A COR DO CÉU

CAPITULO 05

Os pés de Ângela eram rápidos como o vento e ela quase voava, tinha pouco tempo para voltar e trazer a essência de Miguel, sua alma pra ser mais precisa. Ele estava quase morto e com isso de alguma forma ela se sentia fraca, frágil, mas tinha que ir, mesmo sabendo que após transpor os muros de Esby a profecia podia se cumprir mesmo sem que ela fizesse nada.

Após correr muito ela conseguiu chegar há um lugarejo, uma pequena vila, poucas casas, algumas arvores e poucas pessoas, ela tratou logo de colocar seu capuz, abaixar a cabeça e caminhar pelos lugares mais escuros não podia ser vista se algum dos homens de Begum a vissem iriam com certeza entrega-la, avistou então uma pequena casa onde se vendia cavalos, pos a mão no bolso do casaco e viu que o que tinha não dava pra comprar então lembrou-se de um velho truque andou até uma arvore de folhas grande e as fechou na mão, pegou uma das moedas que tinha no bolso na outra mão fechou os olhos e num passe de mágica as folhas se transformaram em moedas, ela tinha ser rápida o feitiço só iria durar poucas horas, mas ela sabia que sem um cavalo não iria lugar nenhum... comprou um cavalo e os arreios, montou-se e saiu mais rápido ainda em direção a floresta encantada... quando chegou nos campos de seu povo uma flecha barrou seu caminho eram as amazons as poucas que ainda restavam ali refugiadas protegidas pelas arvores centenárias... ela então fez o sinal de respeito e conseguiu entrar no território, ali se encontravam muitas delas até sua tia Almodena a mais velha das três irmãs, Avenka não estava ali estava presa nos campos sombrios por onde vagueiam os que não morreram a esperança de todos é que Miguel assuma o lugar de seu pai, e que elas possam, assim conseguir voltar, para sua vida

- o que faz aqui quem é você?

- eu sou Ângela filha de Ciane. Vim da parte de Eriam, em busca da essência de Miguel.

- impossível Miguel está morto.

- ele está vivo eu lhe asseguro. Se ele estivesse morto eu também estaria, ou não conhece a profecia?

- claro que conheço. Mas Miguel não se importa conosco ele foi pra outra dimensão... quem me garante que você é a filha de Ciane?

- eu sou filha dela. Quer uma prova?

- te desafio se for mesmo filha de Ciane, você me vencerá.

- desafio aceito...

Ao fim de mais um dia quando as legiões voltavam dos campos de batalham lá estavam elas.

- ainda da tempo tia.

- calada! Esta com medo menina?

- só não quero lhe machucar. Minha mãe me falou muitas vezes de você. De como era altiva e bonita.

Antes que Ângela acabasse a frase Kyra já a golpeava com a espada. Mas ela errou Ângela alem de forte era também muito rápida e não foi atingida.

- então tia? O que acha? É melhor parar com isso.

- foi apenas sorte menina.

- não sou apenas menina, deixe eu lhe mostrar uma coisa. Que ninguém jamais aqui viu...

Ajoelhou-se e deu um grito de força e de seu joelho, surgiu a espada... nela o cristal mágico fez com que a arma se acoplasse ao braço da moça e se transforma-se em uma única arma uma lamina gigantesca.

-é isso tia. Eu sou Ângela. Filha de Ciane, sua irmã...

No céu uma luz se abriu e uma mulher apareceu, olhos fixos no céu todos viam as azas gigantes brancas e mais uma pessoa. As outras mulher que estavam ali se abrigaram nas arvores.

- minha irmã?

-Ciane?

- eu mesma minha irmã essa é Ângela minha filha. Ajude-a Miguel precisa de nos todos unidos.

- minha filha!- falava o homem- sou eu seu pai... como cresceu... me deixa te ajudar?

- por que vocês me mandaram pra aquele lugar?

- não temos tempo agora Ângela. Você precisa ajudar o Miguel. Não adianta de nada ficar aqui... gastando forças entre nós. Agora é hora de somar forças! Me entenderam?

Todos acenaram com a cabeça positivamente.

- Ciane!- falava Ângela – eu preciso saber onde está Miguel?

Antes que Ciane abrisse a boca o a homem respondeu:

-ele está preso no labirinto de Armon.

