O FIM DO UNICÓRNIO.
Era uma moça e um unicórnio. A moça vivia de fantasia e assim ela fantasiou um unicórnio. Ela queria algo que representasse a felicidade, então desenhou na sua imaginação um unicórnio branco de grande crina lilás e com a pelagem reluzente.
Queria colocar o unicórnio como representante da vontade do mundo, permitiu que uma mancha preta surgisse no pelo branco reluzente do unicórnio, e deixou que seus olhos azuis não brilhassem tanto, pois nem sempre a vontade do mundo era boa.
Queria ainda, que o unicórnio gostasse do que gostam as pessoas que vivem sobre o mundo, assim, o unicórnio começou a desejar muitas coisas, coisas caras e coisas que nem sempre eram necessárias, porque as pessoas nem sempre gostam de coisas boas e necessárias.
Queria também, que o unicórnio tivesse a beleza que o mundo desejava para si, e o unicórnio ficou um pouco deformado, pois naturalmente era impossível que fosse tão belo como a sociedade imagina.
Por último, a garota queria que o unicórnio pensasse como o mundo pensa, e escrevesse seu maior desejo num papel. E o unicórnio escreveu: "Paz"! Mas não podia alcançar a paz porque o mundo não permite que ela persevere.
Triste, a menina apagou o unicórnio da sua imaginação e desistiu de tentar ajudar a humanidade, pois o mundo não permitiu que seu unicórnio fosse livre o suficiente para lutar.