Um mar em tormenta
Ondas estão cada vez mais perigosas, por vezes convidativas...
A fúria não para, ouço o vento em gritos...
Tudo em volta é azul, mas um azul anil...
O medo me apavora, fecho meus olhos...
Tento tapar meus ouvidos, não consigo...
Meu barco começar a ser invadido...
Há água por toda parte...
Meu reflexo é visto, estremecido em meio às águas...
Não suportando mais, tento fugir...
Petrificado, não consigo sair...
O mar não perdoa, mostra teu poder...
Em meio a esta tormenta choro...
Lamentando meu cruel viver...
Águas rodeiam meu pescoço...
Aos poucos...
Torno-me parte diluída deste mar...
Em tormenta...
Gildênio Fernandes 22/07/2007