- eu não sei onde é.

- e muito perigoso minha filha...

Ângela olhou a mulher nos olhos e falou:

- você me manda pra outra dimensão ainda bebe e vem me falar de perigo? Eu cresci sozinha... Miguel foi adotado, mas eu não. Cresci nas ruas de uma favela sozinha sem ninguém comendo o que achava no lixo... Tomando banho quando chovia... nem venha me falar de perigo... eu sou a prova máxima de que medo é manha.. E, aliás, como não tive mãe... Não sei o que é ter manha... Que dirá medo!

- Ângela. Você tem que ter cuidado com muitas coisas, uma delas é em não ser capturada por Begum... e alertar a Miguel que não cometa nenhum pecado.

Falava o homem enquanto abaixava o braço de Ângela ainda erguido com a lamina. E com a curiosidade de saber como a menina se transformava em uma arma ambulante.

- como vou alertar se estou tão longe dele... sem contar que o dono do cavalo que comprei vira atrás de mim...

Ciane assustada perguntou:

- como você comprou esse cavalo?

- truque de quem mora nas ruas... Dinheiro da em arvore sim... – e começou a rir.- não se preocupe não roube. Pesei fome, mas nunca cometi crime nenhum. Mas me fale, como vou alertar a Miguel?

- primeiro abaixe essa lamina.

Ângela riu novamente e apenas balançou o braço e tudo era normal novamente. Outra mulher que observava tudo falou:

- não é seguro ficarmos aqui... Vamos pra dentro... Algum legionário pode nos observar está muito escuro. Lá dentro é mais seguro venham.

Com uma tocha acesa ela iluminava o caminho. A caverna era bastante aconchegante, varias tochas mantinha o lugar claro e quente, já que as noites em Esby eram extremamente frias naquela época do ano, era inicio de inverno e todos buscavam agasalhos pesados as peles de animais.

- está muito frio, Ângela deveria se aquecer com alguma roupa mais pesada.

- que me sugere?

Ciane olhou a filha por um segundo apenas a calça jeans e uma camiseta e uma velha jaqueta de couro já polida de tanto uso... Sentiu-se mal em ela andar sempre bem vestida com cedas e joias, e ver a filha daquele jeito... Seus pensamentos foram interrompidos pela voz de Ângela, ela olhou a filha e não viu ela mexer os lábios, ela sorriu e continuou falando através de seu pensamento:

- não se assuste eu consigo ler pensamentos e me fazer entender por ele.

As duas se olhavam em silencio e todos no grande salão de pedra estavam calados observando, a cena as duas alise observando, os olhares que não se largavam.

- então minha filha também possui essa habilidade?

- apenas se estiverem perto de mim como você está agora. Se estiver mais longe não consigo. Me responda porque me mandou pra aquele lugar?

- pra te proteger...

-da profecia? Ela se cumpre...Não adianta fugir do destino. Ele sempre vai estar onde eu estiver. A mulher que me cuidou até as 4 anos me falou que pra onde a ovelha vai leva sua lã assim é com o destino. Devia saber disso.

- eu sei! Mas se você tivesse ficado teria sido pior, Begum teria te prendido e te treinado pra matar Miguel. Sei que não quer fazer isso.

- não mesmo! Não sei como vai ser quando tiver que fazer. Não quero matar meu irmão, de alma.

- as vezes matar não quer dizer derramar sangue. Veja você de certa forma matou a menina medrosa que foi.

- não adianta, a profecia é clara. É a morte do filho de Esby. Para ressurgir ele precisa morrer.

- a profecia fala cinzas não sangue meu anjo. Alias onde estão suas azas. São tão lindas quando você voa...

- não adianta eu não entendo isso... me fala o que eu vou fazer? Como vou achar Miguel? Eu não sei onde fica o labirinto.

- use o seu coração. Use o cristal. Treine sua mente. Se desconcentre de mim. Pense em Miguel, lembre de seu rosto.

Ângela fechou os olhos e visualizou o rosto de Miguel, de repente ouviu um coração bater forte, um gemido de dor... sua respiração ficou ofegante ela tombou mas Escobar a segurou pelos ombros:

- o que ela tem Ciane?

- ela viaja agora em busca de Miguel...

