Teseu a Ascensão de um Deus - Capítulo III - Quem sou?

Quem será que realmente sou? Acabará de dizer que sou filho do ser mais lendários e poderoso que existirá?

-Aldebaran, como posso ser o filho de um Deus? Conheço meus pais e sei que não são Deuses.

- Teseu você e a reencarnação da essência do mundo, Palates nunca antes havia interferido na vida dos homens e Deuses, mas agora toda a existência está em jogo e estamos ainda vivos para um último propósito.

- Qual seria este propósito?

- Treinar o último Deus do Tempo e Espaço, Treinar você!

Naquele momento estava tão trêmulo, que não conseguia distinguir se estava feliz ou assustado, como eu poderia fazer algo para ajudar seres que nem ao menos sabia que existiam?

Genesis me vendo naquelas condições, disse:

- Dáriu, lembra quando começamos a treinar?

- Claro! Você era o mais fraco com a espada, e tinha uma péssima mira com o arco e flecha.

Todos começaram a rir logo em seguida.

- Mas ninguém era melhor com as lanças e nos treinos de justa, acabou ganhando todos os torneios dos Deuses.

- Só consegui ser o melhor porque você acreditou em mim na justa, para poder focar nas espadas e acabamos nos tornando a melhor dupla em conquistas.

- E é o que você representa para nós jovens Palates, confiamos em você para ajudar a salvar o mundo que conhecemos. Precisamos voltar a ter uma esperança de que não lutaremos em vão.

Como eu poderia salvar alguém e ainda mais salvar o mundo? Ontem era apenas um rapaz sem muitos atributos e agora sou o salvador de algo. Isso será assustador e emocionante ao mesmo tempo, vou acabar passando vergonha em todos os treinos. Mas esta é a primeira vez que algo depende de mim e quero realmente ajudar, só não sei se conseguirei.

Logo em seguida Gênesis virou para uma das lindas donzelas e a pediu que trouxesse um jarro de flores secas que estavam na entrada do jardim, para que ele queria isto não fazia a mínima idéia, mas sendo algo do Gênesis certamente iria fazer sentido, com tão pouco tempo que o conheço sinto como se ele fosse um irmão mais velho experiente e sábio, já Dáriu aquele irmão valentão que todas as meninas da faculdade são loucas para namorar.

Assim que trouxe vi que as flores estavam mortas, para que ele iria trazer um jarro de flores mortas para e mesa? será que ele a esqueceu ao sol e acabou as deixando falecer sem ao menos lembra? Tinha certeza que não, na verdade já sabia o que ele iria tentar fazer ou pelo menos imaginava.

De uma forma diferente ele pegou as flores e as colocou sobre a mesa de pedra que estávamos jantando e disse “Floresça”, e nada aconteceu. Virou pra mim e pediu que falasse o mesmo.

- Gênesis está louco?

- Não tem como fazer um jarro de flores mortas reviver, muito menos florescer.

- Claro que há como fazer!

- Apenas repita o que mandei dizer.

Então decidi fazer o que me pedirá, até parece que algo iria acontecer.

Não sei explicar, mas de alguma forma realmente começou a acontecer algo diferente no jarro, alguns insetos começaram a se aproximar, na nuvem de insetos haviam abelhas, borboletas, formigas e gafanhotos.

Aldebaran começou a explicar o que acabará de começar a acontecer.

- As formigas são as operárias do mundo, são um dos seres que mais trabalha e que sua força física supera todo e qualquer outro ser vivo, os gafanhotos por muitos anos foram vistos como sinônimo de destruição, mas na verdade não passa de um ser feito para trazer equilíbrio, como acha que as plantas surgiriam com maior resistência se não houvesse um desafio?

- As borboletas parecem tão belas, várias cores, tamanho e espécies. O que realmente importa é que elas são as maiores polinizadoras do mundo animal, importantes para o ecossistema e para a reprodução das espécies.

- Já as abelhas, são as artesãs mais árduas que existe, vivem de uma forma matricial e mesmo sabendo que em toda a sua vida não farão mais de uma única colher de mel, não param por um estante se quer, porque sabem que se não fizerem não conseguirão manter a comédia viva.

- Gênesis e Dáriu, foram vocês os responsáveis pela vida no campo dos elísios e mesmo sabendo que poderiam jamais renascer, deixaram suas essências seladas para preservar nosso idôneo santo lugar. Para todos nós é difícil admitir, mas a guerra santa foi necessária para despertamos, notarmos que não somos senhores de tudo e sim seres não preciosos formados para ajudar o que realmente importa, a vida!

Senti que Aldebaran estava ao mesmo tempo triste, mas com um sorriso tão belo que me confundiu. De repente uma das belas moças apareceu com um olhar assustado sem ao menos conseguir dizer uma única palavra.

Dáriu certamente já sabia o que estará a acontecer e levantou da mesa de pedra tão rápido que não deu tempo de perguntar o que havia ocorrido. Gênesis e Aldebaran pareciam também saber mas ficaram em silêncio, um olhando para o outro e eu sem saber o que fazer, se perguntava ou se me calava ficando como se nada estava acontecendo.

Aldebaran então disse:

- Lembra que lhe disse que o verdadeiro motivo da santa guerra havia desaparecido?

- Então!

- Ele acabou de ressurgir.

Gênesis ficou trêmulo, o jardim começou a receber fortes rajadas de ventos contrário ao palácio e as nuvens começaram a se encher de entre raios e fortes trovões. Será que o grande desafio que me foi dito iria ter início?

De repente os faraônicos portões começaram a tremer, não sabia o que era mais algo estaria a acontecer e tenho certeza que não seria boa coisa.

Continua...

Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira
Enviado por Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira em 29/12/2019
Reeditado em 22/01/2020
Código do texto: T6829496
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.