Nanazoku - As Crônicas do Grande Vale: Da Guerra dos Cristais e Da cisão entre os clãs

Cinco anos se passaram desde o retorno de Daizo e Ymura do bosque da fronteira. Foram recebidos com muita alegria e com o passar do tempo se consolidaram como os principais líderes, com uma liderança que misturava respeito e medo por parte do povo. Isso se construiu principalmente depois que os irmãos do clã senju conseguiram juntar os quatro cristais elementais. Eles, depois de longas viagens, descobriram a Grande Floresta e o Pântano Sombrio, os lugares nos quais mantiveram contato com as outras duas raças ancestrais que habitavam essas terras longínquas do vale. E assim encontraram os dois últimos Senzonosaisho restantes, Yuuki-sama e Miru-sama, senhores dos Gamasenshi e dos Kamejin, e receberam de suas mãos os cristais Mizu e Kaze, que possuem a essência, respectivamente, da água e do vento. E as maravilhas que os usuários dos cristais podiam realizar deram aos humanos grande desenvolvimento, como também, por causa de seus poderes, despertaram grande inveja e ganância disfarçadas de temor. E foi numa das grandes assembleias entre os clãs que os ânimos se acirraram e as diferenças vieram à tona, tendo como principal voz o clã Momoke.

---- Sabemos, nós do grande conselho de anciões, que nosso honorável shidosha-sama Daizo empreendeu grande jornada ao lado de seu irmão e trouxe para o seio de nossa nação as joias que controlam os elementos --- falou Momoke Zanpai, antigo líder do clã --- E foi com elas que os vimos erguer a terra, fluir a água, expandir o fogo e movimentar o vento. Mas os elementos são eternos enquanto que nossa passagem no mundo é curta. Portanto cabe aos que partem deixar seu legado para os que ficam, principalmente aqueles mais experientes e sintonizados com o dever de continuar o progresso de nossa nação. Diante disso perguntas pairam em nossos corações: a quem ficará encarregado o legado dos cristais? A quem será dada a honra de serem seus guardiões? Quais do conselho levarão adiante a honra de serem os portadores dos cristais elementais?

Com o passar do tempo Senju Daizo e Senju Ymura perceberam que mais difícil era controlar as energias que fluíam dos cristais elementais. Muitos eles concediam em maravilhas, gerando facilidades para a vida de todos, mas em compensação cobravam seu preço, pois vieram da própria luz da Mãe-Sol, como relatado pelos Senzonosaisho, e possuíam a essência do mundo, tragando para si tudo à sua volta como um retorno às origens. E rápido foi o envelhecimento dos irmãos senju decorrente do uso constante dos cristais. Assim, sabiam que deveriam escolher quem ficaria com a posse das joias depois que partissem. E apesar dos muitos membros dos anciões serem experientes na condução do povo, tinham, assim como Momoke Zanpai, um constante olhar que demonstrava uma cobiça disfarçada, um desejo de poder que os consumia lentamente sem os mesmos perceberem, como uma sombra que prenunciasse dor e sofrimento para todos os clãs da nação. E assim, diante das palavras de Zanpai, senju Daizo tomou a decisão, a qual já vinha construindo há muito tempo, levando em consideração o crescente interesse desvirtuado dos membros do conselho, de nomear não um, mas sete portadores para os cristais, seguindo uma avaliação criteriosa de capacidades e potencialidades. Sete escolhidos de sete clãs diferentes seriam os responsáveis, de uma forma mais descentralizada, de levar adiante o controle consciente do poder dos cristais e os destinos da nação. E foram eles: Maiori Orin, Togashi Sanburo, Yasuke Mitsunaga, Uzashi Sanuke, Miyamoto Toyotama, Daidoji Kenpa e Bayushi Ukyo. E desse momento em diante uma forte aliança foi formada por esses clãs, que jamais seria esquecida, e juraram defender e honrar de corpo e alma a guarda dos cristais, símbolos de uma nova era para todos.

