A ninfa e a Serpente
Na época em que serpentes falavam e a terra era cheia de magia, uma estória se desenrolou cheia de encanto e poesia...
Uma serpente astuta que vivia na floresta...
Enroscava-se nas árvores, cautelosa , boa lábia.
Seu veneno era fatal e sua maldição era o instinto.
Sua vida era solitária, por ninguém tinha carinho.
Um dia pela manhã ao cair da primeira folha...
Ela viu uma ninfa belíssima vestida de outono.
Com seus cabelos compridos e suas asas marrom.
Parecia um anjo , que despertara de um sonho bom...
A serpente não se aproximou temendo lhe ferir.
Era bela demais a ninfa outonal que vira ali.
Mas sua imagem fatal não lhe saia da mente.
E logo percebeu que estava apaixonada, aquela serpente...
O que faria agora?
Seus instintos lhe comandavam...
Além disso eram seres diferentes.
Ela era um ser desprezível, sem nada...
Sua astúcia e inteligência agora fracassam...
Perde-se em algo desconhecido...
Culpa da bela ninfa...
Uma raposa saliente vendo a sua agonia.
Falou que podia ajudá-la.
Era somente segui-la...
Fez uma fórmula mágica, para a serpente beber.
Ele transformou-se em um belo príncipe, estava cheio de alegria e prazer...
Porém a raposa lhe alertou: _Terá apenas uma chance com seu grande amor!
Amanhã voltará a ser serpente...
E terá que esquecê-la para sempre...
A serpente , agora com sua nova embalagem.
Procurou pela ninfa com toda vontade...
Porém sua forma humana, impedia que a visse, pois ela era mágica.
Isso o deixou doente...
Percebendo que havia sido enganada.
A serpente ficou muito irada.
Ao voltar para o seu corpo original.
Matou a raposa e seus iguais.
Desesperada pela paixão.
A serpente seguiu o seu coração.
Foi até a ninfa toda eufórica.
Declarar seu amor, com devoção...
Mas ao chegar, ao lado da ninfa...
Seu instinto foi maior...
Ao ver sua repulsa...
Atacou-lhe cheia de dor...
Vendo-a padecer em total arrependimento.
Arrastou-se para o vulcão, em total lamento.
Permitiu ser engolida pelas larvas...
Na esperança de uma segunda vida sem trevas...