testando a segunda, a terceira, até chegar na pedra do Ônfalo no por fim nenhuma delas reagiu.

Será que não tenho poder algum? Ou fiz algo errado?

Do outro lado do jardim estava Aldebaran, Gênesis o olhou de canto como se houve algo a ao incomodar e tirou de costas para fechar a caixa, disse apenas que meu poder iria acender em breve e que só precisaria treinar o suficiente para que acontecesse o quanto antes.

O segundo princípios de batalha seria qual arma se ajustaria ao meu estilo de luta, essa parte da seleção era responsabilidade do Daríu, e assim como uma sombra surgiu ao lado do Deus Pai que ali estava a nos observar, fui liberado para que ir junto a Daríu desvendar qual arma combinaria com o meu estilo de luta e assim o fez, me colocou na sala de guerra e chegando lá não conseguia parar de olhar as pinturas e todos os detalhes, me senti em um arsenal faraónico com muitas opções e sem nem ao menos saber o que cada uma poderia fazer, conhecia apenas as espadas, lanças e escudos onde os demais jamais havia nem ao menos visto antes.

Me colocou em frente tabula dos Deuses, onde todo Deus assim que preparado para receber o título e ligado a uma das sagradas armas usadas em combate nas guerras. Colocou uma espada sobre a mesa e minha mão sobre ela e nada ocorreu, logo fez o mesmo com as lanças e escudo e o mesmo aconteceu, me olhou de maneira estranha pois estas seriam as principais armas para combater, como iria lutar sem as mais poderosas e foi fazendo o mesmo com as diversas armas do arsenal nada mudou, e já sem esperança da mesma maneira que aconteceu para descobrir qual elemento iria controlar sentei no segundo degrau em frente a mesa e abaixei minha cabeça.

- Tudo isso para nada?

Daríu respondeu:

- Não Teseu, vamos até o final do salão pois quero lhe mostrar algo.

- Há 10.000 A.C. houve um Deus que não havia compatibilidade com nenhuma das armas do salão de guerra, todos inclusive eu o deixei de lado e sem nenhum incentivo não o tinha motivação para treinar alguém desse nível.

- Por favor, pegue aquela Haste ao lado da pintura, acima da cadeira.

Quando a toquei, como um filme várias imagens começaram a passar em minha mente, era incrível ao ver tantas lembranças, perguntei o que estará a acontecer.

- O jovem que disse antes foi o Lutis Sant, o homem e Deus mais honrado de todas as eras, o admirei até os últimos segundos de vida e daria minha vida para tê-lo de volta aqui.

- Esta arma é chamada de “Haste de Kairos”, apenas um Deus além de Sant conseguiu manipular a Haste.

- Quem foi este ?

- Palates quando criou o mundo o fez com o poder da Haste de Kairos, ela qualifica o tempo espaço e divide o controle entre o Dark - Light de toda a natureza.

Daríu ficou surpreso em saber que conseguiria controlar a Haste, mas algo o continuava a incomodar, pois só há como usar esta lendária arma se o controlador dominar os poderes da pedra de Onfalo, pois a própria era forjada pelo calor das sagradas pedra e nela estava a essência da matéria. Com outras palavras controlar o poder do Dark - Light não serviria de nada já que não conseguiria o usar.

Após a descoberta fomos nos lavar para o jantar, hoje as ninfas haviam prepararado um filé de javali caçado pelo líder dos cavaleiros e tinha que admitir que estava delicioso, percebi que Daríu continuava preocupado e bem fixamente notei que Aldebaran o começou a olhar seriamente, o clima não estava nem um pouco agradável e perguntou como foi o meu treinamento ao dois Deuses.

Gênisis disse que logo iria consegui descobrir qual elemento controlaria, abriu um sorriso para mim de maneira reconfortante, e de canto me deu uma cutucada e disse que amanhã seria realmente puxado.

O segundo na fila foi Daríu, mencionou que não tive compatibilidade com nenhuma das armas usuais de combate, Aldebaram o olhou de forma desmotivante e logo em seguida disse que a arma que me escolheu foi nada menos que a Haste de Kairos. Todos esbugalharam os olhos em minha direção e tenho certeza que pensaram o mesmo, como um Deus conseguiria controlar este poder sem ao menos ter.

Gênesis e Aldebaran se entreolharam e Gênesis tirou do bolso um pequeno amarrado o colocando em cima da mesa de jantar, aos poucos ele foi aproximando em minha direção o que pequeno pacote enrolado em um pedaço de pano velho e sujo e antes mesmo de abrir começou a emitir um brilho violeta forte e muito intenso, Aldebaram soltou um sorriso assustador e Daríu o olhou de maneira completamente trêmula e amedrontada.

O que seria aquilo?

Porque todos me deram um olhar tão assustado?

Continua...

Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira
Enviado por Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira em 21/01/2020
Reeditado em 22/01/2020
Código do texto: T6847038
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