Não sabia Daizo, mas a decisão tomada por ele na grande assembleia traria consequências dolorosas para todo o povo. A sombra mais uma vez se instalou nos corações daqueles que há muito guardavam desejos de poder e nutriam ciúme e inveja da sua liderança. E esses esperavam com paciência a morte dos irmãos senju, para unidos reivindicarem o comando da nação. Mas com a escolha inesperada dos sete novos guardiões, planos sinistros começaram a ser elaborados. E em lugares secretos, geralmente ao anoitecer, reuniões começaram a ser realizadas para discutir a nova realidade, onde os descontentes com a decisão de Senju Daizo falavam abertamente e traçavam planos para eliminar os futuros líderes, a influência de seus clãs e principalmente o poder dos cristais. E a sombra mais do nunca se alastrou nos corações, e não demorou para que os sinistros planos se tornassem realidade, colocando irmãos contra irmãos no primeiro dos conflitos que se tem notícia.

Tudo teve início quando corpos de indivíduos e pequenos grupos começaram a aparecer em meio a orla do bosque das cerejeiras. Senju Ymura organizou e liderou grupos que patrulhavam os limites da nação, desde a fronteira com o bosque das cerejeiras ao leste, passando pela margem do rio do sol dourado, até terras distantes ao norte, reforçando assim a vigilância e caçando os possíveis autores das mortes. Mas há muito os atos de violência tinham cessado em meio aos clãs desde os primeiros anos quando chegaram ao grande vale. E o temor se instalou entre as pessoas por acharem que um novo mal se abatera, sorrateiro e perigoso entre eles, ou que estavam sendo punidos pelos deuses por algum desvio. Nessa hora levantou-se a voz de Momoke Zanpai, que em muitas ocasiões nas assembleias alertava para a necessidade de olhar com mais vigilância àqueles que habitavam o bosque.

---- Por todos os lugares procuramos os causadores destes atos hediondos e desonrados que há muito não se viam entre nós. E quando lembramos das nossas desavenças do passado, os desejos de influência e poder eram a principal causa dos conflitos. E só aquele que perde ou cede sem pensar tem o desejo de reavê-lo crescente em seu coração, pois o arrependimento o consome constante. Falo isso porque hoje acredito que somos detentores de um poder invejado pelos seus próprios doadores. E por realizarmos feitos que eles nunca realizaram e por acreditarem que não os superaríamos no uso das energias da terra, querem de volta o presente dado, nem que para isso recorram a atos de violência. Portanto, digo que nossas respostas serão encontradas no lugar que nunca imaginamos procurar. É lá que estão as causas de nosso sofrimento. Devemos responder aos manaras nos mesmos termos com os quais agiram contra nossa nação.

As palavras de Zanpai fizeram o medo e a indignação surgir entre o povo, e muitos deram crédito às suas palavras. E dias depois estavam pegando em armas, decididos a adentrar o bosque das cerejeiras e enfrentar seus habitantes para vingar os que foram mortos. E já sabendo que a situação chegaria a esse ponto, Senju Ymura foi ao encontro de Akarui-sama na aldeia manara para explicar o desenrolar dos fatos e pedir sábios conselhos.

---- Meu coração também compartilha da sua dor Senju Ymura --- disse o senhor dos manaras ---- Mas esse é o fardo que os homens carregam por serem lentos no equilíbrio e rápidos na desagregação. E vejo que esse aspecto faz parte de sua essência e por isso muita lágrima e sangue ainda advirão até que alcancem a paz interior. Seus corações ainda estão cheios de sombras e as piores delas, por andarem juntas, é a traição e o desejo de poder. E movido por estes aspectos seu povo agora adentra meu lar com sede de vingança.

---- Peço desculpas pelas ações impensadas do meu povo Akarui-sama. Jamais em meu coração existiu a mínima duvida a respeito da integridade e honradez dos manaras, pois sempre foram mestres acolhedores. Mas nem eu ou meu irmão conseguimos impedir a evolução dos fatos, e os culpados por iniciarem isso tudo jamais foram encontrados.

