O Caminho da Fé (III)

A vida tem muitos significados.

Ela não é definida somente sobre as inúmeras conquistas conseguidas, inúmeros sucessos obtidos ou inúmeros obstáculos no seu caminho.

Ela é definida sobre quem você se torna durante a Caminhada.

Aqui novamente faço questão de repetir que muitas são as vezes em que andamos agitados ou preocupados com coisas fúteis e não nos sobra tempo para a escuta ao que o Senhor quer explicar e nos mostrar sobre as coisas mais simples e necessárias para viver neste cotidiano tão agitado e conturbado cheio de apego aos bens materiais e que muitas vezes nos recolhemos com nossos próprios problemas e não queremos saber de mais nada e nem de ninguém.

Não quero dizer que devemos resolver os problemas dos outros, não é bem assim, pois cada um tem seus problemas a resolver, mas, dar uma atenção, ser solidário, ser uma escuta amiga nesta longa caminhada são grandes preceitos raros no mundo de hoje.

Portanto, caminhar com Jesus, neste cotidiano tão agitado e conturbado cheio de apego aos bens materiais, não é uma tarefa ou uma trajetória nada fácil, mas é a única que nos dá garantia de uma chegada vitoriosa.

Uma coisa me veio a mente e quero aqui dizer no que se refere aos encontros que se tem nesta Caminhada.

Aquela primeira madrugada de Caminhada veio mostrar tantas coisas que só quem já fez vai entender.

É preciso entender que não adianta sair por aí desenfreado.

O caminho tem muitas subidas.

Tem muitas descidas.

Tem muitas curvas.

É preciso andar com calma.

Com cuidado.

Sabendo onde pisa.

Se apoiar bem no cajado.

Obedecendo sempre o seu ritmo.

Às vezes é necessário sair pegando carona.

O carro de apoio está aí para isso para acolher quem está cansado.

Nossos pés já estão cheios de bolhas.

Nossas pernas andam bambas.

Nossa respiração está difícil.

Ainda está muito escuro.

Nós temos muitas dificuldades de caminhar.

Tudo isto nos parece estranho.

Sentimos fobia e tanto medo de coisas ou fatos que nos amedronta.

Queremos ver a claridade.

A poeira da estrada nos sufoca.

É nessa hora que todos nós necessitamos de afeto e consolação.

No entanto, existe uma fonte viva de esperança, um raio de luz que ilumina as trevas do desespero e que distribui a paz aos corações atribulados.

É a consolação dos Aflitos, a Mãe de Deus, Nossa Senhora da Consolação...

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 03/09/2019
Reeditado em 12/04/2022
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