Alfredo e seu imaginário

Segue na vida como se fora o dono do mundo,

Segue seus sonhos, as vezes cantando, as vezes chorando,

bagunçando a cabeça com tantas idéidas mirabolantes,

lá vai o Alfredo com seus carnavais em preto e branco.

Não tem data e nem hora,

segunda nem terça nem quarta também,

quinta e sexta é de outro planeta,

e o sábado pra ele é coisa do além.

E depois do sábado fica sossegado,

não tem compromisso com o calendário

A sua cachaça é sua viola

é um brincante da vida, cronista de lindas histórias.

A epifania o torna um ser inconsequente,

e na sua funambulia, mostra sua maestria.

Fruto de um torpor imaginário,

se sente prestigiado por uma plateia anônima;

e lá vem o Alfredo cantando, um samba descompassado,

um samba de corda bamba.

KAASI
Enviado por KAASI em 30/05/2017
Código do texto: T6013678
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