---- Os culpados não estão lá fora jovem Ymura. Tudo que aconteceu ao seu povo provem dele mesmo. A harmonia e a união estão mais uma vez abaladas, pois a você e a seu irmão foi concedido um poder que muitos não compreendem. E para muitos isso é suficiente, mas para alguns é necessário tê-lo em mãos, nem que para isso se utilizem da mentira, culpando inocentes, ou até mesmo ceifem vidas. Compreende Ymura?

Neste momento Ymura soube que Akarui falava a respeito dos seus próprios irmãos de nação. E sua suspeita era direcionada principalmente para Momoke Zanpai. Ultimamente era ele que sempre levantava a questão de quem seriam os sucessores dos portadores dos cristais. E deixava nas entrelinhas dos seus discursos que os mais capacitados seriam os membros mais experientes do conselho, sendo ele um dos mais antigos. E agora era ele que estava à frente de um grande grupo de simpatizantes, levando-os a acreditar que foram os manaras os causadores das mortes de membros de vários clãs da nação. Mas Zanpai apenas poderia estar sendo levado pelo medo e pela ignorância a respeito das raças ancestrais. Como saber realmente se estaria mentindo e planejando o controle dos cristais.

Como se estivesse lendo os pensamentos na mente de Ymura, Akarui falou mais uma vez.

---- Vejo que a dúvida paira em seus pensamentos. Pois digo a você Senju Ymura que o que eu digo não digo sem provas. Que veja com os próprios olhos a verdade que não quer enxergar.

E neste momento por entre as árvores do bosque surgiu um grupo de manaras carregando uma pessoa numa espécie de maca feita de madeira e folhas. Ymura reconheceu, apesar de bastante ferido e debilitado, quem estava sendo transportado. Era Kawazi, do clã Abarai. E o mesmo relatou, com voz fraca, que estava em patrulha de caça em direção ao rio do sol dourado para pescar salmões quando foi, juntamente com seu grupo, surpreendido por homens encapuzados e armados com punhais e arcos. O que aconteceu foi muito rápido e só lembrava de ter entrado em luta corporal com um deles e depois fugido em direção às águas do rio quando foi alvejado por flechas. E enquanto desmaiava e sua vida se esvaia do corpo, era levado pelo rio para dentro do bosque das cerejeiras. Foi quando despertou subitamente e viu que estava na companhia dos manaras sob seus cuidados.

---- Então seu relato prova que foram membros do nosso próprio povo que cometeram esses atos nefastos --- Ymura sentiu seu coração se encher de tristeza ---- Uma pena eles estarem encapuzados, pois assim saberíamos quem foram os verdadeiros culpados e mais fácil seria prendê-los.

---- Eu tenho essa resposta --- disse Kawazi. O mesmo abriu a mão e mostrou que segurava um pedaço de pano onde estava gravado o símbolo do clã Momoke. E neste momento o silencio se apoderou de Ymura. E em seu coração a tristeza deu lugar a raiva e a indignação.

---- Obrigado Abarai Kawazi. Você prestou um grande serviço à nação. Assim que a paz for restabelecida e os culpados punidos retornarei para te levar de volta para casa. Enquanto isso recupere-se entre grandes amigos.

E foi assim, repleto de desejo de justiça e reparação, que Senju Ymura partiu de volta para a aldeia central no intuito de relatar tudo que ouviu ao Shidosha e desmascarar de vez os planos de Zanpai.

Assim como Ymura tinha pressa em acabar com a farsa, também aqueles que compartilhavam de objetivos sinistros se mobilizaram com extrema rapidez, talvez por intuírem que se assim não fossem perderiam a oportunidade de triunfar. Dessa forma, os membros do conselho de anciões, liderados por Zanpai, reuniram seus clãs e invadiram a residência do shidosha à procura dos cristais de poder. Avisado com antecedência, Senju Daizo fugiu, com a ajuda de fiéis companheiros do conselho, e se dirigiu em direção ao bosque das cerejeiras com o objetivo de encontrar seu irmão, alertando-o do perigo de retornar à aldeia central. Levava consigo numa pequena bolsa de couro os cobiçados objetos. E o encontro dos dois se deu na borda sul do bosque das cerejeiras em meio ao crepúsculo. E junto com eles estavam os anciões dos clãs Jihu, Senyaka e Uemada, além do seu próprio clã.

