Desconhecido

Uma festa não o faria feliz, nem pior do que ninguém. Mesmo sem querer, Fábio foi decidido a passar poucas horas e voltar assim que o movimento das ruas fossem diminuindo.

No começo nada foi doloroso, logo chegaram alguns conhecidos e estavam bebendo, nem viam o tempo passar.

Foi vítima de golpe; talvez puseram droga em sua bebida! O que ele lembra? Nada. Só sabia descrever as características do local onde acordara, tudo um pouco estranho, inclusive as roupas que vestia, saíra de casa com outra vestimenta.

— Primeiro acordei com um policial intimando-me a ir à delegacia. Não entendi uma frase sequer que ele dizia, só segui seu dedo direcionando por onde eu deveria ir! — Contava o sujeito muito assustado.

Fábio desconhecia aquele frio e se assustou quando percebeu que estava vestindo um casaco:

— Lá em Fortaleza, usar uma roupa dessas é pedir para morrer! — Pensou.

O desespero veio logo em seguida, pois, estaria sendo preso por entrada ilegal naquele continente que nem sabia qual era. Além de está sem carteira e sem celular!

— Eu bebi, mas não foi tanto assim. Como estou aqui? — Chorava dentro da cela.

O almoço de lá era puro luxo, o que lhe fez pensar duas vezes antes de querer voltar para casa, tirando a saudade, ali era bem melhor que a vida medíocre no Brasil.

Dentro de alguns dias, recebera liberdade, mas a festa tinha sido em Fortaleza, o que estaria ele, fazendo na Europa? Resposta que obteve em segundo assim que saiu de dentro de um espelho mágico que havia na parede do banheiro.

Assustado Fábio voltou para contar a todos o que tinha acontecido com o espelho que desaparecera quando foi lavar seu rosto. Numa ressaca de dia seguinte, pegava-se pensando no que teria ocasionado aquilo tudo, bebeu demais ou foi aquele adesivo colocado na língua achando que era pastilha?

Breno Nottingham
Enviado por Breno Nottingham em 13/02/2018
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