Um fato triste.

Eu lembro ter acordado ás três horas da madrugada.

O sono já tinha ido embora.

Eu nem esperei o despertador tocar.

Levanto com mais calma.

Faço o café.

Com tempo.

Me apronto.

Cinco horas saio de casa.

Rumo a CPTM. Não demora muito o trem.

Chego na Barra Funda.

Agora era o Metrô. Rumo a Itaquera.

Eu lembro daquela voz que dizia "next station Itaquera".

Deve ser coisa de paulista.

Já são seis horas da manhã.

Desço no Carrão. Agora o ônibus.

Rumo à São Mateus.

Sete horas da manhã.

Bato o cartão do início de uma jornada que se prolongaria até ás dezenove horas.

Exatamente doze horas de trabalho.

Trabalho tenso. Árduo. Problemas para resolver é o que não faltam.

Cobranças. Mais cobranças. Saídas. Voltas. Reunião. Queixas e assim vai o dia inteiro.

Fim de mais um dia.

Era a hora da volta.

Agora cansado.

Pensando nas férias.

Na aposentadoria.

Nos projetos a realizar.

Bem, o transito estava realmente infernal.

O ônibus desta vez ia bem devagar. Desde a Avenida Mateo Bei até a Avenida Aricanduva.

Eu queria chegar em casa logo.

Comer algo. Tomar um banho demorado.

Se afundar no sofá da sala.

Assistir qualquer coisa na televisão antes de pegar no sono.

Mas, os minutos desperdiçados no transito se transformaram em horas. Um percurso que era de vinte minutos.

Resolvi pegar o celular.

Sentado e encostado na janela do ônibus vou observando lá fora o transito.

Depois de um certo tempo o ônibus passou em um determinado local onde possivelmente ocasionara a lentidão no transito.

Aquele é um local cheio de torres elétricas.

Bem ali havia guarda de transito, bombeiros, socorristas.

Pasmem!

O que leva um ser humano a escalar uma destas torres?

Com certeza não era eletricista...

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 24/05/2018
Reeditado em 20/04/2022
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