Enquanto isso na aldeia central qualquer resistência à tomada do poder por parte de Momoke Zanpai e os clãs que o apoiavam era rapidamente dizimada. E muitos morreram no cair daquela fatídica noite, principalmente os membros dos clãs escolhidos por Daizo como os futuros guardiões dos cristais. Por muito pouco não foram todos mortos. Mas alguns de seus líderes conseguiram fugir e levaram o que restou de suas famílias, juntamente com os escolhidos por Daizo, para terras longínquas ao norte e leste do grande vale, além da grande floresta e do rio do sol dourado. E por muito tempo não seriam vistos de novo até que os tempos de paz retornassem.

Durante toda a jornada dos clãs, desde suas terras ao sul dos escudos rochosos até a chegada ao grande vale, fugindo da fome e da desesperança, houveram muitos conflitos entre famílias por diversos motivos, gerando mortes ocasionais de indivíduos e grupos inteiros. Mas na época da chamada Guerra dos Cristais, o que se viu foi um verdadeiro e grandioso conflito armado entre duas alianças. Uma formada pela maioria dos clãs e liderada por Momoke Zanpai e a outra comandada pelos irmãos Senju Daizo e Senju Ymura, líderes de uma coalisão que compreendia os poucos clãs que sabiam sobre a verdade dos fatos e que sempre foram fiéis ao seu Shidosha. Todos estavam dispostos a perder a vida na defesa de seu líder e dos cristais de poder que lhes foram confiados pelos Senzonosaisho. E sabiam que as esperanças eram poucas diante do exército que vinha da aldeia central em direção ao bosque das cerejeiras. Mas no momento mesmo em que a esperança parecia vaga, surgiu de dentro do bosque a ajuda que elevou o ânimo de todos. Um grande hoste de guerreiros manaras, liderados pelo próprio Akarui, se juntou à aliança daqueles que lutavam pela justiça. E grande foi a alegria de seus membros ao verem os manaras como nunca se apresentaram, vestidos em roupas de batalha e equipados com bastões, lanças, e pequenos escudos.

---- Honrados estamos em receber sua ajuda Akarui-sama --- falou um Daizo reverente e emocionado. E todos os acompanharam quando se curvou diante do velho Senzonosaisho.

---- Desde o princípio somos guardiões deste vale --- disse Akarui ---- Incumbidos por forças maiores para proteger seus primeiros habitantes e guiar os terceiros filhos nos caminhos da harmonia e do equilíbrio. E quando esses pilares da paz estão ameaçados, impossível não estarmos presentes, pois nosso dever nos chama a isso. Portanto marchemos juntos na primeira guerra.

Às palavras do líder manara a esperança se reacendeu nos homens e um grito movido pela coragem irrompeu de centenas de gargantas. E não perderam tempo pois sabiam que o exército de Zanpai já estava próximo do bosque, depois de meio dia de caminhada. E uma estratégia deveria ser estabelecida o mais rápido possível no intuito de interceptar e surpreender os inimigos, principalmente porque tinham uma força menor de guerreiros. Para superar essa fraqueza resolveram trazer a batalha para dentro do bosque o mais longe que pudessem e utilizar a geografia do lugar, bem conhecida pelos manaras, como barreira para o avanço das linhas inimigas. E foi assim que as terras do bosque à oeste do rio que o cortava foram escolhidas para o embate, e uma grande linha de defesa foi estabelecida em toda sua área. Daizo e Ymura, juntamente com Uemada Jojuro e Senyaka Matsu, dividiram o exército da aliança em quatro partes, com as companhias do shidosha e seu irmão ao centro da formação, sendo que mais à frente a hoste manara serviria de ponta de lança.

