O conto da canção
 
Era uma vez uma canção que queria ser cantada por alguém que fosse um cantor. Apareceu um, mas ele não a cantou. Ele não a quis cantar, simplesmente porque não se encantou por ela. A canção se entristeceu. Passado um tempo, apareceu outro alguém que amava cantar, mas, infelizmente, não era um cantor. Mesmo assim, pediu à canção que lhe deixasse cantá-la. A canção, receosa, o proibiu. Desta vez, fora ela que não havia se encantado, porque ele não era um cantor. O alguém se entristeceu muito.
Mas aquele era um alguém diferente e gostava de desafios. Sem ter permissão da canção, cantou-a, assim mesmo. E cantou-a tão bonito, tão cheio de muito amor e carinho, que a canção se emocionou. Arrependida, ela agradeceu ao, agora cantor, pela bela cantada e pediu perdão por ter desprezado sua voz. O cantor respondeu que nunca soube cantar. No entanto, aquela canção era linda demais e ele se propôs a emocioná-la. Assim o fez com sua maravilhosa interpretação.
A canção, mesmo feliz da vida, teve que partir. Disse adeus. Seguiu seu caminho, agora sempre atenta a quem quisesse cantá-la, desde que o fizesse com muito amor e carinho, independentemente ou não de ser  um cantor.
Luciano Abreu
Enviado por Luciano Abreu em 28/11/2017
Reeditado em 29/11/2017
Código do texto: T6184608
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