TROVADOR DAS CAVERNAS

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     Ali, no meio da vasta floresta. Trov não tinha que se envergonhar da sua feiura. Tomava banho nas águas cristalinas dos riachos e cascatas, pescava e caçava, colhia os frutos e não precisava dividir com os outros meninos para que eles o deixassem brincar entre eles. Muitas vezes pensou seriamente em não voltar mais para a tribo, na solidão das campinas ou no escuro da mata, estava livre das zombarias de quando todos os meninos começavam a gritar a toda altura que ele tinha olhos de peixe morto, pés de sapo verde e cabelo de cutia. Se ele reagia era atacado por todos e espancado sem piedade até que sua mãe o acudia espantando, os trogumins com um pedaço de pau, mas mesmo assim ainda doía.

     Sempre que isto acontecia ainda recebia castigo da mãe, por ter se voltado contra os meninos, às vezes ela o fazia ficar muito tempo no fundo mais escuro da caverna, sem comida, sem água e sem ver ninguém. Quando ela o deixava sair os meninos o recepcionavam com os gritos costumeiros e o único jeito de escapar, era embrenhar-se na mata, o que para ele foi bom. Enquanto os outros recebiam ensinamentos dos mais velhos de como sobreviver na mata, ele fazia o dobro, treinava vivendo a realidade dos perigos nela existente. Quando chegou à hora de serem mandados para: à murú, *prova de resistência*. Cada garoto com idade de dezesseis anos era designado para uma região em diferentes distâncias. O sábio feiticeiro era quem escolhia os caminhos e as tarefas a serem cumpridos, os pais ficavam junto com os filhos numa grande fila, quanto mais árdua era a tarefa, mais eles gostavam, pois, os filhos que recebiam incumbência difícil, se voltassem, eram tratados com respeito por todos da tribo e com direito a ter mais mulheres.

O primeiro da fila era filhinho de papai, filho do cacique Tup. Sua mãe era Dag, uma troglodita grande que batia no marido e todo mundo sabia, mas como o cara era chefe a tribo toda fingia que não sabia de nada e pelas costas rolava o maior fuxico. Olha lá o cagão que apanha da mulher, lá vai o calça curta... Acho que não tinha calça, nem curta, nem comprida, lá todo mundo andava era pelado mesmo. Bem de qualquer maneira, ainda não tinham inventado tantas palavras como hoje e conversar fazendo mímica, era o maior saco. Por isto o caso não tinha mais falatório, mesmo assim, era conversa em toda rodinha de mais de três indivíduos. A orelha do cacique vivia queimando!


13/11/2018 00:06

SEM SONO.

Um pensamento voa ao léu
Te procura por telepatia
Pergunta para lua no céu
Onde esconde aquela guria?

E a lua responde rançosa,
Não vê que nem estou acesa
Escura eu escondo a gostosa
E você não acha a princesa.

Viu só seu caipira bobalhão
O cego que não quer não vê,
Quem mandou meter o narigão
Se o poema nem era pra você?

 Ta bom, pode continuar sonhando que eu não vou mais perturbar kkkkk bjs linda belo poema
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Para o texto: 
Noite boa! (T6501274)
De: 
Lilian Vargas

 
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 13/11/2018
Reeditado em 15/11/2018
Código do texto: T6501773
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