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- Qual o sentido da vida? – Perguntou a jovem elfa a seu Familiar.

O pequeno dragão salta do colo ainda quente dela, indo se sentar a cabeceira da cama, ele observa sua mestra, seus cabelos longos são de um loiros quase chegando a ter um brilho próprio, ela é muito jovem até mesmo para os padrões de sua raça, seus olhos verdes demostram uma curiosidade quase infantil, sua pele e tão alva, talvez pela estação das neves que faz com que o sol apareça raramente, o pequeno dragão observa mesmo que já se passou da hora do café, e sua mestra já está vestida de forma bem formal com um vestido azul marinho liso com algum detalhes em verde e no braço direito do vestido o símbolo da sua família, um desenho de um dragão vermelho sobre um castelo com algumas runas élficas fazendo o contorno do desenho, assim ele continua em suas observações por alguns instantes tentado pensar em algo que ela possa responder para que ela entenda.

- Ora vejo, tão jovem e já com estes pensamentos – Diz o pequeno dragão a sua mestra.

- Ora veja nada – diz a elfa emburrada – Ora veja, você e meu familiar, e não tente me enganar com palavras difíceis pois sei que mesmo com este seu corpo pequeno não maior de que um gato gordo, você já viveu mais que meu avô... acho que já viveu mais que meu tataravô na verdade... sim você está mais parecendo um gato gordo de escamas vermelhas.

- Sem galhofas jovem mestra – diz o Pequeno Dragão contrariado – mas o que levou a esta questão tão profunda?

- Você apenas está cheio de rodeios – fala a elfa tentado se valer como mestre do dragão - vamos me conte, você disse que iria me ensinar tudo o que eu quisesse saber, agora é a hora, vamos, conte...

- Tudo bem jovem mestra – suspira fundo o pequeno dragão vermelho - irei lhe dizer o que eu acredito ser a base da resposta que você procura, mas digo antes, que você deva perseguir sua própria resposta o que direi agora e meramente para tentar aplacar sua curiosidade juvenil...

A elfa dá um pequeno peteleco na cabeça do dragão

- Não enrola – diz ela fazendo-se de irritada

- Ao meu ver o sentido da vida é a busca da felicidade.

- Só isso? – Ela diz com um olhar quase atravessando a alma do dragão.

- Sim...

- Tem certeza?

- Sim...

- Para que então tanto disparate para apenas responder isso? – Ela fala indignada

- Você deve levar em conta que para atingir a felicidade, você deve saber o que é sofrimento e para tanto você tem que saber o que é o próprio saber, ter o conhecimento não apenas de si própria quanto o conhecimento do seu redor, ter o conhecimento não apenas da sua própria cultura como da própria terra em que habita para poder diferenciar o que é a felicidade plena daquela felicidade momentânea, assim sendo para ser feliz você tem que viver e passar por todas as experiências possíveis.

- Isso parece mais meu pai falando – fala a elfa se jogando na cama e tentando imitar as feições de seu pai - que eu preciso estudar mais para que no futuro eu possa viajar por todos os reinos.

- De fato! – Fala o pequeno dragão assentindo com a cabeça - Assim você conhecera ainda mais sobre si mesma e sobre o mundo que lhe cerca, para assim você descobrir por si mesma qual é o sentido da vida para você.

- Não quero pensar nisso, por isso que quero uma resposta sua.

- Entendo... você quer o jeito mais fácil.

- Sim...

- Isso não existe! – Diz o dragão fingindo irritação

- Então para o que você serve? – Fala a elfa sorrindo

- ..., sirvo a você minha mestra, sirvo para que quando você cometer um erro eu possa estar lá para lhe auxiliar a não repetir o mesmo.

- Se você sabe que eu vou cometer um erro, não seria mais simples você me avisar para não o cometer.

- Seu eu fizer isso, você nunca irá experimentar a felicidade, não se preocupe com isso jovem mestra, um dia fara sentido, por hora o importante e você parar de fazer perguntar difíceis e voltar aos seus estudos, pois seus professores já chegaram.

- Estudar e chato! Ruummmm!

- Vamos – diz o pequeno dragão já pulando da cama – Quando for mais velha todo este conhecimento será muito útil para você.

- Quando eu for mais velha eu vou trocar você por um gato! Ele não irá me mandar estudar, e vai ser um gato que não come muito

- Jovem mestra, assim como você eu estou em fase de crescimento

- Jovem dragão, você está ficando gordo.

Assim os dois caminham rindo, cada um à sua maneira, em direção a biblioteca para os estudos.