- como assim?

- sua alma viaja através do tempo e espaço, aqui está apenas seu corpo. Ela nunca fez isso... pode não conseguir voltar...

Os olhos de Ciane agora estavam cheios de medo e angustia... o que iria acontecer a sua filha em uma jornada astral?

A cada segundo Ângela ia mais fundo... sua mente ficava ainda mais leve, seu corpo mais pesado, os caminhos eram escuros e tortuosos, úmidos e frios... o lodo das paredes, e as pedras polidas do chão eram o sinal que estava no caminho certo, andava meio cambaleando ainda estranhando o corpo mais leve, pensou que poderia voar sem precisar de suas asas então deu um salto e sentiu toda a força da terra lhe puxar pra baixo, seu corpo endureceu-se neste momento, levantou-se e seguiu viagem, andava devagar algumas trepadeiras caiam do teto, atrapalhando a pouca visibilidade do lugar... ela começou a ouvir gemidos, e algumas mão iam ao seu encontro... ela se esquivava mas uma mão lhe chamou a atenção.. era uma mão familiar.. parecia a de Miguel.. ela então lembrou-se do que lhe falava sempre o Miguel... “nem tudo que parece realmente é...” recuou um passo, sacou a adaga de sua bota e olhou a a criatura que saia do escuro, era um monstro horrendo de olhos vermelhos e pelos arroxeados, prezas enormes saiam de sua boca, ele salivava algo que parecia com sangue mas era acido pois suas patas estavam cheias de queimaduras por onde aquele liquido escorria. Ângela recuou mais um pouco e se viu encurralada por 3 destes monstros, eles eram Pierons, seres encantados, mágicos que impediam que as pessoas passassem pelo corredor do labirinto, era príncipes de outras nações aprisionados na forma de monstros, encostou as costas na parece e se esquivou quando sentiu que a fera vinha cheirar seu rosto, a adaga em sua mão estava firme ela poderia usa-la a qualquer segundo, mas a fera se afastou e com um rosnado afastou também os outros.

-perdoe-nos senhora da verdade. Não era nossa intenção agredi-la com nossa aparência rude. Permita que eu me apresente, eu sou Essa, filho mais velho da casa Adre, estes são meus irmãos, Cion e Wink. Foi Begum quem nos prendeu aqui, nesta forma triste, não estamos aqui para matar ninguém, se bem que essa era sua proposta para nós... mas, apenas afugentamos quem tenta passar por aqui. Não se preocupe. Ângela filha de Ciane e Escobar é nossa amiga irmãos, ela vem para nos libertar, com certeza Miguel já é o rei e nos estamos livres... em breve teremos nossa forma humana de volta...

-não sei como sabe meu nome... mas infelizmente não é bem essa minha função neste momento... venho aqui para soltar Miguel que está preso nas masmorras de Begum... não sabia da existecia dos senhores.

Entristecidos as criaturas abaixaram a cabeça e olharam para o chão... de repente uma voz mais fina falou:

- mas podemos ajuda-la se prometer nos ajudar. Eu sou Bierin filha de Era, a ultima rainha dos tempos antigos, venho do reino do norte.- aparece a criatura parecida com uma formiga mas com aproximadamente 1,70 de altura o rosto de uma bela jovem mas sem mãos apenas patas, faz uma força enorme e aparecem seus braços, estende a mão para Ângela que a cumprimenta- podemos ajuda-la a passar pelo labirinto sem que se machuque, fora a gente que não faz o que o Begum quer tem também seres como a Lisbam uma criatura maléfica que vai matar quem se opuser a ela... coitada acha que Begum vai torna-la rainha se levar sua cabeça até ele...

-minha cabeça?- falou Ângela segurando o próprio pescoço- por que ele quer minha cabeça?

-não devia ter falado assim Bierin... ele quer você morta Ângela porque só assim poderá fazer com que a profecia não se cumpra.

- eu nasci para matar Miguel... e como eu vou morrer? Que profecia ? tem mais de uma profecia?

Agora era tarde a jovem Ângela estava sabendo de tudo, inclusive dos planos maléfico de seu inimigo, era a hora de saber de tudo mais. Nem que isso custasse sua vida ela iria fazer com que Begum pagasse a dor toda aquela gente.

