Canções de Guerra - Capítulo 7

Salve meus caros. Há 9 meses atrás eu tinha começado a publicar os primeiros capítulos de um conto que eu e meus amigos fizemos. Só que eu perdi o meu e-mail e não pude postar o resto. Reencontrei e postarei o resto periodicamente. Boa leitura!

Capítulo 7 – Daniel

Como ela era uma pessoa de muita confiança de Dagmar, ele a deixou interrogar o homem. A bela mulher, de cabelos negros e lisos, e olhos profundos, tirou a pedra do pescoço de D. Henrique e começara a interrogá-lo. A mulher, que acabara de tirá-lo da morte, pelo menos por enquanto, olhando fixamente para ele, perguntou:

- Onde estão suas tropas?

D. Henrique manteve o silêncio de antes.

- Onde estão suas tropas?! - Gritou a bela mulher, de olhos arregalados.

Mas D. Henrique continuava em seu silêncio, não passava em sua cabeça entregar seus companheiros de batalha, mesmo sabendo que podia perder sua vida. Nisso, ela segura sua cabeça, e olha fixamente em seus olhos, fazendo com que ele também olhe em seus olhos. Ali, os dois cara-a-cara, tão próximos, D. Henrique desperta um sentimento que só sentira quando sua esposa ainda estava viva, olhando aqueles olhos negros e profundos como a noite escura que já havia pairado sobre o local. A mulher, mesmo que discretamente, sente que aquele rosto, aquele olhar, lhe é familiar, como se já tivera o visto, como se já tivera ficado frente a frente com ele, em algum momento de sua vida.

A mulher, sentindo isso, resolve adiar o interrogatório, e refletir sobre o que estava acontecendo, e deixa D. Henrique amarrado na tora de madeira, com um pano em sua boca, para que não pudesse gritar. Momentos depois, alguns guardas próximos do local onde a mulher o havia interrogado, começam a discutir sobre o plano de ataque dos bárbaros.

Ele, esperto, um guerreiro experiente, de canto de orelha, ouve que eles querem atacar pelo oeste, durante a noite, para pegar seu exército de surpresa enquanto descansam, já que só alguns guardas ficam de vigia. A bela mulher volta, e percebe que ele estava prestando atenção na conversa dos guardas, mas disfarça. Ela sabia que se D. Henrique fugisse, poderia botar em risco todo o exército bárbaro, contando para Lorde Emmanuel as táticas de ataque dos bárbaros que tivera ouvido dos guardas, mas ela também considerou que, se ele ficasse la, preso naquele lugar, quando o exército de Lorde Emmanuel chegasse, tentaria libertá-lo e os bárbaros acabariam o matando, e como ela havia despertado um certo sentimento por ele, que ela não sabia ao certo o que era, mas era um sentimento forte e profundo, não queria que isso acontecesse. Com isso em mente, a bela mulher solta D. Henrique para conversar com ele, mas ele parte pra cima dela, na tentativa de fuga, e em uma breve luta, a mulher o vence e o prende novamente. Eles se encaram por algum instante, nisso, ele percebe que ela não é uma mulher comum, ela tem algo especial que ele tentava descobrir, olhando em seus olhos.

Se passaram dois dias, e os aliados ainda estavam à espera de D. Henrique, que ainda não havia voltado para se juntar ao seu exército contra o exército bárbaro. Eles não queriam pensar no pior, que Henrique pudera ter sido morto, mas, já havia se passado dias, e já não havia mais tantas esperanças de que ele podia retornar. Então Lorde Emmanuel, mesmo sem D. Henrique, dá a ordem para seu grupo se preparar, se armar devidamente para aquela batalha que, podia e ia definir o rumo de suas vidas. Em algumas horas, o exército de Lorde Emmanuel está pronto para partir, e assim, partem rumo ao encontro do exército dos bárbaros, para uma batalha que certamente haverá muitas mortes, sangue, corpos decepados, mas mesmo assim, não hesitam em nenhum instante, pois viveram toda sua vida para esse momento.

Leonardo Nali e Daniel Bizi
Enviado por Leonardo Nali em 14/02/2017
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