Na tarde daquele mesmo dia teve início a primeira grande guerra promovida pelos homens. E quando as forças de Momoke Zanpai adentraram os primeiros metros do bosque foram surpreendidas pelos guerreiros manara. Até que percebessem o que estava acontecendo, grande foi o número de mortes em suas fileiras, pois a agilidade e força dos membros da raça ancestral eram formidáveis e terríveis de enfrentar. E ainda se utilizavam perfeitamente da natureza ao redor para melhor atacar. Mas o grande número de combatentes deu aos invasores a possibilidade de manter a formação, mesmo diante do ataque avassalador dos manaras, e o contra-ataque também foi poderoso. Centenas de flechas voavam e acertavam os manaras no chão e na copas das árvores, fazendo-os cair ao montes, mas mesmo assim não deixavam de combater e seus olhos eram terríveis de encarar em meio a luta. E não foram poucos os que fugiam diante de tal fúria.

Depois de realizarem seu papel, e por questões estratégicas, os manaras recuaram mais para dentro do bosque na direção do rio interno. E uma parte do exército inimigo os perseguiu através das árvores, mas estas eram o habitat natural dos manaras e nelas alcançavam grande velocidade, saltando grandes distancias entre os galhos e os utilizando para atravessar o rio por cima logo à frente. E quando os invasores chegaram ao rio, viram na outra margem as forças lideradas pelos irmãos senju, composta por centenas de guerreiros e com armas à postos. E o exército de Zanpai foi surpreendido quando as águas se levantaram e ondas avançaram contra seus membros, destruindo suas fileiras e arrastando dezenas para o fundo do rio. E pela primeira vez o poder dos cristais foi utilizado na guerra quando Daizo, segurando o cristal Mizu em suas mãos, mostra sua poderosa ligação com os elementos.

Uma segunda leva de inimigos chegou às margens do rio e se depararam com a destruição deixada pelas águas onde poucos tinham sobrevivido. Rapidamente arcos se levantaram e dispararam dezenas de flechas na direção dos guerreiros da aliança. Mas antes que causassem o estrago esperado, foi a vez de Ymura, que estava em posse do cristal da terra Tsuchi, demonstrar o seu controle sobre este elemento. E a partir do seu comando, o solo se ergueu formando uma barreira de terra que impediu que as flechas atingissem seu alvo bloqueando todas elas. Enquanto mais e mais guerreiros inimigos chegavam à margem oposta e preparavam seus arcos e espadas. A barreira de terra bloqueava a visão para ambos os lados da batalha. E foi assim que, movidos pelo ímpeto da fúria e pelo desejo de terminar de uma vez aquela batalha, os clãs invasores começaram a atravessar o rio a nado, muitos levando suas armas na boca, e chegavam ao outro lado. Enquanto isso arqueiros da aliança, que já tinham escalado as paredes de pedra, acertavam e eram acertados por uma chuva de flechas disparadas para todos os lados. E muitos encontraram seu fim deste modo. Mas mais uma vez a força dos números pesou para o lado inimigo e eles chegaram ao outro lado do rio, escalaram a barreira de pedra e enfrentaram seu oponentes no corpo a corpo, mesmo perdendo muitos homens quando Tsuchi era utilizado muitas vezes, esmagando, empurrando e soterrando vários em seu caminho. Ymura tinha se juntado àqueles que empunhavam suas espadas e partiu para o combate corpo-a-corpo, pois o poder de Mizu ficava cada vez mais fraco quanto mais se afastava da água. Foi neste momento que o peso da idade falou mais alto, já que não possuía mais a agilidade de antes e guerreiros mais jovens e vigorosos se aproximavam de todos os lados. E num único momento de descuido foi atingido por uma espada inimiga causando um profundo corte nas costelas. Seu agressor foi morto logo em seguida, mas o ferimento se mostrou intenso demais e Senju Ymura caiu em meio ao caos no mesmo instante em que as companhias de Uemada Jojuro e Senyaka Matsu atacavam os flancos dos clãs causando grandes baixas.

Nesta hora houve um momento de pausa na luta quando os dois exércitos recuaram para recompor suas forças. E de um lado estava um furioso Zanpai, que não acreditava ter perdido tantos homens para um inimigo em menor número. Do outro estava um entristecido Daizo, que acompanhava o funeral do seu amado irmão na aldeia manara. E Foi assim que terminou o primeiro dia da primeira guerra.

MiloSantos
Enviado por MiloSantos em 09/04/2017
Código do texto: T5966039
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