-vão me contar ou terei que usar métodos ruins pra descobrir o que preciso?

Todos se olhavam e escondiam os rostos olhando para baixo, era como se algo errado fosse falado, palavras murmuradas, frases ditas em língua estranha que aquela não entendia direito, então de repente fechou os olhos e começou a entender cada som cada palavra, era a língua antiga de Esby aquela não qual tantas vezes vira as pessoas que a criara falarem, eles falavam de uma profecia completamente oposta a que ela conhecia era a profecia do retorno, onde Miguel voltaria da morte e traria consigo a paz e a justiça. A seu lado uma mulher assumiria o poder, uma grande guerreira que lhe daria a vida. Seu coração estremeceu e suas pernas bambearam outra mulher na vida do meu Miguel...mas sua mente lhe alertou :

- sua tola Miguel jamais será teu, ele é um príncipe e tu é apenas uma filha de uma velha bruxa, e de um soldado traidor, não deves alimentar esperança, deixe de sonhar e volte a se concentrar na conversa.

Eles ainda falavam de uma criança que viria a existir aquela que governaria os dois mundos as duas dimensões e seria o futuro de todo o universo conhecido, mas isso seria mais a diante.

- então era isso que queriam me falar? – interrompeu Ângela com voz firme, surpreendendo a todos- era sobre essa outra profecia... quem ordenou a vocês que a escondessem de mim, eu não sou esse monstro que todos acham...não tenho culpa da triste sina que o Criador me deu.

Os olhos de Ângela se moldavam de uma cor diferente, era de um azul escuro quase negro, sua doçura e delicadeza pouco a pouco sumiam de seus trejeitos de suas costas enormes hastes acinzentadas saiam e de suas mãos duas espadas se formavam, de seu rosto emanava uma luz, e ao seu redor um forte vento gélido suspendia no ar tudo que se encontrasse a sua volta. De repente quando ela estava prestes a gritar ouviu uma voz familiar:

-filha não faça isso. Guarde suas forças para quem merece. Não te esqueças aquele a quem deves destruir não são esses pobres coitados amaldiçoados. Proteja-os. A ti e somente a ti cabe fazer isso.

A respiração de Ângela ficou ofegante e a força que a dominava foi pouco a pouco diminuindo ela sentou-se no chão com mãos no rosto de falou em voz calma...

- eu sei mãe... mas, é difícil carregar todo esse peso sozinha.. não voou conseguir. Me leva de volta...

Erguendo os olhos Ângela olhou a todos e disse:

-amigos eu prometo assim que puder eu volto... juro pelo sangue de Esbi que corre em minhas veias... eu volto e liberto a todos só quero que confiem em mim... se não por mim, mas por minha mãe... Ciane filha da casa de Gaia... prometo pela honra de meus antepassados...

Nesse instante a imagem de Ângela que todos viam foi se dissipando como uma nuvem. E pouco a pouco ela sentia-se de novo presa ao corpo. Era incrível, como não estava cansada. Ciane e a segurava em seus braços, ela sentia-se fraca e sonolenta, mas ainda conseguiu falar algumas coisas:

-mãe foi real? Eu estive lá mesmo?

-sim minha filha você esteve lá... foi real...

- eu tenho tanta força? Como eu tinha lá? eu não me senti cansada...

- calma... não é assim... você não estava fisicamente lá... era apenas...

-minha essência? Minha essência saiu de mim?

-não... era o seu coração... sua mente... você consegue fazer esse tipo de viagem. Assim como eu e seu pai.

- mas quem são aquelas pessoas? O que eu tenho que fazer... o Miguel está lá? naquele lugar?

- não sei... tive que lhe trazer de volta, era perigoso, antes que você destruísse tudo pela frente... realmente você é muito forte.

A voz de seu pai lhe chamou a atenção:

- Ângela é hora de você saber de tudo... tudo de verdade.

- então finalmente vocês vão falar? Estou pronta para ouvir. Podem começar.

- quando você nasceu, o menino Miguel nasceu também, nasceram no mesmo dia, questão de minutos de diferença.

- isso eu já sei. Cresci ouvindo essa historia. Conte-me algo novo.

