Teseu a Ascensão de um Deus - Capítulo II - O palácio

Os últimos dias foram tão intensos, que já não sabia distinguir se aquilo era real ou parte de algum pesadelo. Não tinha mais nada a perder, então abri o portão e adentrei como se fosse mais um sonho rotineiro.

Não acreditei bem no que estava enxergando, era como se estivesse sendo massageado em um jardim de extrema beleza com uma essência diferente, meu corpo estava completamente anestesiado e de repente a mesma voz me chamou.

“Venha meu jovem!”

A voz vinha de um imenso palácio no cume do jardim, sem conseguir me conter meu corpo começou a ir na mesma direção, como se todo o medo fosse extinto naquele momento e meu coração começou a acelerar de forma que a ansiedade tomou conta de uma forma que antes não havia sentido. Não conseguia pensar no que esperar, só queria chegar até o palácio.

A construção havia uma forma simples, mas ao mesmo tempo tão rebuscada com pilares olímpicos, janelas medievais, e um portão tão faraónico que certamente não conseguiria abrir com estes morredouros braços. Porém as portas se abrirão de forma natural, como se alguém as tivesse aberto por dentro.

Então entrei e comecei a seguir pelo grande salão, até que consegui ver um senhor ao lado do chafariz cuidando de alguns pássaros á beira de uma roseira. Ela me convidou a o ajudar a cuidar dos pequenos animais, não poderia negar o convite de um senhor tão simpático e de presença tão agradável, da mesma forma que me senti quando entrei no jardim me senti ao olhar para o ancião do palácio.

Logo depois convidou-me para andar pelo palácio, contou um pouco das histórias que estavam pelas paredes e ao mesmo tempo levantava um inocente sorriso. A forma que falava, escrevia e enxergava o mundo era surpreendente, não iria imaginar conhecer um ser assim, mas uma frase dita pelo senhor me fez perceber algo que não seria comum para um homem.

“Existe uma diferença entre nascer e crescer, quando nascemos de forma obrigatória seguimos os passos de nossos exemplos, mas quando crescemos superamos os passos de nossos Deuses!”

Deuses não existem, são apenas crenças humanas para que possamos nos sentir protegidos por alguém.

O que eu estava dizendo, acabará de descobrir que seres sobrenaturais existiam e mesmo assim não queria acreditar. O ancião então me levou para a beira do rio e ali sentou.

Havia algo acontecendo ao outro lado do lago, uma jovem montado em um mustangue tentando saltar alguns obstáculos de feno e ao seu lado estava um soldado extremamente forte, vestia uma armadura como se fosse aqueles espadachins dos filmes de heróis que assista.

O ancião os convidou para se juntarem a nós, de repente o jovem diz:

Este será o escolhido?

- Sim Gênesis, este será o nosso escolhido.

Calma ai, Gênesis? Um dos Deus que ouvi mencionarem no quarto na hora que estava desnorteado ?

O que estava acontecendo? Onde eu realmente estava? Quem eram realmente estas pessoas?

O espadachim percebeu que não estava confortável naquela situação, e nos chamou para ir ao palácio pois o jantar já estará pronto. Como tudo naquele lugar, me surpreendi com a mesa do jantar e mais ainda com as lindas moças que o prepararam, será que eram esposas do jovem e do soldado ou filhas do ancião?

Uma dúvida que gostaria de tirar, uma delas era tão bela que não conseguia tirar os olhos e isto a deixou sem graças e acabou soltando um singelo sorriso. Então o ancião disse que precisava contar o real motivo por tudo aquilo, o porque eu fui chamado para este lugar e o porque o Gênesis disse que seria o escolhido.

Ele revelou sua verdadeira identidade, o grande Deus criador “Aldebaran”. O Deus pai de todo o elísio, que fora traído e morto nos tempos mitológicos, ou foi apenas o que todos haviam achado.

