Mulher Sereia
Todos os dias a praia ela passava
Vento ao rosto, cabelos em desalinhos por lá ela ficara horas esquecidas, andavas sempre na mesma direção.
A praia era seu mundo, calada e solitária, refugio para seus desmandos, sozinhas pensava;
_ “Talvez um dia virasse sereia, assim conseguiria navegar com o mar”.
Desvendara todos os seus segredos, como seria a magia, do fundo do mar, que tanto a encanta.
Os dias passavam, na praia seu vulto longe podia avistar.
Naquela manhã de sol, a mulher solitária, não veio todos notaram sua ausência, e logo passaram a procuras na extensão da praia, seus poucos amigos, os pássaros, o vento.
Ninguém sabia falar.
Semanas depois, na praia as pessoas passaram a comentar: _ “a mulher da praia sumiu, afogaram-se as magoa no mar, somente o vento que uivará feliz, sabia, a praia estava bela, tinha musicar no ar”.
A voz suave parecia sempre na mesma hora, vinha sempre na mesma direção... Que melodia envolvente, só poderia ser de ser encantada.
No mesmo dia, todos já sabiam a mulher solitária, virou mulher sereia: e na praia a todos passou a encantar.