Alfredo e seu imaginário
Segue na vida como se fora o dono do mundo,
Segue seus sonhos, as vezes cantando, as vezes chorando,
bagunçando a cabeça com tantas idéidas mirabolantes,
lá vai o Alfredo com seus carnavais em preto e branco.
Não tem data e nem hora,
segunda nem terça nem quarta também,
quinta e sexta é de outro planeta,
e o sábado pra ele é coisa do além.
E depois do sábado fica sossegado,
não tem compromisso com o calendário
A sua cachaça é sua viola
é um brincante da vida, cronista de lindas histórias.
A epifania o torna um ser inconsequente,
e na sua funambulia, mostra sua maestria.
Fruto de um torpor imaginário,
se sente prestigiado por uma plateia anônima;
e lá vem o Alfredo cantando, um samba descompassado,
um samba de corda bamba.