- bem quando fiquei gravida de você, o seu pai foi alertado por um mago que disse que a filha dele seria uma grande guerreira, aquela que traria a luz de volta a Esbi. Na época não acreditamos, até porque o país era feliz e pacifico. Não sabíamos que Begum tramava contra o reino... foi profetizado que você seria a transgressora, revelaria a verdade, e destruiria o mal. Me assustei com tudo que me foi falado. Seu avô falou varias vezes que seria complicado que seria difícil, mas... eu fiquei preocupada com você. Uma noite eu tive um sonho, foram dois dias antes de você nascer, eu vi em sonho, uma mulher de capa preta e olhos vivos, transformar-se em luz e iluminar tudo a sua volta... até o céu que estava avermelhado ficará azul novamente... quando acordei contei pro meu pai, ele ficou calado...

- mas eu lhe alertei Ciane, que sua filha seria a mulher que trará para Esbi a vitória da justiça. Mostrei-lhe o livro de Masly, onde está a profecia dos filhos da luz. Da viagem dos dois mundos... do surgimento da heroína, da vinda do novo rei... de tudo mais... até da criança que libertará todos os lados da dimensão.- repetia a mulher que estava sentada em uma grande cadeira, enquanto todas as mulheres que ali estavam abaixavam-se e curvavam a cabeça.- não sabe quem eu sou não é menina?

- não mesmo... nunca lhe vi na vida..

- eu sou aquela que lhe adotou, que cuidou de você.

- dona Jandira? É a senhora? Como que pode? Como que...

- eu era uma senhora forte mas já de idade.. não é? Em Esby eu sou Almodena. Sua tia.. digamos assim... mas eu lhe avisei lembra-se? Que lhe falei que seu futuro seria iluminado...não pude falar mais nada... mas agora é tudo diferente. Você precisa saber de tudo.

- agora eu quero saber de tudo... chega de tanta enrolação... eu estou começando a me cansar.

- Begum já sabe que você está em Esbi, sabe também que você precisa salvar o menino Miguel para que tudo volte ao seu lugar. O que resta agora é saber se podemos confiar no seu pai.

Escobar ficou irritado, levantou-se da almofada sacou da espada fazendo todas se assustarem, enterrou no chão e ajoelhou-se diante de Almodena e falou com voz forte:

- eu juro pela salvação de minha essência. Que irei ajudar no que eu puder. Eu errei em ter me aliado a Begum, mas agora eu quero corrigir, eu perdi a infância de minha filha, não posso deixar que tudo se vá, Esbi precisa de mim. E eu da minha família. - falou olhando para Ciane que tinha Ângela ainda deitada em seu colo- a minha filha tem a minha força e a magia de seu povo, ela é a mulher da profecia e nos sabemos disso Almodena, podemos esquecer um pouco do passado? E tentar lutar para ainda termos um futuro? Se ficarmos aqui discutindo e revirando o passado... esperem, o mago de Begum pode estar nos ouvindo... Clevon pode estar vendo o que falamos aqui...

- não se preocupe... Begum não tem controle nesse lugar.. eu ainda tenho magia... como você mesmo falou... mas o que faremos? A profecia precisa ser cumprida. Ou Miguel morre pelas mãos de Ângela, e renasce das cinzas ou... morreremos todos.

- não se preocupe Ciane. De um jeito ou de outro tudo irá acontecer, seja por vontade e empenho nosso, ou por vontade do Criador, todos sabem disso, não se pode fugir do destino.

- eu sei o que podemos fazer. Pai.

Escobar olhou para a filha.

- me leve com o senhor. Me apresente a Begum como a traidora da casa da de Gaia. Eu sei o que vou fazer.

- Ângela é perigoso...

-calma mãe eu vou fazer tudo certo... não se preocupe.. vou cuidar de tudo... além do que meu pai estará comigo e tenho a magia de Gaia nas minhas veias... não tem maguinho de meia pataca que possa comigo...

-Clevon não iria cair no seu truque das notas de folha Ângela.

- Quem disse que vou transformar notas em folhas? –um sorriso sarcástico, um tanto malicioso estava nos lábios de Ângela- eu vou cuidar de tudo. Não se preocupem. Só preciso que me levem até ele e me apresentem como a filha do meu pai...

Aglae Diniz
Enviado por Aglae Diniz em 07/09/2016
Código do texto: T5753290
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