O jovem era realmente o Deus do Renascimento “Gênesis”, e o soldado de armadura na mesma forma surpreendente se revelou como Darío a “Espada de Deus”, a homem que nos tempos antigos foi renascido com o poder de dominar as 5 espadas do clã dos Cavaleiros. O mesmo que a partir daquele momento se tornaria meu mestre.

As jovens moças eram anjos que cuidavam do palácio, foram geradas pela esperança e a virtude dos Deuses, jovens que renasceram pela pureza do mundo.

Naquela noite Aldebaran contou-me toda a história por trás da morte dos Deuses, o verdadeiro motivo pelo qual aconteceu a grande guerra dos Céus e o seu verdadeiro culpado. A 18 anos antes da grande guerra, nasceu uma criança em uma pequena vila próxima a entrada do jardim do Deuses, uma criança diferente que seria o filho primogênito de um Deus, o mesmo que assombrou e causou a morte muitos Anjos e Deuses.

A criança era chamada de Azazel, na época Aldebaran percebeu algo diferente na criança, algo que poderia acender ou destruir o mundo por completo. Ele então decidiu trazê-lo para junto aos Deuses, o treinou como se fosse seu próprio herdeiro pois tinha a esperança de que o jovem se torna-se uma esperança e não a destruição mundo. Porém alguns dos Deuses temiam Azazel, temiam a hora em que ele se torna-se o novo Deus da criação e armaram uma cilada para que ele fosse expulso do Jardim.

Gemines junto aos Deuses da Avareza e da Inveja, forjaram um atentado a sua morte, isto causou uma revolta no palácio, como alguém tentará matar um Deus? e ainda mais sendo um dos 4 grandes Deuses.

Aldebaran não tendo escolha o exilou, porém seu amor pelo jovem era tanto que o permitiu continuar com sua essência divina, mas nunca poderia voltar a pisar no jardim dos Deuses. Foi ai que a destruição dos Deuses se deu início, Azazel se sentiu traído pelos que mais amava e respeitava, decidindo assim se vingar de todos, ponde como objetivo se tornar o Deus soberano entre os Deus, podendo gerar a verdadeira justiça ao mundo.

No entanto a verdadeira justiça para Azazel era a mais sombria possível, ele iria dar início a nova era dos Deuses, mas para isto teria que extinguir todos que pertenciam ao palácio. Sendo assim, o mesmo se tornou o “Deus da Guerra” o ser que misteriosamente conseguirá incentivar a guerra entre os Deus nos tempos antigos e fazendo com que vários anjos e Deuses se matassem, e dando início a um novo ciclo.

Aldebaran conseguiu preservar sua essência na forma humana, pois não conseguiria renascer nos tempos atuais sem o corpo perfeito e se realmente morresse não poderia salvar o mundo das mãos de Azazel, então veio na forma deste ancião, no entanto Darío, Gênesis e mais alguns Deuses conseguiram renascer e foram sendo recrutados pelos três novos lados da guerra.

Aldebaran secretamente recrutou alguns dos Deuses mas jamais revelando ao mundo exterior que ainda estivesse vivo, Gemines iniciou seu próprio reinado de tormento, e Azazel desapareceu após a guerra com alguns dos anjos e Deuses.

O mundo está esperando uma segunda grande guerra, a última grande guerra!

Aldebaran disse que neste mundo nasceu uma criança que mudaria o rumo de toda a história, um primogênito de um Deus, o primogênito do primeiro Deus existente "Palates" o Deus do Tempo e Espaço, o ser que deu origem a toda matéria existente ao mundo.

Palates sendo o arquiteto do mundo deu origem a seres que formariam e mudariam os pilares do que criará, desenhou ao chão um homem e dele formou uma mulher e estes seriam os pais do grande Deus Aldebaran, criado pelo amor dos homens para ser o Deus pai dos Deuses e dos homens.

Eu sou esta criança, a criança renascida para salvar o mundo criado por Palates!

Continua ...

Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira
Enviado por Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira em 09/10/2019
Reeditado em 22/01/2020
Código do texto: T6765104
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.